As três bocas se abriram em formato de "O" e uma arfada conjunta fora a resposta deles.
— Então Toji tem fetiche em... crianças? – Gojo quebrou o silêncio, fazendo seus dois amigos se recomporem e olharem para ele.
— Hum... Não exatamente. Acho que "menores de idade" é o termo mais correto para se utilizar nessa ocasião. – Jade colocou o copo na mesa de centro e dobrou as pernas em frente ao próprio corpo, em uma tentativa involuntária de se proteger.
— Mesma coisa. – ele cruzou os braços e a garota abraçou as próprias pernas.
— Como sabe disso? – Shoko a observava atentamente, o choque ainda não havia passado por completo.
— Eu só sei.
Gojo torceu a boca e tombou a cabeça para o lado esquerdo, apoiando a lateral de sua cabeça no punho.
— Não podemos chegar na delegacia prestando queixa contra um dos sócios de uma das empresas mais importantes do país alegando que você "só sabe". – o platinado apontou e a amiga foi rápida em concordar utilizando a cabeça.
Um suspiro saiu de seus lábios e a Zenin se afundou no sofá confortável que era revestido por um tecido de camurça cinza. Não pensou direito antes de oferecer ajuda ao Gojo, não pensou que teria que dizer a ele que a menor de idade era si mesma.
Realmente deveria ter pensado melhor e colocado na balança para analisar se sua pequena vingança valia a exposição que teria que enfrentar, mas era tarde demais.
— E então? – o tom impaciente de Gojo ecoou pelos seus ouvidos enquanto Jade estava perdida em devaneios. — Olha, se essa era a sua ajuda...
— Satoru. – Geto o repreendeu, finalmente dizendo algo.
— Eu só estou dizendo que se essa era a ajuda dela, ela pode ir...
A discussão iniciada na sala de estar do apartamento deles entrava por um de seus ouvidos e saia pelo outro. Suas vozes estavam abafadas, como se estivessem sendo escutadas de dentro de um banheiro de festa, onde a música também interferia em sua audição.
— Sei disso, porque a menor de idade sou eu. – disse sem pensar muito e os três pararam de falar no mesmo momento, a fazendo respirar fundo e limpar a garganta. — Quando eu tinha dezessete anos, eu... O Toji, ele...
Shoko franziu a testa e sentiu uma ponta de pena em seu peito quando viu a dificuldade da menina em desenvolver a informação dada a eles.
— Quando eu tinha dezessete anos, Toji já trabalhava na empresa Zenin há uns dois anos se eu não estou enganada. Ele sempre me olhava de uma forma diferente, mas eu era muito nova para perceber, até eu completar dezessete anos e participar da primeira festa de negócios junto de meu pai. – engoliu seco, não sabia o motivo de ser tão difícil falar sobre esse assunto, achava que não tinha nada demais como ele mesmo te dizia.
Levantou sua cabeça pela primeira vez depois que sua confissão veio à tona e observou os três pares de olhos que te olhavam com piedade, até mesmo os de Satoru Gojo.
— E como isso tem ligação com ele portar pornografia infantil?
— Satoru! – Shoko bateu no braço do platinado, que por sua vez franziu as sobrancelhas e levantou os ombros.
— O que!?
—Você é mesmo um cabeça oca.
O platinado franziu mais ainda as sobrancelhas e antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, o interfone tocou e o mesmo se levantou para ir atender.

VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
Фанфик❝𝗡𝗮̃𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘀𝗶𝗱𝗲𝗿𝗮𝘃𝗮 𝗻𝗲𝗺 𝗼 𝗽𝗲𝗻𝘀𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘀𝗲 𝗿𝗲𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗺 𝗮𝗹𝗴𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼, 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝘂𝗺 𝘂𝗻𝗶𝘃𝗲𝗿𝘀𝗶𝘁𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗰𝗼𝗺𝗼 𝗲𝗹𝗲. 𝗦𝗲𝘂 𝗳𝗼𝗰𝗼 𝗻𝗲𝘀𝘀𝗮 𝗮́�...