04. Você me mataria, Wanda?

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N/A: Oi, vidocas!!! Obrigada pelos 509 views. Que doideira, cara. Juro que achei que demoraria tanto para chegarmos aonde chegamos. Muito feliz com todos os comentários. Eu não sei nem como agradecer. Obrigada mesmo.

Aproveitem muito esse capítulo, sei que vocês vão amar!

Boa leitura! 🤍

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Natasha acordou naquela manhã como se tivesse passado um caminhão nas suas costas. Bem, não foi um caminhão. Era uma prateleira de livro mas a dor continuava firmemente latejando e seus ombros doloridos. Wanda deveria ter jogado Bucky. Ele é um super soldado e ainda estava com o braço de vibranium. Mas ao contrário dela, Bucky estava vivendo uma colônia de férias e só tinha um dia que estava ali. Jogando jogos de tabuleiros antigos. Até andando de bicicleta, Natasha avistou através das persianas da janela. Soltou um riso. Ele estava vivendo em uma época passada não era anos 40, mas funcionava, pelo menos para Bucky.

A mulher soltou um leve susto ao sentir as batidas fortes contra a sua porta do quarto. Tudo naquele lugar parecia familiar à ela. Tinha fotos dela com Steve, até mesmo Yelena. Seu cachorro também. Tinha o pôster do The Killers, uma de suas bandas favoritas, e as paredes eram meio gelo. A cama estava coberta com roupas de cores neutras. Do jeito que Natasha gostava. A mulher olhou para os lados, suspeitando demais. A mão pesada bateu mais uma vez na porta.

Natasha caminhou com raiva até ela e abriu.

— Pensei que ainda estava dormindo. — Era Wanda. Com um macacão jeans cômico de mãe de gêmeos que acabou de passar por uma gestação.

— Eu acabei de acordar. Aconteceu alguma coisa? — Natasha disse colocando sua jaqueta preta por cima de sua calça larga e moletom escuro, típico dos anos 80. Espera. — Estamos nos anos 80 ainda?

— Sim. Ainda. Muita coisa aconteceu. Eu esqueci de... — Wanda estalou os dedos, rindo nervoso, tentando aliviar o peso do que ela ia falar. — Mudar tudo como eu sempre faço. Muita coisa aconteceu. Muita gente apareceu, sabe? Que eu não fazia ideia que ia aparecer. Atrapalhando tudo.

— O que quer de mim, bruxa? — Natasha devolveu amargamente. Ela estava sendo paciente demais. Doce demais e ainda recebia amargura. Wanda arregalou os olhos e a boca.

— Quer saber? Deixa pra lá.

— Não. Agora você vai falar. — Natasha falou puxando a mulher em uma só força com seu braço e a colocando contra a porta fechada, a mão apoiada no batente. Wanda deu um sorriso quase sociopata. — E me explicar como tem fotos do meu cachorro aqui. E da minha irmã. Coisas minhas. Como conseguiu isso? Você não conhece meu cachorro, nem Yelena.

— Bem-vinda a ilusão, Romanoff. Esse quarto é parte do seu consciente. Você enxerga aquilo que quer ver. Aquilo que você mais quer. No seu coração. Eu não fiz nada. Eu não controlo você, isso é seu subconsciente. Assim como eu, não entendia como apareciam fotos na parede. Ou objetos de infância. Mas era só magia. Tentando trazer o mínimo de conforto que eu podia ter. Que eu ainda tenho. — Wanda explicou. Os olhos verdes fixados no da outra. Tensos. Mas não havia um medo ou fraqueza ao dizer nenhuma daquelas palavras. — E eu não quis montar o seu quarto, deixei que você fizesse por si própria. Quis te dar o mínimo de liberdade ou uma oferta de paz.

Natasha ficou um tempo refletindo olhando o local. Pensando nas palavras que Wanda tinha dito. Seus olhos percorriam o lugar que agora chamava de quarto. Tinha uma prateleira ali agora. Ela podia imaginar e estava ali. Como um estalo. Perto da janela agora tinha pequenos cactos e um puff a frente porque era assim que Natasha gostava de acordar pela manhã tomando seu café quente. Tinha uma foto sua com a mãe quando criança também, outra com ela e Yelena. Agora na cabeceira de cama.

Hardest Of Hearts [WANDANAT/WANTASHA] Onde histórias criam vida. Descubra agora