Noiva Cadáver

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Olá, olá, como vocês estão nesse halloween?

Bem, eu como um grande fan do Kamaitachi, decidi escrever uma shot inspirada em uma das músicas dele para esse dia, então, espero que vocês gostem.

Tenham uma boa leitura.

***

Em toda a minha vida nunca pensei que namoraria alguém tão perfeita quanto Kim Dahyun, a garota que absolutamente todos queriam na faculdade, perfeita, sabia fazer absolutamente tudo, e eu em um dia nublado de outono, consegui um beijo daqueles lábios, consegui que ela fosse minha em uma noite quente de verão, e, até hoje, eu não sabia como, ela estava ali.

Não só minha namorada, minha menina, como minha noiva. 

Como aquela garota com um talento excepcional para piano tinha aceitado meu pedido de casamento?

Nem eu sabia, apenas agradecia todos os dias por ela ter dito sim para mim naquele restaurante imbecil que nunca gostei, mas que ela, por toda aquela atmosfera calma e com música clássica, adorava. 

Valeu a pena toda a irritação que eu passei naquele dia para aprender a dar um nó de gravata. 

Sim, Park Jihyo! Eu aceito!”, tenho que reviver esse momento cinco vezes por dia, no mínimo. 

Porque era comigo que ela, até hoje, andava de mãos dadas, eram meus lábios que ela beijava, meus cabelos que ela acariciava para dormir, em minha cama que ela tinha seu descanso após ter seu prazer.

E céus… uma coisa que com toda certeza nunca sairia da minha mente era seu rosto vermelho, suado e com uma expressão de imensa satisfação. 

Falando nisso, suas feições sempre foram tão belas, mas eu não sabia o que acontecia, a lua sempre acentua cada traço que atrai meus olhos como ninguém nunca conseguiu, e a cada dia mais eu me apaixonava por aqueles olhos, principalmente quando aquelas orbes escuras fixaram-se às minhas, mesmo que não brilhassem da mesma forma que antes, ainda era a minha garota ali.

Desejava que seu corpo quente me esquentasse naquela noite fria como ela fazia normalmente, mas não podia, não mais, pois suas mãos, agora estavam frias enquanto tocavam fracamente meu ombro durante uma dança à luz do luar. A voz suave de um cantor que Dahyun gostava de tocar no piano - e que eu mesma nem conhecia - soava pela casa enquanto a gente rodopiava pela sala.

O chão molhado incomodava meus pés descalços, mas a morena não parecia se incomodar, e era isso que importava.

O que me incomodava, era apenas o fato que o adorável cheiro de neném que Dahyun sempre emanava estava indo embora, ele estava sendo substituído por um cheiro pútrido, ao qual, incomodava um pouco meu nariz e eu sempre a dizia isso, mas ela parecia não se importar, algo que tinha nos trago à diversas discussões, ou melhor, monólogos. 

Eu sempre falava, falava e falava, e ela ficava ali, sentada na poltrona de sempre, com a cabeça tombada, me olhando com olhos mortos que me faziam questionar se ela ainda sentia alguma coisa por mim.

Apenas queria ouvir novamente sua voz durante uma de nossas brigas, falando que estávamos discutindo por nada, então ela viria em minha direção, seguraria minha mão e me levaria para nosso quarto no segundo andar onde faria amor comigo e diria. 

- Não precisamos brigar, Hyo, eu não vou embora. 

Ah, minha princesa, nosso amor acabou? 

Estou apenas me iludindo?

Não somos mais o que éramos há um ano atrás?

Há tanto tempo você não toca piano para mim, não me toca. 

O que está acontecendo conosco?

Por que você teve que me trair?

Era tudo o que eu pensava enquanto meus dedos passeavam pelo rosto pálido, ah… eu tinha tanto medo de a perder.

E era exatamente por isso que nossa sala estava molhada com seu sangue, que todos lá fora estavam a procurando, mas não foi minha culpa!

Kim Dahyun era um anjo, o mundo aqui não a merecia, tudo o que eu fiz foi a levar de volta para o lugar de onde ela veio, eu não entendia porque minha casa estava rodeada de polícia se eu apenas queria o bem dela! 

O mundo queria tirar Dahyun de mim, e eu não permitiria que isso aconteceria, nunca! Demorei tanto para a ter, mas agora, ninguém poderia o fazer, porque ali estava ela, com seus olhos fixos e sem brilho para mim.

Apenas queria a levar de volta para o céu, onde, ninguém nunca poderia encostar nela.

Nenhuma outra mulher poderia a levar para a cama como tinha acontecido duas semanas atrás.

E consegui.

Não tinha culpa se, para isso, o que molhava nossos pés era o sangue dela.

Apenas me sentia mal que nunca mais sentiria seu toque quente novamente. 

O único remorso que eu tinha, era não ter aproveitado mais com o meu amor, afinal, agora tinham policiais invadindo nossa casa e me olhando como se eu fosse louca, mas eu apenas estava ali, aproveitando a última dança com minha noiva antes que o veneno fizesse efeito e eu a seguisse para o paraíso.

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