Eles ainda eram um casal recente. Apaixonados, quentes, e estavam indo ao motel. Ele trazia uma mala de mão, disse que tinha alguns brinquedos que queria experimentar com ela, que ficou com o rosto rubro quando ele disse. Ele deixa a mala no pé da cama, aberta, e abre o vinho, serve uma taça para os dois. Ela esta parada em frente a cama, e ambos não dizem nada. Muito já foi dito durante a semana corrida e estressante, eles só querem estar ali naquele momento. Cada uma da um gole do vinho e colocam o copo na mesinha de apoio perto deles. Se beijam, no começo pode não parecer nada muito fogoso, mas é um beijo de saudade, de vontade, longo, tanto de duração quanto de intensidade. Chega a ser um beijo adolescente, apesar deles não serem. Ele diz no ouvido dela que quer ela relaxe, e deixar ele ajudar nisso. Pra isso que servem as coisas na mala. Ela abaixa o rosto e concorda sorrindo. Ele coloca na mala na cama, eles matam a taça de vinho e começam se beijar novamente. Dessa vez mais carnal, enquanto se deitam na cama, retirando peças de roupas e jogando para os lados. Na cama, os dois já completamente nus, ainda se beijam, e ele começa a descer os beijos pelo pescoço, seios, passa pela barriga e chega até a virilha. Ele beija o clitóris, e ela se contorce, ele passa a lamber os lábios inferiores dela, penetrando com a língua. Ela passa a mão na cabeça e nos ombros dele, apertando os ombros. Ele continua seu beijo quando ela já o puxa pra cima, querendo mais do que beijos. Ele diz que não, que ela está muito ansiosa. Ela sente um balde de água fria misturado com um de água fervendo quando vê ele pegando a mala. Os dois sentados na cama, a mala ao lado, e ele acariciando o cabelo dela, enquanto dá pequenos beijos. Diz que ela anda muito estressada do trabalho, e que hoje ela ela deixar de lado tudo o que estava incomodando-a. Ela teria que se entregar pra ele. Ela já confiava nele, mas ainda sentia um frio na barriga sem saber o que tinha na mala. Ele disse que conforme fosse tirando os itens, explicaria pra que seria e já colocaria nela. Primeiro ele retira uma venda. Ela estranha ser algo tão simples, e quando ele coloca nela, ela imediatamente já percebe o motivo, ele falando baixo no ouvido dela, dizendo que não queria ela prestando atenção em mais nada. Ela se arrepia, pela voz, por essa entrega, por não conseguir ver. À partir de agora ela não consegue mais ver o que ele tira da mala, então ela tem que deixar ela guiar o corpo e as ações dele. Ela o sente juntando os punhos dela. Imagina que algo do tipo uma algema seria o próximo, mas sente uma corda amarrando os punhos juntos. Ela ainda tem espaço para mexer os braços, mas não abri-los. Depois ela escuta algo como se rasgando, mas não consegue identificar o que é. Ele se aproxima dela e diz com uma voz sacana "não fica muito brava, mas nem falar você vai poder". E sente ele colocando uma fita em sua boca. Ela já não podia ver, estava com os braços presos, e ainda sim tenta bater nele. Ele ri dela. Ele fica dando mais alguns beijos e, ela sente ele direcionando o corpo dela na cama, fazendo com que ela deite com a bunda pra cima, apoiada nos cotovelos. Ela depois sente mais um pedaço de corda amarrando os calcanhares dela. Sentia seus movimentos mais restritos, mais entregue a ele, a situação. Ele perde um tempo pegando algo na mala, e depois deita por cima dela. Ela sente ele vigoroso, pressionado contra a bunda dela. Tudo acentuado por não poder ver ou falar nada. Nisso ela ouve ele dizendo que vai deixar ela só com o senso do toque e do olfato. Ela não entende muito bem, mas sente um fio um pouco gelado encostando na nuca dela, e sente ele colocando um fone de ouvido nela, do tipo que cancela os ruídos. Ela já não escuta nada, mas de repente sente um cheiro de incenso, suave, mas gostoso, relaxante. Depois disso ele coloca uma música clássica para tocar. A primeira é Beethoven, mas existe uma variação na playlist no celular na cabeceira da cama. Agora ela entende por completo, e apesar do que pensaria normalmente, se sente tranquila. Ela sente ele se ajeitar seu corpo no dela, na altura da cintura, e sente algo gelado repentino em suas costas. Ele começa a espalhar o creme e massagear as costas. Ela não sabe se é por estar com todos sentidos retraídos, ou se por que normalmente ele passaria o creme nas mãos antes, mas estranha com o tanto que se assustou e sentiu frio, até arrepios. Ele vai massageando e saindo de cima dela, massageando o corpo todo, os braços, ombros, nuca, costas, bunda. É uma sensação gostosa, tanto o cheiro, o som, o toque, ela realmente esquece os problemas e se concentra somente naquilo. Após terminar de passar a mão massageando o corpo todo dela, ele vai voltando com as mãos e começa a massagear a bunda dela, e com ambas mãos, vi deslizando para sua virilha. Ela sente os dedos quentes juntos com o creme gelado entrando nela, sem aviso, sem preludio, e ela tenta falar algo, somente gemidos abafados. Ela sente ele voltar pra cima dela, e massagear um pouco mais forte suas costas e ombros, e sente uma mão dele segurar na nuca, e a outra ela não sente mais. O que vem a sentir a seguir é o pau dele penetrando ela, preenchendo ela por completo. Novamente ela tenta gemer, mas está abafado. Ele repete o movimento, ela sente ele pulsando dentro dela, escuta as batidas nas teclas de Mozart como se tocassem juntos, deixando o corpo em sincronia. Ela sente ele pulsar por uma última vez antes de sentir ele jorrar dentro dela. Ela adora aquela sensação quente dentro dela, e ela se sente estremecer, ficar úmida por dentro e por fora. Ela não percebe o urro que ele deu, assim como não percebe ele se esticando para pegar a toalha. Ele se retira de cima dela, e a limpa primeiro, depois se limpa. Ele vira ela levemente pela cama, deixando ela sentada, e desamarra as pernas. Ele se senta ao lado dela e retira a silver tape da boca dela. Ela respira profundo, antes que ela possa falar algo, os dois se beijam fortemente. Ela ainda não pode escutar e ver nada, somente pernas e bocas livres, com exceções das vezes em que ele a colocava para uso, como estava agora com os beijos e mordidas. Ele começa a ajeitar o corpo dela para ficar sentada em cima dele, ela entende o posicionamento e se junta rapidamente. Os beijos continuam, e suas mãos, ainda amarradas, estão nas costas dele. Ele se penetra nela novamente, dessa vez ela consegue soltar um gemido entre os beijos, e ela começa a se remexer com ele dentro. Parecia dançar com ele, uma dança pessoal e lenta. Até que ela mesma começa aumentar a velocidade, e ele começa a ficar mais sólido dentro dela. Ela sente isso, e de repente sente dedos acariciarem seu clitóris. Ela já não ouve mais a música e esqueceu que não pode ver, ela só sente nesse momento. Ela sente o corpo dela se encher, ela diz pra ele não parar, ele não para. O corpo dela vai se esquentando entre os movimentos, entre sentir a mão, os beijos, a penetração, de sentir tudo e nada, ela explode por dentro e solta um gemido longo. Ele a agarra bem forte e os dois permanecem ali por um tempo. Abraçados e ofegantes. E mal disseram boa noite.