Capítulo 2

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Ao chegarem perto da casa, olharam para trás, com medo de terem sidos seguidos e entraram assustados na cozinha.

Vovó, vovô... acho que vimos um assombração, disse Joca assim que se sentou no banco para comer.

A vovó o repreendeu, vamos meninos, lavando bem as mãos antes de almoçarmos.

Mas vovó, começaram todos juntos.

Sem mais, nem menos. Já! Mãos limpas e troquem essas roupas sujas e depois voltem para almoçar e aí falamos da sua assombração. Disse em meio a um sorriso.

Só vovó mesmo para nos acalmar sem contudo duvidar de nossas invenções ou medos.

Quando Joca retornou a cozinha, as meninas já haviam contato tudo ao vovô e à vovó. Ele adicionou mais algumas bizarrices ao causo. Estávamos descansando junto a margem no rio, lá na areia, sabe vovó! E ouvimos um chiado esquisito que foi ficando cada vez mais alto, parecia estar chegando perto. Voltamos correndo para casa, o que será que é Vô?

Pode ser um sapo, um grilo, um macaquinho. Mas com certeza não é assombração não, meu filho. Vovô disse apressado. Amanhã vocês voltem lá e verão algum rastro.

Ai Vovô, fiquei com tanto medo, que sai correndo. Disse Lili.

_É eu também vô, nossa nunca ouvi nada parecido. Exclamou Joca.

_Ah! Vocês são dois medrosos, retrucou Aninha, - Eu queria ficar para ver o que era. Com certeza, amanhã teremos alguma pista né vovô?

Claro minha querida, disse vovô Diorgenes fazendo um carinho na cabeça de Aninha. Mas por hora, fiquem aqui próximos a casa, vovó preparou umas quitandas para fazermos um piquenique, que tal?

Todos ficaram eufóricos, os piqueniques com vovô e vovó eram ótimos, sempre ficávamos até tarde, fazíamos uma fogueira e eles nos contavam causos da sua infância. Era muito bom, às vezes aparecia um ou outro vizinho para conversar e sempre alegrava a conversa.

Naquela tarde não foi diferente, depois de ajudarmos a vovó com a louça, fomos empilhar uns tocos de madeira para a nossa fogueira, nos banhamos e ajudamos a arrumar a toalha no jardim, na entrada da sala para fazermos nosso piquenique debaixo de uma mangueira. As folhas ainda estavam um pouco amareladas, com o fim do outono e início do inverno os dias estavam cada dia menores e o sol já ia se pondo quando nos sentamos para prosear e comer os quitutes da vovó.

Vovó adorava contar histórias da quaresma, de como as almas ficavam guardando as casas e assustando os ladrões que se atreviam a perambular pelas roças. Vovô lembrava de causos da sua infância que seu avô Tonico sempre lhes contava. Segundo ele, vovô Tonico era cheio de versos e poemas e um grande contador de estórias.

Estávamos tão entretidos na conversa que tomamos o maior susto quando o Zé Ferreiro chegou com seu filho, Juquinha, fizemos muita algazarra brincando com ele. A noite foi chegando, a fogueira foi acesa e logo esquecemos do barulho que ouvimos no riacho, mas antes de irem embora, o Zé Ferreiro e o Juquinha, combinamos de brincar com ele amanhã. Logo, as meninas ficaram cansadas e todos foram dormir e não ouviram um barulhinho surgindo e se aproximando _ruiruiruirui....

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⏰ Last updated: Nov 02, 2021 ⏰

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