① ESPECIAL UM

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ESPECIAL 1
CENOURAS

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ㅡ Aigoo! Não fique triste, esquilinho. Vê-lo assim, parte o meu pobre coração. ㅡ Leebit choramingava um pouco alto na cozinha, terminando de descascar suas duas cenouras ㅡ Vamos. Sorria!

ㅡ Ah! Não consigo. Estou sentindo tantas saudades do Jijico.. ㅡ O esquilo confessou em voz baixa, suspirando em pesar ㅡ Me sinto culpado por não ter conseguido me despedir dele. Meu sonho era abraçá-lo uma última vez.

ㅡ Aigoo!

Observando por alguns segundos em silêncio o teto de madeira da sua casa na árvore e perdendo a conta de quantas vezes suspirou e/ou resmungou enquanto estava deitado no sofá, Quokka, ao que comprimia os lábios e tentava se confortar com as lembranças dos bons momentos que passou ao lado dos dois humanos, também não parava de brincar com os dedos das mãos; estava de certa forma ansioso.

ㅡ Aqui. Trouxe cenouras para animar meu esquilinho. ㅡ Leebit jogou-se em cima do outro, deixando à mostra as duas cenouras ㅡ Que tal se fizéssemos uma 'disputa' pra saber quem come uma cenoura mais rápido, hm?

ㅡ Não quero. Você sempre ganha nessa. ㅡ Rebateu, franzindo o cenho.

ㅡ Aigoo! Não se preocupe. Posso deixar você ganhar desta vez. ㅡ O coelho sorriu, selando demoradamente a bochecha do menor ㅡ E então, o que me diz?

ㅡ Você não está mentindo, certo?

ㅡ Não. Não. ㅡ Negou freneticamente com a cabeça, sem tirar o sorriso dos lábios ㅡ Jamais mentiria para meu esquilinho.

ㅡ Certeza? ㅡ Quokka arqueou a sobrancelha, tomando uma cenoura para si ㅡ Você vai me deixar ganhar, certo?

ㅡ Claro.

Ainda desconfiado com a "bondade" do coelho e intercalando diversas vezes o olhar entre o mesmo e a sua cenoura, Quokka, timidamente levou-a até a boca e tirou um enorme pedaço, começando a mastigar, mas parecendo confuso pelo outro continuar imóvel sobre si.

Vofê não fai fomer? (Você não vai comer?) ㅡ Quokka questionou-o de boca cheia, deixando visível suas bochechas infladas.

ㅡ Pode continuar. ㅡ Pediu, sorridente ㅡ Gosto de ver você comendo.

ㅡ Hm? ㅡ Arregalou um pouco os olhos, sentindo suas bochechas quentes ㅡ Fomo assim? (Como assim?)

ㅡ Ah! É que eu gosto de ver suas bochechas ainda mais gordinhas. Me dá uma imensa vontade de mordê-las. ㅡ Leebit balançou a cabeça, deixando um outro selar demorado, mas agora na testa do menor ㅡ Morder. Morder. Morder.

ㅡ Aigoo! Não! Minhas bochechas ficam doendo quando você morde. ㅡ Quokka empinou o nariz, desviando o olhar para outro ponto da casa ㅡ Coelhinho mau!

ㅡ Aigoo! Prometo que desta vez não irá doer. ㅡ Leebit imediatamente choramingou, pegando desprevenido o esquilo com um selar na ponta do seu nariz ㅡ Vou morder com carinho.

ㅡ Não.

ㅡ Sim!

ㅡ Não!

ㅡ Aigoo! Por favor! ㅡ Manhou.

ㅡ Não, Leebit.

ㅡ Aigoo! Não irá doer, prometo!

Silêncio.

ㅡ Só uma mordidinha. Vai!

ㅡ Só uma? ㅡ Quokka questionou com um tom desconfiado, encarando-o de esguelha ㅡ Promete?

ㅡ Prometo. ㅡ Leebit assentiu, balançando a cabeça.

ㅡ Tem certeza?

ㅡ Hoje farei tudo o que você pedir. Prometo.

ㅡ Promete de dedinho? ㅡ Ergueu o mindinho da outra mão, aproveitando para dar outra mordida na cenoura ㅡ Hm?

ㅡ Prometo. ㅡ Leebit uniu ambos os dedos, sem deixar de sorrir ㅡ Agora, posso morder elas?

ㅡ Pode. ㅡ Balançou a cabeça ㅡ Mas é pra morder com carinho!

ㅡ Eu sei. Eu sei.

ㅡ Ah! Quase ia me esquecendo.. ㅡ Ponderou, interrompendo a aproximação do coelho ㅡ Antes de você morder minhas bochechas, precisa deixar oitenta e nove beijinhos nelas!

ㅡ LEE HAN QUOKKA!

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Fairyland || Leebit&QuokkaOnde histórias criam vida. Descubra agora