Milagre

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Boa Leitura.

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Rio de Janeiro - Brasil

  A noite quente e movimentada no bairro não permitiu que o barulho estrondoso fosse notado pelos carros que passavam ao redor, mas naquele momento, quatro pares de olhos assustados encaravam a advogada caindo de costas sob o corpo da mais nova recebendo braços em volta de sua cintura imediatamente.

O homem havia disparado a arma contra a barriga da mais velha, logo em seguida o mesmo foi atingido no pulso, por um disparo efetuado pelo garoto que acompanhou a advogada, o homem imediatamente largou a arma e urrou de dor ao agarrar firmemente o pulso.

- CAMILA PELO AMOR DE DEUS!

Lauren gritava em desespero enquanto deitava a mulher ao chão, seus dois moleques derrubaram o homem alto e o desmaiaram rapidamente.

- Nois precisa levar ela pro hospital, o Rio Day é 10 minutos daqui.

A mais nova assentiu e retirou a jaqueta, embolou na mão pressionou o ferimento na lateral da barriga da mais velha.

- L2 e o engomadinho? Esse filho da puta tá sangrando.

- Larga aí mano, espero que morra esse filho do cambrunco, e Turbina liga pro dono e manda ele queimar as câmera e os computadô, eu compro novo depois, me ajuda a pega ela, não dá pra tirá a mão, a bala não saiu.

A mais nova respirava fundo, precisava de calma, a mais velha precisaria de apoio.

A mulher e o homem, que acompanhavam a de olhos verdes, ergueram o corpo já pálido de Camila e colocaram dentro da Urus, onde a morena de olhos verdes apoiou a cabeça da mais velha em seu colo e tentou acordá-la, sem sucesso.

- Turbina voa com esse carro, Loirin, acompanha  com a velar e liga pro SAMU que é nossa parceria e manda vir buscar o sabugo e deixar longe daqui.

- Certo L2, tô colado atrás.

Logo o motor da Urus rugiu e a mulher loira ao volante dirigia concentrada, sabia que a mulher grávida era importante pra sua chefe.

Oito minutos angustiantes depois o carro foi estacionado de qualquer jeito em frente ao hospital particular, Lauren pegou a mais velha no colo e seguiu as pressas para dentro do hospital passando aos gritos pela porta assustando a recepção.

- AJUDA AQUI.

A recepcionista arregalou os olhos e gritou pelos enfermeiros e a médica de plantão, que chegaram rapidamente com uma maca, Lauren a colocou na maca e os homens saíram as pressas em direção a sala de cirurgia enquanto Lauren chorava silenciosamente agarrando os fios negros da cabeça os puxando para trás.

- Senhora aqui uma água, se acalme por favor, preciso que faça a ficha dela. - A mais nova aceitou a água e respirou fundo pegando o celular no bolso e discando rapidamente.

- tá aí fora?

- Tô sim .

- Tá vendo a bolsa da dotôra aí no carro?

- Tô sim, tá aqui do lado.

- Trás os documentos dela, pega minha carteira aí no meu carro também.

- Beleza, já levo aí.

A mais nova desligou e pôs o celular no bolso novamente, andava de um lado para o outro, a preocupação dominava a morena e era nítido pra qualquer um, inclusive a recepcionista, que estranhou a mulher tatuada e de linguajar informal, estar em um hospital como aquele.

Bound By FateOnde histórias criam vida. Descubra agora