Parte I

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Aviso:


Acho que finalmente fiquei agradada por algo que escrevi depois de um longo tempo... Espero que aproveitem, ainda terá uma continuação, mas por enquanto vamos com calma, logo ficaremos em chamas. Beijinhos.




Adrien tinha que agradecer a Gabriel Agreste, seu pai, pela maravilhosa vista que tinha naquele momento da noturna Paris. Afinal, se não fosse pelas suas restrições, talvez, não estivesse tão disposto a escapar pela madrugada, saltando pelos telhados transformado em um gato preto. Sozinho na Torre Eiffel, balançou as pernas enquanto cantarolava como estava solitário sem a sua lady, mas não havia nada que pudesse fazer enquanto não havia nenhum vilão akumatizado, Ladybug não apareceria.


Era naqueles momentos que se questionava sobre como seria a vida da super heroína, mesmo com trabalho de guardiã e sendo a defensora mais requisitada de Paris, sua liberdade parecia intacta ao ponto de não sentir necessidade de uma fugida pela madrugada para espairecer os próprios pensamentos sufocados pelas paredes do quarto.


Apenas mais um ponto no qual se diferenciavam e, talvez, um dos motivos pelo qual era apaixonado pela garota com uniforme de joaninha. Sua forma de ser estava imaculada e expandindo-se como uma supernova, lenta e brilhante, deslizando por cada esquina de Paris para trazer esperança, alegria e amor.


Chat Noir suspirou, olhando em direção à lua enquanto pensava sobre o seu significado naquela equação. O que poderia a destruição ter a ver com a esperança? Tocando em seu sino, balançou a cabeça para afastar alguns pensamentos e levantou-se rapidamente, pegando seu bastão e lançando-se para as ruas adormecidas.


Ele saltou pelos telhados e caminhou preguiçosamente em direção a sua casa, às vezes, esgueirando-se pelos becos para mesclar-se com a escuridão, apesar de não ter receio de ser visto, quando percebeu uma figura feminina apoiada na batente da varanda. Apoiando-se em seu bastão, observou Marinette por alguns segundos, vendo-a suspirar enquanto encarava o céu noturno.


"Parece cansada", pensou, inclinando a cabeça para o lado, ponderando se aproximava-se ou não. "Talvez, apenas esteja com insônia", mordeu o lábio inferior pela hesitação de somente seguir seu caminho. Ele apertou o bastão, olhando para as estrelas, afastando a culpa de amanhecer exausto para as aulas da professora Bustier e torcendo para que Shadown Moth não resolvesse akumatizar ninguém naquele dia.


— Princesa — Chat Noir sorriu, equilibrando-se na batente da varanda com o bastão atravessado em seus ombros atrás da sua nuca, servindo de apoio para seus pulsos. — O que está fazendo acordada a essa hora?


Marinette franziu o cenho, recuperando-se do sobressalto que tivera ao ouvir a voz do super herói, apenas respirando profundamente enquanto parecia organizar alguns pensamentos.


— Não me chama de princesa — disse por fim, cruzando os braços. — E acho que eu deveria fazer essa pergunta, gatinho.


— Miau para você — Chat Noir guardou o bastão e sentou na batente, balançando as pernas. — Estava entediado demais e nada como um passeio para renovar as energias.

Para todas as estrelas no céu (MariChat) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora