𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐄 𝐕𝐈𝐍𝐃𝐀𝐒, 𝐌𝐞𝐠𝐮𝐦𝐢 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨

𝐀 𝐢𝐝𝐚...

𝕆𝕚𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕚𝕡𝕒𝕤 𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖𝕤𝕠𝕤!
𝕋𝕦𝕕𝕠 𝕓𝕖𝕞?!

Xêros da minha vida, que saudade eu estava de escrever esse delícia!

Megumi querido, Deus da minha segunda casa, por favor domine meu ser e pode me invadir com tua sombra a hora que quiseres.
Depois eu trago as outras dele... mas digo, essa aqui... na minha humilde opinião e até agora... é a melhor!

Vejo vocês no final... tá curto mas a gente se explica.

❥ Sem mais delongas, boa leitura!
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[Megumi]

Tudo parecia perfeitamente normal, como se o dia prometesse uma calmaria inquieta. Os pássaros cantaram cedo, me tirando da cama com a minha cabeça zonza, eu havia novamente tido sonhos estranhos com uma certa jovem, que ultimamente dominava meu pensamento. Esses sonhos eram nada mais, nada menos que sonhos muito vívidos e definitivamente eróticos demais para se ter com alguém que nem ao menos encostei uma única vez sequer. Não que eu não quisesse, na verdade, eu queria muito. Queria sentir a pele macia e arrepiada ao meu toque, queria com a ponta dos dedos deixar ela louca me pedindo por mais, queria enterrar as mãos nos fios da nuca dela e puxar com força apenas para escutar um gemidinho leve de dor e prazer. Mas será que ela queria?

Eu parecia um belo adolescente cheio de muitos hormônios, dúvidas e pouca atitude, eu não tinha mais idade para isso. Muito menos, tempo. Levantei e tratei de dar início ao dia. Hoje eu não usava mais o uniforme de aluno, agora eu poderia usar algo que eu quisesse, ainda não havia virado professor, mas claramente esse era o próximo passo. Gojo ainda se metia me escolhendo roupas e enchendo meu armário de tudo um pouco, isso parecia ser o meu eterno fardo. Pelo menos meu ex sensei sabia a cor que mais me agradava nas peças e fazia questão de me soterrar nelas. Coloquei uma calça frouxa de elástico, uma blusa larga e um tênis velho apenas para passeio. Estilo que eu usava para treinar e também era o mais confortável para desfrutar de um dia de caminhadas tranquilas nos majestosos jardins.

Eu caminhei despreocupadamente pelos corredores vazios e silenciosos, havia trazido somente meu espírito despreocupado para o local, queria um pouco de contato com a natureza e desapegar das missões um simples momento do meu dia. Sentia o vento em meu rosto numa calma carícia de inverno, ainda não estava tão frio, mas era perfeito para ter — logo no começo da manhã — um momento sozinho. O cheiro fraco e já um pouco disperso de orvalho inundava o ar e eu respirei profundamente. Fechei os olhos e senti meu corpo inteiro acalmar. Já havia esquecido o sonho e agora a única coisa que me deixava lembrar da jovem, era o fato de talvez eu ter de fazer dupla com ela nas próximas missões. Tínhamos a mesma idade afinal e estávamos ambos caçando a vaga de professor, eles precisavam testar quem de nós teria o melhor perfil. Não tinha dúvidas que ela poderia ganhar essa tranquilamente, mas não significava que eu deixaria a briga fácil.

Estava perdido em pensamentos ao sentir uma mão quente me tocar o braço. Não me assustei, apenas virei devagar esperando encontrar o olhar de alguém que eu — inconscientemente — já sabia quem seria. Os olhos brilhantes me olhavam curiosos.

— Fushiguro, o que você está fazendo?

— Caminhando?

— Sempre tão brincalhão...

— Certeza?

A cada palavra proferida pelos lábios bonitos, eu sentia um pulsar em locais impróprios, malditos sonhos realistas e a vontade que eu tinha de ver aqueles olhos suplicantes no momento em que ela tentasse me ter todinho na boca.