Mariposas em chamas

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Como uma mariposa em uma chama, Jungkook puxa Taehyung de volta ao relacionamento e vice-versa.

Seja uma borboleta noturna, seja um urso branco, seja uma serpente, seja o que você quiser. Mas não se esqueça de uma coisa, foi você quem escolheu o que ser.

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17 de Setembro

Jungkook passa os dedos pela tatuagem com o nome do ex-namorado, que coincidentemente havia sido feita por ele, já que trabalhava como tatuador desde os dezoito anos.

Todas as memórias vinham ao de cima sempre que Jungkook tocava o "TAEHYUNG" ou simplesmente quando olhava para seu nome no pulso direito. Escrito em cima das veias, na pele pálida, no corpo que alguma vez foi de Kim Taehyung, que o pertenceu por completo. Como um simples até já, eles deram até nunca mais, assim não se vendo mais no dia-a-dia como havia se tornado habitual no momento em que houve o pedido de namoro. Cada um visitando a casa do outro, os dois no meio do fogo, perdidos no amor, nos toques, beijos e calor. O calor, aquele que percorreu pelas espinhas, esquentou os rostos suados, aquele calor que só é sentido quando se ama uma pessoa de verdade e com todo o coração e toda alma.

Jungkook dizia: eu realmente sinto você. Taehyung respondia: também sinto você pregado á minha mente e corpo. Estavam interligados, pareciam almas gêmeas. Mas tudo quebrou. Quebrou como um vaso de flores. Os estilhaços estavam todos na tatuagem com o nome do ex-companheiro. Jeon sentia uma enorme vontade de chorar e gritar sempre que olhava para a fonte bem desejada, lembrando-se da gentileza á qual existiu no dia do feito da arte na pele. Lembrava-se do Taehyung atento, concentrado e agarrando suavemente seu braço. O sorriso no rosto dos dois deixou de existir, desvaneceu. O amor, o amor, ele ainda continuava respirando, porém era como se ele tivesse crises de asma a toda a hora.

Foi uma queda quando terminaram. Tudo isso por causa de distância. Taehyung se mudou para outro país com os pais e na opinião dele relacionamento á distância nunca daria certo, ao contrário da opinião de Jungkook, que sim daria um bom resultado, pois seria fiel ao Kim e vice-versa, assim pensava. No entanto, Jungkook chegou a cogitar que Taehyung nunca o tivesse amado na mesma intensidade quando o mesmo preferiu acabar com a relação e ir embora. E depois disso, nunca mais se falaram por muito que ainda tivessem os contatos nos telefones com aqueles apelidos fofos.

Jungkook sempre gostou de chamar Taehyung de bebê e Taehyung sempre amou chamar Jungkook de amor ou minha vida. Não eram tão criativos para outros nomes, mas o que importava era a intenção, a fala verdadeira saindo da boca dos dois, cuspindo-os como veneno. Esse veneno entrou pelas veias de ambos, fazendo-os enfraquecer sem a presença de um ou outro, quase morreram, sem exagero algum. A paixão foi tão forte que chegava a doer o peito, sentiam pontadas fortes no estômago como socos certeiros e passavam de frio para calor em questão de segundos. Tiveram uma conexão indescritivelmente forte, impossível de ser posta só em palavras, era necessário mais e mais.

Mas agora Jungkook tinha de pôr um fim naquela dor e no passado. Precisava respirar o presente sem o ar tóxico das memórias sobrevoando sobre si como meros morcegos de madrugada. Decidido, estava Jungkook. Decidido a camuflar o nome do ex-namorado e substituí-la por outra coisa qualquer que não o fizesse lembrar de Taehyung e dos momentos passados juntos; á beira mar, ao pôr e nascer do sol, no relvado do parque brincando com as crianças de famílias desconhecidas, e muito mais sitios.

Jungkook respirou fundo e desviou o olhar da tatuagem para o céu azul, sem nuvens algumas. O sol ali presente, aquecendo cada canto da cidade e cada pessoa daquela cidade. Estava preparado para ir ao estúdio onde havia marcado para a substituição da tatuagem. Tinha feito a marcação dias atrás, quando disponível.

Moth To a FlameOnde histórias criam vida. Descubra agora