Ele Não Está Sozinho Mais.

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A primeira vez que Tom viu Harvey, achou que era uma minhoca, era minúsculo, rosa e fraco, só sabia comer chorar.
 
As feições de Tom se transformaram em uma careta, era impossível que aquilo fosse seu Irmão, eles nem eram parecidos!

Marta havia dito que quanto  crescesse um pouco seu irmão pareceria  mais com ele " Tom quando você era um bebê também foi  pequeno." dizia ela enquanto ria.

Tom duvidava muito disso.

4 de Agosto 1933

A  Senhora Coles trouxe ele em uma noite chuvosa acordando Tom.  disse que o pequeno bebê em seus braços era seu irmão, aparentemente sua mãe louca, alucinou que um dos residentes do manicômio era seu pai, e nove meses depois, Tom teve um irmão. A mãe não havia sobrevivido ao parto.

    Tom era seu único parente vivo, então criar o irmão era sua responsabilidade. "Eu não vou criar mais um maluco Riddle, ele está por sua conta, vai alimentá-lo, trocar sua fraldas e ensina-lo"  Senhora Coles falou enquanto, entregava o bebê aos braços de Tom.

A primeira coisa que ele notou, foram grandes olhos esmeralda, que o olhavam com sonolência, seu cabelo era tão branco, que não poderia ser comparado com os cabelos grisalhos da velhinha, que sempre distribuía doces quando via Tom,  ele não estava sendo exagerado, o cabelo era realmente BRANCO.

Martha falou que Harvey, herdou uma característica genética do pai. se chamava albinismo, aparentemente seu irmão não produzia melanina, um pigmento responsável pela cor da pele.

Talvez Harvey, seja anormal como Tom.

Tom deitou Harvey, no velho berço que senhora Coles colocou no seu quarto "Essa será a única ajuda que vou dar, E nem tente pedir  a Marta,  ela também está proibida de lhe ajudar.'' Senhora Coles resmungou enquanto ajustava o berço a parede .

Antes de sair do quarto Coles puxou Tom pelo colarinho do pijama velho e  puído, quase o enforcando. "Sua responsabilidade é cuidar desse Bebê.  se no meio da noite ele acordar chorando e acabar acordando as outras  crianças, você pagará por isso Tom Riddle" Coles jogou Tom no chão  saindo do quarto.

Enrolado em sua fina manta, Tom não conseguiu dormir pelo resto da noite.
Ele tinha levado há sério a ameaça de Coles. Mal se recuperou da última surra que levou,  ainda por cima não tinha nem sido sua culpa dessa vez Billy o garoto favorito de Coles, havia o acusado de roubar sua camisa nova.

Isso era ridículo, porque a camisa de Billy era horrível e três números maior que ele, o garoto idiota havia sujado a camisa brincando e a escondido. Então culpou Tom sabendo que Coles gostava de encontrar qualquer motivo para o punir.

Tom ouviu um grunhido vindo do berço. Seu corpo ficou rígido, ele rezou para qualquer Deus que o estivesse ouvindo que o irmão não acordasse.

Não ouvindo mais nenhum barulho. Tom soltou o ar percebendo que havia prendido a respiração.

Ele não saberia o que fazer se Harvey acordasse, Tom não tinha jeito com bebês muito menos sabia como cuidar de um. Coles gosta de manter o máximo de distância entre Tom e as crianças do orfanato, com medo de que ele pudesse corromper os outros órfãos.

Tom olhou para o velho berço na parede oposta, ele tinha um irmão!

Era estranho à muito tempo, ele havia perdido a esperança de ter uma família. Um lugar, um laço ao qual pertencer.

A esperança morreu ao saber a verdade, sua mãe era uma mulher grávida, que ficou louca quando foi traída e abandonada pelo marido. Por um tempo Tom teve expectativas por seu pai, ai ele percebeu:

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