-Lorena, você vai fazer isso e acabou não quero mais ouvir nem um pio sobre esse assunto- Meu pai diz pela milésima vez e eu não me conformo.- Pai eu não quero, eu tenho só tenho 18 anos. Não posso me casar agora, tenho tanta coisa pra viver antes de pensar nisso.
- Você vai se casar sim, eu preciso do dinheiro para poder reerguer a minha empresa e eles querem você como pagamento e eu já assinei o contrato. Vai se arrumar agora e para de frescura, não me faça te dar umas bofetadas.
Subo correndo para o meu quarto, tranco a porta e me desabo em lágrimas.
Como pode ? Um pai vender a filha por alguns milhões, como pode um homem ter tanta ambição assim, como eu queria que minha mãe estivesse aqui.
Pego o porta retrato com a última foto que nós tiramos juntas no hospital, mesmo com o cabelo raspado por conta do câncer ela continuava linda. Meu pai mudou tanto dês de que ela morreu, deixou a empresa de lado e perdeu tudo e está prestes a perder a mansão que moramos, agora eu vou pagar pela irresponsabilidade dele.
Não sei nada sobre o homem que vou me casar, nem sequer o nome.- Lorena ? Abre essa porta. - vou até a porta e dou de cara com o tirano que está me vendendo.
- Posso ajudar em alguma coisa ?- pergunto de forma hostil.
- Olha como você fala comigo hein bela, eu sou seu pai e você me deve respeito - Reviro os olhos e ele continua- Agora são 17:00 o jantar será servido as 19:00 então por favor não se atrase, use algo que te deixe bastante atraente e por favor chega de chorar.
-Mais alguma coisa ? - antes dele responder eu fecho a porta.
Tomo um banho de banheira bem demorado, quando meus dedos estão ficando enrugados eu saio da banheira, pego meu roupão, enrolo uma toalha no cabelo e fico alguns minutos me olhando no espelho e pensando em como seria minha vida daqui para frente. Várias coisas se passam pela minha cabeça e uma delas é não me arrumar, apenas colocar um pijama e descer, mas logo desisto dessa ideia só eu sei do que meu pai é capaz quando está com raiva, então decido me arrumar e orgulhar meu asqueroso pai.
Entro no meu closet e escolho um short e um cropped ambos brancos, uma sandália que me deixa confortável, seco meu cabelo e prancho deixando ele extremamente liso, faço uma maquiagem básica e termino borrifando um pouco de perfume.
Olho a horas e são 19:02, olho no espelho e resolvo descer, no meio da escada é possível escutar as risadas, quando se dão conta que estou descendo eles se levantam.- Boa noite senhorita Rossi - Diz um homem que aparenta ter uns 60 anos e eu me assusto.
- Boa noite senhor? - Respondo com educação e o mesmo sorri.
- Marchetti, Antônio Marchetti.
Meu pai me olha como se fosse arrancar minha cabeça.
Derrepente entra um homem na sala, aparenta ter uns 25 anos, não posso negar a sua beleza. Ele me olha de cima abaixo como se eu fosse um pedaço de carne e eu fico extremamente encomodada com seu jeito.-Filho, venha conhecer a bela senhorita Rossi.
- Olá senhorita Rossi, sou Matteo Marchetti muito prazer! - Diz e sua voz é rouca e suave, ele pega na minha mão e a beija
- Olá, Matteo.
Meu pai continua me olhando com uma cara nada boa.
- Vamos jantar meus amigos ?
- Sim, estou faminto - responde o senhor Antônio e seguimos para sala de jantar.
Assim que entramos meu pai para e da espaço para os convidados passarem na porta e quando eu vou passar ele segura meu braço.
- Que porcaria de roupa é essa? Eu mandei você se arrumar, colocar um vestido que te deixasse parecendo uma mulher e não essa roupa que parece uma adolescente indo a um almoço de domingo.
- Desculpa pai.
-Acho bom ele gostar de você, se ele desmanchar o contrato eu juro que te vendo para um desses traficantes de mulheres.
- Me solta pai, tá machucando - Falei com os olhos cheios de lágrimas.
- Nem pense em começar a chorar, não estraga tudo se não você vai se arrepender.
Entramos na sala de jantar como se nada tivesse acontecido, como de costume me sentei ao lado direito do meu pai e os convidados ao esquerdo, as empregadas começaram a servir o jantar, jantamos em um clima pesado, o senhor Antônio conversava com meu pai sobre a empresa enquanto eu e Matteo ficávamos em silêncio, ele me analisava o tempo todo, seu olhar queimava sobre mim então ele se levantou da mesa e simplesmente saiu da sala de jantar, seu pai logo se levantou e foi atrás.
- Acho bom que ele não tenha desistido de você, porque se ele desistiu eu já disse o que vai te acontecer né? - ele apertava meu braço com tanta força que eu não consegui segurar as lágrimas, eu não reconheço esse homem que está na minha frente.
-Pai, o senhor está me machucando
- Vou machucar muito mais se você arruinar os meus negócios, enxuga essas lágrimas que eu vou atrás deles ver o que aconteceu.
Quando meu pai ia se levantar da mesa o senhor Antônio entrou na sala de jantar novamente.
- Meus queridos desculpem o comportamento do meu filho, acho que ele está um pouco ansioso para conversar a sós com a futura esposa, querida ele te espera no jardim.
- Ah sim - disse me levantando e saindo do local.
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INTENÇÃO
Teen Fiction[+18] O amor liberta, não aperta. O amor eleva, não diminuí. O amor cuida, não maltrata. O amor deixa ir, não prende. A minha história de amor não começou assim, muito pelo contrário.