Capítulo 2- Propostas e Matrimônio

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Thomas Clinfford.

  Não é nada fácil quando todos ao seu redor tentam dia  após dia controlar sua vida, tomar todas as decisões e mostrar que você não passa de um boneco controlado. E tudo isso pra que? Pra que tudo ao seu redor seja perspicaz e traga benefícios, mesmo que isso custe tudo que mais lhe importa.

  — Papai, veja bem...

Eu pedia ao homem sentado em uma cadeira, com as mãos sobre o rosto como se estivesse farto de ouvir minhas reclamações. Na quele momento, percebi que não era o meu pai que estava ali a me ouvir, mas sim o grande rei Charlles.

— Thomas, até onde pretende levar essa discursão?

O tom de meu pai estava cansado e mútuo. Parecia que tudo ao redor lhe persuadia a tonar as coisas sempre mais difíceis.

— É a minha vida!! — reclamei — Não vou deixar que escolham com quem devo ou não me casar.

Meu pai me encarou com seus olhos azuis, parecidos com os meus. Mais ali só espreitava receio.

— E oque você sugere? — Meu pai levantou sem tirar seus olhos de mim. — Que eu cancele a maior tradição que minha família carrega a centenas de anos, só por que você não está satisfeito?

  O encarei com indignação.

— Cresça, Thomas. — pediu ele.

Suspirei pesado diante das suas palavras. Aquilo me remoía profundamente.

— Então eu aceito, com tanto que me conceda um pedido. — apelei

  Charlles arrumou sua postura e me olhou pela a primeira vez com empatia desde que esse assunto se iniciou.

— E qual seria?

Olhei pra janela do grande escritório real e deixei que todos os meus pensamentos inundassem se colidindo com meu coração, enquanto em minha mente apenas um nome ecoava.

— quero que Aurora esteja entre as 10 garotas. — Falei de uma só vez.

Meu pai suspirou irritado desta vez. Em algum momento eu sabia que aquilo se tornaria motivo de aflição.

— Aurora tem título real, Thomas. — Disse ele como se eu já não soubesse — A lista é pra pessoas do nosso vilarejo.

— Pessoas a qual eu não amo. — Retruquei

— E você por acaso ama Aurora? — o tom de meu pai tinha indignação.

sua pergunta pairou no ar sobre nois com todo mistério, enquanto eu buscava a melhor forma de responder.

— Eu gosto dela, papai.

— Gostar não é amar, Thomas. — Afirmou ele como se eu já não soubesse

— Mas sinto algo por ela e quero que ela pelo menos tenha a chance de viver aqui comigo, ou pretende mesmo me forçar a viver com alguém que não é destinado dos meus sentimentos?

Minhas palavras pareceram acerta meu pai desta vez.

— Que tipo de pai o senhor é? Que prefere colocar o título acima da minha felicidade!

Os olhos do meu pai se tornaram vazios e com comoção. Desta vez eu estava falando com meu pai e não com o rei Charlles.

— Tudo bem, Thomas. — cedeu ele — Falarei com o rei Archys...

Eu pulei de alegria e abracei meu pai com tamanha emoção e felicidade. Porém, meu pai interrompeu o abraço e colocou as mãos sobre meu rosto com seriedade.

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