Nem Tão Anjo...

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- Luk

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- Luk... – tentei chamar.

- Shh... – ouvi em reposta. – Sou eu. – sua boca estava colada em meu ouvido, me fazendo retesar. Sua voz grossa atiçou todos os meus sentidos, despertando-me parcialmente, e tive de fechar os olhos respirando fundo pra tentar me controlar. Não compreendi o por quê dessa aproximação a essa hora.

Desci as mãos até meu ventre tendo certeza que era seu braço que estava ali atravessado comprimindo meu corpo contra o seu. Estranhamente, Luka me abraçara por trás, e não me soltava.

- O que aconteceu? – perguntei sentindo seus dedos acariciarem minha pele. O que ele queria?

- Nada demais. – falou calmamente, o cheiro de seu pós-barba inebriando-me as narinas. – Só queria esclarecer um mal entendido. – fez uma pausa dedilhando minha cintura. Como se respirava mesmo? - Não conseguiria dormir tranquilo deixando uma ponta solta.

- Que ponta? – minha voz saiu como um gemido. Droga. A essa altura seus toques já haviam conseguido me despertar. De todas as formas.

Ele riu roucamente satisfeito por sua abordagem ter dado certo, fazendo um estrago comigo.

- Aquela música. A segunda música. – enfatizou. Eu não conseguia lembrar do meu próprio nome nesse momento quem dirá de música. – Ela não vinha de mim. – e sua mão saiu da minha cintura e pôs-se a subir por entre meus seios.

- Luka... – gemi encolhendo as pernas. Eu estava perdendo o controle do meu corpo.

Eu ofegava a cada mudança de caminho que suas hábeis mãos traçavam, ele queria me torturar era óbvio, e estava conseguindo. Meu coração esmurrava meu peito como uma britadeira, e pareciam fazer 40 graus naquele quarto, fico feliz pelo cômodo estar em quase perfeita escuridão e por estar de costas para o Luka, pois tinha certeza que meu rosto estava extremamente vermelho, porque o sentia pegar fogo.

E, bem, não era o único lugar.

- Ela vinha de você. – sussurrou guturalmente deslizando a ponta do nariz pelo meu pescoço, traçando um caminho de fogo pelo local. Porra.

Mordi com força meu lábio inferior segurando mais um gemido.

Luka havia entendido facilmente a ligação da canção comigo, subestimei demais meu marido.

- Eu não ... – tentei balbuciar perdida, minha mente estava em completo êxtase.

- Vai continuar mentindo... – senti-o colar mais em mim, seu peito nu comprimindo contra minhas costas, o calor fervente do seu corpo completando com o meu. - ...amor? – seus lábios roçaram levemente em minha bochecha incandescente.

Arfei.

O calor estava insuportável, eu queria arrancar aquele edredom de cima de mim, e junto dele outros panos também.

- Marinette, - sorriu sedutoramente. - não mente que eu sei como arrancar a verdade de você. – a mão que antes estava entre meus seios viajou até meu joelho esquerdo subindo com voluptuosidade trazendo consigo a barra da camisola.

Canção do Coração.Onde histórias criam vida. Descubra agora