Psycho ( HyunKnow )

Psycho

Minho: shechireJR
Hyunjin: Felix_Felices

Os olhos castanhos estavam expremidos conforme caminhava às pressas pelas ruas vazias plenas meia-noite de domingo, ser um motorista de táxi tinha seus lados péssimos a maior parte do tempo, entre eles estava o fato de trabalhar domingos e feriados até de madrugada.
Qualquer ligação lhe chamando era motivo de comemorar por ter dinheiro a mais lhe rendendo.
Porém Hwang Hyunjin tinha pavor de andar de madrugada , seu pavor tinha até características físicas e nome.

Lee Know, como se dizia se chamar, um homem de aparência bela, um pouco alto, porém ainda assim Hyunjin era maior, cabelos castanhos escuros, olhos castanhos, pele beijada pelo sol, corpo bonito, esculpido pelos deuses, roupas sempre de marca e um olhar sério capaz de causar calafrios.
O Lee conseguia apavorar Hyunjin desde a primeira vista, no qual em outra madrugada, feriado do dia da independência que eles sequer costumavam comemorar, o Hwang havia se esbarrado com o estranho que sequer piscou os olhos enquanto o encarava.
Hyunjin não sabia com quem estava lidado, achou aquele homem belo, muito lindo e apetitoso, então como achou que aquele era um flerte, se ofereceu atirado para o homem, beijando seus lábios e sendo correspondido na hora.

As mãos firmes tocaram todo seu corpo naquela madrugada de segunda-feira, teve seu orgasmo intenso em meio de gemidos e suor nas ruaz escura de Seul, tendo um prazer surreal causado pelo homem misterioso que mostrou seu sorriso sedutor e safado pela primeira vez.
Hyunjin lhe deu seu número e passou a ligar para ele quando estava livre do trabalho, ele aparecia dois minutos depois da ligação em sua porta, pronto para dar ao Hwang mais prazer no qual qualquer outro homem jamais daria para Hyunjin.

As noites gostosas eram perfeitas, o sexo, o carinho, eles tinham uma vida sexual maravilhosa.
Porém o Lee se mostrou ser diferente.

Quando Hyunjin saía do trabalho e deixava o táxi na garagem dos outros taxistas, caminhando nas ruas desertas, percebia receber um olhar afiado a distância, demorou quase dois meses para reconhecer a silhueta do Lee entre as lojas apagadas e os postes oscilantes. De início ele havia perdido o medo, porém mesmo quando percebeu que era o Lee e falou com ele, o homem não parou, não o acompanhou de perto para conversar, apenas continuou escondido o observando.

Até que o Hwang teve uma volta ruim, aonde foi testemunha de um assassinato e assalto na volta do trabalho e o tal assassino tentou o atacar, ele estava encurralado entre a parede e o homem extremamente alto com uma arma apontada para sua cabeça enquanto cheirava seu pescoço, um estuprador assassino de merda.
O Hwang sentia que seria seu último dia de vida, seus olhos apavorados ainda viam o corpo morto do adolescente centímetros a sua frente, causando mais pavor ao adulto.
Quando o homem levou a mão lentamente a bunda do Hwang, o assaltante travou, encarando Hyunjin com os olhos arregalados e a boca escancarada derrubando uma quantidade considerável de sangue.

Do pomo-de-adão do homem, uma ponta de uma faca estava avermelhada pelo sangue alheio, lentamente descendo até o fim da garganta e sumindo da vista traumática do Hwang, que estava sem reações, apenas queria estar em seu quarto, dormindo, longe de tudo e todos e nunca mais precisando sair de casa.
O homem caiu sobre seu corpo, demorando segundos para ser jogado para o lado e deixando para o Hwang a vista de Lee Know, que o fitava preocupado e sério, a faca enorme e ensanguentada caiu de sua mão, levando as mãos sujas de sangue para o rosto do tão amado homem, acariciando as bochechas do mesmo, que se encolheu em seu toque.

– Amor... Você sabe que fiz para o seu bem. – disse Minho quando deixou o Hwang em casa, após finalmente dizer seu nome de nascença ao taxista – Ele teria feito algo pior se eu não o matasse.

– E-eu sei. Mas... Mas eu estou... – Hyunjin não conseguia completar uma única frase sequer, apenas gaguejava com a imagem do homem morto cravado em sua mente.

– Não se preocupe, amor. Ninguém mais irá te ferir...

Depois deste dia, toda noite Hyunjin passou a ser seguido pelo Lee por mais perto, enquanto temia que o próximo defunto, pois talvez a próxima vitma seja ele e não um assaltante assediador.
Minho estava tóxico demais, o seguia para o trabalho, para as lojas, invadia sua casa para monitorar sua alimentação, proibir de diversos programas e se ouvisse reclamações, diria que sem ele, Hyunjin estaria a sete palmos do chão.
Não que o Hwang pensasse diferente, mas estava apavorado, aquele homem estava louco, olhando desconfiado para todos que se aproximassem do Hwang, chegando a proibir diversas amizades, até que piorou a situação e o fez se demitir, afinal, para Minho, aquele trabalho era o motivo do Hwang ter sido atacado pelo assaltante, então cortaria o mal pela raiz.

– Minho... Eu pesquisei... Vi que isso é um... Um namoro abusivo... – murmurou Hyunjin vendo o Lee lhe encarar com um sorriso enquanto lhe dava uma pipoca na boca.

– Certo, certo. O que quer que eu faça? – perguntou o Lee beijando a testa de Hyunjin, que se encolheu no lugar.

– M-me deixa viver... Por favor... Eu estou a dias sem poder sequer conversar com alguém além de você! Você... Não me deixa mais sair! – Hyunjin temia que o Lee se descontrolasse e tornasse o futuro do Hwang o mesmo que daquele assaltante.

– Você nunca reclamou, apenas aceitava de cabeça baixa... Achei que te fazia bem. Então... Já que quer tanto ir... Quem sou eu para impedir? – disse o Lee dando de ombros, acariciando os fios macios do Hwang – Apenas saiba que quando chamar meu nome, eu irei ao seu encontro.

Hyunjin afirmou com a cabeça, ele continuaria o seguindo?
Pois é, ele continuou o seguindo, não é atoa que agora ele apertava os olhos castanhos, tremendo ouvindo o som dos passos do Lee alguns metros mais distantes, vendo uma movimentação suspeita em diversos becos, causando os passos mais apressados.
Quando chegou em casa e trancou a porta atrás de sí, sorriu aliviado.

Ele não precisava de Minho na sua sua cola para não ser assaltado.

Pena que o Hwang não viu Minho matando cada pessoa que havia o seguindo e encarava a casa do garoto bonito taxistista.
O Lee sorria satisfeito de seu ato, olhando para a casa do amado orgulhoso, afinal, havia conseguido proteger muito bem o seu menino.