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Desde a morte do Senhor Miller uma semana havia se passado, o corpo de Addam permanecia no necrotério do hospital, o corpo resfriado estava inerte por causa da temperatura, apesar do médico legista ter feito a autópsia, seu coração e cérebro continuavam preservados, o pequeno continuava ali pois não tinha como ser velado pois sua família continuava internada. Na manhã da terça-feira 30.11.2026 um homem chega a recepção do hospital, seu nome é Joshy Miller, filho mais velho do casal, que regressava de uma viagem, ao chegar em casa soube pelos vizinhos tudo o que tinha acontecido até o momento, como era esperado, Joshy foi proibido de ver seus parentes, sem exitar andou escondido nos corredores do hospital até achar o quarto da sua mãe.

Mamãe? Acorde, sou eu!
Sua voz embargada pelo choro fez Martha abrir os olhos, seu corpo estava febril e sua voz era fraca.

Joshy meu menino, você não pode ficar aqui é perigoso pra você, seu pai e o nosso Addam, eu não sei o que houve.

Descanse mãe, a senhora vai ficar boa tá bem?

Joshy abraça sua mãe, beija seu rosto e sai. Ela morreu no decorrer daquela mesma noite, sua irmã e cunhado faleceram dias mais tarde. Levados para funerária, os corpos começaram a ser tratados num ambiente isolado pois os médicos ainda não sabiam como se dava a transmissão daquela doença,  a Planet scientia sabia que até  então nunca havia ocorrido contágio de animal para humano, e o mais estranho é que entre animais a contaminação se dar por bactérias e não por vírus, enquanto os Miller estavam vivos o Dr Fostter fazia pesquisas no DNA da bactéria encontrada no animal e no vírus que matou a família, revelando que na natureza tudo é possível pois houve uma evolução do DNA que agia no corpo humano como vírus, atingindo o sistema nervoso central, pulmões e coração. A similaridade entre as espécies era a super agressividade gerada pela doença.

  Enquanto os corpos da família eram cuidados coisas estranhas se manifestavam, primeiro a bandeja com o material de embalsamento caiu no chão espalhando tudo, Ermest Truman se agachou para apanhar e quando ficou novamente de pé viu algo que jamais imaginou, uma pequena perna branca e gélida pendia da mesa com pequenos espasmos, se aproximando em passos lentos colocou a perna de Addam de volta ao lugar, seu rostinho coberto virou levemente em sua direção, Ermest saiu daquela sala correndo pois nos seus vinte anos de profissão, depois de todo tipo de cadáveres mutilados, nada era igual aquilo. Cinco minutos depois Ermest retorna com seu amigo e companheiro de trabalho Giliard Monroe que se aproxima do corpo de Addam para examinar melhor, a pele continuava fria, porém as articulações eram bem moles como se o menino estivesse apenas dormindo, a cabeça mexia de um lado para o outro com facilidade, chegando mais perto para ver os olhos, Giliard ouviu um som vindo da garganta de Addam, curioso com a situação chegou bem perto da pequena boca.

Meu Deus! Grita Ermest. Vou buscar ajuda!!

Giliard com sua mão ensanguentada tentava entender o que se passava ao redor, seu estado de choque turva seus olhos e só volta a realidade quando sente a carne de sua perna sendo arrancada por uma mordida feroz.

*momentos antes...

Ermest me passe essa pequena lanterna, quero ver se tem alguma coisa presa na garganta do menino.

Enquanto Giliard pedia pela lanterna, seus dedos estavam posicionados dentro da boca do Addam para fazer com que ficasse aberta, de repente  uma dor insuportável corria sobre corpo, aquele menino havia lhe mordido ...

Depois Do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora