Capítulo 3

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4º CAPÍTULO DA MARATONA.

 Isabela

Patrício está prestes a voltar para casa

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Patrício está prestes a voltar para casa. Apesar da imensa fortuna dos Salomons, as cirurgias e tratamentos nos Estados Unidos e a contratação de especialistas de todos os quatro cantos do mundo, nada disso surgiu efeito algum. Dinheiro jogado no lixo. Não trouxeram qualquer resultado. Uma última tentativa ocorrerá hoje a noite e determinará o meu destino.

Ao menos não tive tantos problemas ao sugerir a Gustavo que ele afaste Lídia da propriedade. Essa menina já causou problemas demais e interferiu diretamente em meu futuro.

— Depois que conversei com os pais de Lídia, decidimos que a decisão final seria dela. Deixamos muito claro que ela é muito querida por toda nossa família e disse que soube que ela sempre desejou estudar em uma grande cidade. Citei a conversa que você mencionou dela com Patrício, onde ela havia afirmado que gostaria de sair da fazenda para estudar fora. Ela confirmou. Então, seus pais e eu decidimos juntos que, a princípio, ela estudará na capital, não há necessidade de enviar a menina para o exterior nessa idade...... — Diz Gustavo quando nos encontramos no dia seguinte a nossa primeira reunião.

— Se você acha que isso resolve o problema, eu não tenho muito como opinar. Mas eu gostaria que ela se afastasse mais. Que não tivesse como ver Patrício por pelo menos alguns anos.

— Isabela, isso está decidido. Eu não vou forçar um afastamento da família, tampouco pretendo colocar essa menina em risco. Nem tudo pode ser do seu jeito. Eu concordo que Lídia pode ter um bom futuro indo para a capital e que esse afastamento pode diminuir os traumas causados a ela e ao meu irmão. Mas qualquer coisa, além disso, não passa de um capricho seu.

Engulo a seco para não respondê-lo. A família Salomon não enxerga a um palmo além de seu próprio umbigo e não é de hoje que Gustavo demonstra o seu desafeto por mim.

— Por que você não ficou nos Estados Unidos com o meu irmão? — Ele indaga secamente. — Como companheira dele você deveria acompanhá-lo em sua última tentativa.

— Porque eu também tenho a minha vida, Gustavo. Sei que você e seus irmãos acreditam que eu vivo às custas de Patrício, que eu estou aqui par sugar a fortuna de sua família. Mas eu tenho meu trabalho, meus compromissos. Além disso, ficou nas minhas mãos dar conta de encerrar o andamento do casamento.

— Isabela, nós todos estamos dispostos a aceitá-la e respeitá-la como um membro da família. Se Patrício te escolheu, confiamos em você. No entanto, você não demonstrado muita compaixão desde que o acidente ocorreu. Às vezes parece que você...

— O que você esperava de mim? — Respondo sem paciência. — Você quer que eu me entregue ao sofrimento dele? Quer que eu viva essa dor por ele? Eu sou a noiva do seu irmão, não sua gêmea siamesa.

Ele me fita com desconfiança.

— Claro. Você tem razão. — Responde por fim. — É preciso seguir com a vida independente da dor alheia. — Sinto uma pontada de ironia em seu comentário, mas escolho ignorar para não me prolongar.

CEO EM PEDAÇOS - ENXERGANDO PELOS OLHOS DELA ⚠️COMPLETO ATÉ 03/04/22Onde histórias criam vida. Descubra agora