Caso Richthofen
homicídio, investigação e julgamento das mortes do casal von Richthofen
O Caso Richthofen refere-se ao homicídio, a consequente investigação e o julgamento das mortes de Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, casal assassinado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, a mando da filha, Suzane von Richthofen.
Suzane e Daniel conheceram-se em agosto de 1999 e começaram um relacionamento pouco tempo depois. Ambos tornaram-se muito próximos, mas o namoro não tinha o apoio das famílias, principalmente dos Richthofen, que proibiram o relacionamento. Suzane, Daniel e Cristian então criaram um plano para simular um latrocínio e assassinar o casal Richthofen, assim os três poderiam dividir a herança de Suzane.
No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Depois disso eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.
O interesse da população pelo caso foi tão grande que a rede TV Justiça cogitou transmitir o julgamento ao vivo. Emissoras de TV, rádios e fotógrafos chegaram até a ser autorizadas a captar e divulgar sons e imagens dos momentos iniciais e finais, mas o parecer definitivo negou a autorização. Cinco mil pessoas inscreveram-se para ocupar um dos oitenta lugares disponíveis na plateia, o que congestionou durante um dia inteiro a página do Tribunal de Justiça na internet. Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.
Família von Richthofen
A famosa família aristocrata von Richthofen da Alemanha possuiu vários membros ilustres em contexto mundial. Entre os parentes da família brasileira, estão: Ferdinand von Richthofen (geógrafo, 1833-1905); Oswald von Richthofen (diplomata, 1847-1906); Else von Richthofen (cientista política, 1874-1973); Frieda von Richthofen (filósofa, 1879-1956); Manfred von Richthofen (aviador, 1892-1918); Lothar von Richthofen (aviador, 1894-1922); Bolko von Richthofen (arqueóloga, 1899-1983); Hermann von Richthofen (diplomata, 1933).[1]
Manfred Albert von Richthofen e Marísia se conheceram na década de 1970, quando ela cursava medicina e ele fazia engenharia na Universidade de São Paulo (USP). Depois do casamento, foram estudar na Alemanha. Na volta, ele começou a trabalhar para empresas privadas até chegar à Dersa, a estatal que cuida de estradas em São Paulo. Quando voltou da Alemanha, Marísia abriu um consultório de psiquiatria. Suzane nasceu em 3 de novembro de 1983. Quatro anos depois, veio o caçula Andreas.[2]
Nas vizinhanças da casa onde a família morou por quase quinze anos, na Zona Sul de São Paulo, os quatro são lembrados com simpatia. "Era a família Doriana, a família feliz", diz a psicóloga Luciane Mazzolenis, vizinha do casal, a quem Suzane chamava de tia. Os von Richthofen se mudaram do sobrado - avaliado em 400 mil reais - em 2000. Mas Manfred e os filhos iam com frequência à casa para pegar correspondências e varrer as folhas do quintal. Os conflitos familiares começaram quando Suzane iniciou seu relacionamento com Daniel.[2]
Manfred von Richthofen
Manfred Albert von Richthofen (Erbach, 3 de fevereiro de 1953 - São Paulo, 31 de outubro de 2002) era um engenheiro alemão naturalizado brasileiro, casado com a psiquiatra Marísia von Richthofen. Através de seu pai, seu ramo teria perdido a maioria de suas posses e influência, principalmente em decorrência da queda do Império Alemão em 1918, e da grande participação da sua nação na Primeira Guerra (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1939-1945).[3] Segundo nota de casamento de Manfred publicada em jornal, seu pai era Joachim Hermann Oskar von Richthofen.[4] Em 1996, Manfred concedeu uma entrevista ao extinto Jornal da Tarde, onde afirmou ser sobrinho-neto do Barão Vermelho. Tal entrevista foi resgatada em outubro de 2021 por um portal da cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, onde teria nascido a mãe de Manfred, que se mudou para a Alemanha.[5] Apesar de o suposto parentesco de Manfred com a família aristocrata ter sido amplamente difundido pela imprensa, ele foi contestado pela mídia alemã.[6]
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crimes que chocaram o Brasil
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