Despertei do meu subconsciente com o barulho da professora fechado a porta da sala e depois me assustei com o temporizador do forno apitando, sinal que meus macaron estavam prontos. Queria que hoje eles estivessem perfeitos embora meu dia não esteja. A professora volta pra sala depois de falar com alguém no telefone e eu contínuo a rechear meus biscoitos, o final da aula chega e eu tenho que correr contra o tempo para chegar em casa e arrumar minhas coisas antes de passar esse final de semana com minha avó; sinto sempre sua falta, à distancia de Londres até a cidade onde ela mora não é longe mas eu não tenho tempo nesse semestre na faculdade.
Falando em faculdade, paro minha maratona com alguém chamando o meu nome, grudo os pés no chão e fecho os olhos os revirando e respiro fundo me voltando para ver Carl, o idiota que sempre quer me ensinar a cozinhar mas nem faz o curso de culinária. Espero ele chegar perto de onde estou e ele já chega falando merda.
- Eu vi os trabalhos do curso de culinária de hoje, experimentei uns e o seu tenho que dizer pois sou seu amigo. Falta colocar mas canela no de banana e o de chá verde estava muito forte, então sugiro que você coloque ...- não deixei ele terminar o que tinha para falar, simplesmente virei e fui embora.
Quem esse idiota achava que era pra falar do meus macaron, se ele nem sabe nada. Sempre é assim; homens querendo dá uma de superiores falando de assuntos que eles não sabem, olho para o relógio no meu pulso e vejo que já estou atrasada, mamãe vai me matar se eu perder o horário do trem. Chego em casa correndo e vou no meu quarto arrumar minha mala, coloco umas roupas de frio por que estamos no outono, livros e objetos de higiene, tomo um banho mas rápido da minha vida e já estou pronta.
Mamãe está me esperando no começo da escada batendo o pé impaciente.
- Vamos, rápido! eu ainda tenho que chegar no trabalho.- Vamos para o carro. Marie minha mãe, é uma mulher de cabelos pretos como a própria noite, olhos azuis céu e pele parda, ela é linda aos meus olhos e entendo por que meu pai se apaixonou por ela, não tinha como não.
- Marina! Marina! Você tá me escutando? - volto rápido a realidade.
- Sim, mãe. O que foi?
- Estou falando pra você. Dê um abraço na sua avó por mim e deseja feliz aniversário pra ela.
- Eu vou falar sim, não se preocupe.
- Queria, você tá bem? Está meio desligada hoje desde de manhã.
- Tô bem mãe! Só tô com sono.
-Ok. Qualquer coisa me liga! - chegamos a estação à tempo de pegar o trem. Dou tchau a minha mãe da janela e ela joga beijos pra mim.
Me encosto no acento e respiro fundo com a sensação de desconforto no peito; durmo até faltar meia hora prara chegar. Então eu vejo o letreioro enorme " Bem vindos á Shrewsbury", a cidade como todas as outras de londres com um quê do século xıx até eu ver algo que me chamou a atenção; um cartas escrito" Dia 28 de novembro feira medieval em Shrewsbury".
Foi quando eu me animei mas ainda, o condado sempre fazia uma feira em cada dois anos e como eu imagino sempre tem receitas maravilhosas e isso é muito bom pra aprimorar minhas ideia e me inspirar.
Chegando a estação saindo logo do trem peguei minha mala e fui para casa da minha avó por parte de pai, sempre vim aqui quando criança, meu pai sempre me trazia aqui. Bom até ele morrer em um assalto que minha avó jura que não foi, as vezes penso que não é mesmo pela certeza das palavras da vovó, mas quando volto a mim e vejo que são só parte do desejo de uma filha e de mãe com muita saudade essas paranoias somem.
Chequei em uma casa de madeira como qualquer outra londrina com um cercado branco e um jardim com plantas muito coloridas, apertei a campainha e não demorou e a porta se abriu junto dela minha avó e o cheiro de bolo de cenoura que eu amo.
- Vovó! - exclamei e dei um abraço forte nela.
- Meu amor! O que você está fazendo aqui ? Pensei que tivesse dito que não era pra vir, já que você está ocupada.
- Vovó até parece que eu não viria.
- Entra minha filha que vai chover logo- vovó falou rápido e me puxou com uma força que uma velhinha de quase setenta anos não teria, e olhou para fora como sé procura-se alguma coisa.
- Vó tá tudo bem?
- está sim queria, vem! estou fazendo bolo.
Fui com ela pra cozinha e vi o bolo que eu mas amo no mundo, na verdade um monte deles.
- Vó por que tanto bolo?
- amanhã é a feira e eu quero fazer pra venda das senhoras da rua.
- humm, entendi- falei cortando um pedaço mesmo quente pra comer- a mamãe mandou um abraço e desejou feliz aniversário pra senhora.
- Diga que eu agradeço. Sabe, queria que fosse como antes com todos aqui com o meu filho, a minha nora e você. Mas eu ainda vou fazer uma coisa pra quem fez isso com meu filho.
- Vó o que aconteceu com o papai foi uma fatalidade, mas acontece, foi um assalto.
- Não querida não foi um assalto eu sei disso todos nós sabemos disso.
- Nós quem vovó?
- Minha família. todos sabemos! vieram pegar ele, descobriram o meu filho e o pegaram. Mas eu sei que ele foi forte.
- Do que a senhora tá falando ?
- Você é muito nova pra lembrar das coisas que aconteceram na época. Não me admira você não saber, queria que morasse aqui mas sua mãe quis se manter em Londres com você. Acho que já está no tempo de lembrar das coisas, só um minuto querida tenho que pegar uma coisa.
Ela foi atrás de alguma coisa na sala de leitura e eu fiquei na cozinha tomando um café pensando no que ela disse. Será que meu pai foi mesmo assassinado? Sé sim! Porque? e Por Quem?. Não houve tempo pra pensar mas, minha avó volto com um livro grande de couro e ficou na minha frente, o colocou na mesa e abriu; o livro tinha o desenho de uma árvore na primeira página, ela passou e na outra folha tinha um desenho de três mulheres gravidas uma de cada lado da outra cada uma tinha uma cor que predominava a primeira era azul, a segunda não tinha cor só a silhueta e a terceira tinha cor vermelha, olhei para baixo e tinha um formato de um homem na com preta, cada um com um elemento sobre sua cabeça a prime mulher era água, segunda ar, terceira fogo e o homem é a terra não tinha entendido o que era isso até ela começar a falar.
- No início do mundo existia um ser elementar chamado Denzel. Ele sentia que faltava algo pra prosperidade sobre a terra, então criou a água, o ar que dizem florescer tudo em todo lugar possível; mas viu que a evolução continuou desenfreadamente se viu forçado a cria uma força de destruição para ter o equilíbrio e criou a terceira força; o fogo. A terra deu o nome da espécie de bruxas, esses seres se apaixonaram com o tempo e essa paixão criou uma outra espécie a nossa, os Iter Tempus; somos descendentes da bruxa primordial água e o nosso poder é viajar para o passado e futuro. Já deve ter percebido algo estranho em você ou não, nós temos uma característica bem peculiar os nossos olhos, o raro azul violeta, além disso você já teve a sensação de ter vivido uma coisa antes de acontecer? - fiz um manear com a cabeça afirmando- você pode ter voltado para o passado e nem ter percebido já que não foi criada desde pequena para controlar o poder, nós iter tempus só podemos viajar por um espelho d'água. Minha neta, quero muito que acredite em mim muito mesmo queria contar mais, mas o pouco que contei deve ter mexido com a sua cabeça. Vá tomar um banho que nós vamos jantar em outro lugar, vá, vá. - então fui para o quarto que sempre ficava na infância tomei um banho, fiquei pensando será como minha avó arrumou aquele livro doida? E será que ela estava ficando com demência ou tendo alucinações? Será se eu deixo minha avó só ou levo ela pra Londres comigo ? Não acho que ela esteja bem, onde já se viu bruxas e seres viajantes do tempo, isso é uma piada não é?!
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Espelho D'água
Fantasy- Você tem que atravessar o espelho d'água. corra Marina! - Mas, vovó. por que eu iria correr?- Foi quando eu olhei de canto de olho para trás, e vi dois homens com roupas cinzas que nunca tinha visto antes. Mas eu e minha avó continuamos andando no...