Surpreendentemente estupido

A Viagem

        Viajavam pelo Planeta Terra há vários dias, dentro da sua pequena carrinha pão de forma vermelha. Tinham partido da Noruega, do frio da Noruega para o desconhecido. Não sabiam para onde iam, desconheciam se o destino era frio ou quente. Se tinha um ambiente pacifico ou turbulento. Se havia algo de interessante para visitar ou não. Queriam conhecer o que desconheciam, fosse ele agradável ou não.  

          A carrinha vermelha estava sozinha na imensidão de uma auto-estrada que se assemelhava à imensidão do céu. Durante o dia, a carrinha, absorvia cada raio de sol que nela pairava. Estes raios davam energia aos tripulantes que não queriam perder a vontade de fazer a longa viagem que os esperava. Durante a noite a carrinha libertava a energia absorvida em excesso, dando então mais tranquilidade aos tripulantes. Esta carrinha era mágica e dela dependia então o bem-estar dos tripulantes.

          Os quatro aventureiros olharam pelas janelas da carrinha vendo a sua cidade a ficar cada vez mais distante. Receavam que a viagem de 94 dias que tinham acabado de iniciar corresse mal. Deixaram para trás a tranquilidade que se viva no seu país, a frescura das florestas, a harmonia dos lagos e rios e a paz das montanhas e das mais belas planícies. E partiram para o desconhecido que pode ser totalmente o oposto do ambiente que agrada estes corajosos viajantes.

         André era o mais velho e, por isso era ele quem comandava a viagem. Tinha o cabelo loiro e uns olhos azuis muito serenos. Falava bastante e ocupava a maior parte do seu tempo entretido a fotografar as paisagens que por ele passavam. Era muito culto, animado, mas sério no que fazia.

       Inês era a viajante mais alegre de toda a tripulação. Ninguém conseguia estar triste com a presença de Inês. Era também, a tripulante que tinha maior capacidade de concentração. Tinha os olhos bem redondos, cabelo comprido e ocupava maior parte do seu tempo a desenhar. Era uma jovem com princípios e o seu único defeito era a insegurança. Quando André precisava de descansar era Inês quem assumia o papel de comandante.

         O terceiro tripulante era David, o mais novo deles todos. Era brincalhão e muito irrequieto. Era pálido como a neve e tinha o cabelo loiro como trigo. Passava maior parte do seu tempo a contar anedotas e a fazer partidas, tirando André muitas vezes do sério. Era o único tripulante que entendia de mecânica, então caso houvesse alguma avaria era David quem resolveria o assunto.

       O quarto tripulante era Sandra. Sandra não tinha nenhuma função naquela viagem, mas enchia a alma de todos os tripulantes com a sua voz. Cantava e tocava guitarra muito bem. Tinha o cabelo curto e era ruiva. Era um pouco tímida, mas tinha sempre um sorriso colado na cara.

    Esta é a tripulação que corajosamente partiu em busca do desconhecido querendo vencer a curiosidade e querendo ganhar conhecimento.