Introdução
Saio de sua casa curvado e sinto que a qualquer momento possa cair.
Estou cuspindo sangue e sinto minha pele queimar por completo.
Caio ajoelhado no chão em frente a sua casa e pela primeira vez desde muito tempo, eu choro. Sem rumo e me sentindo uma pessoa horrível, quero acreditar que eu consiga ser uma pessoa melhor.
Estava tão acostumado a fazer o mal que nunca pensei na possibilidade de fazer o bem, se eu pudesse ter ao menos mais uma chance.
Primeira Fase
Acordo para mais um dia, minha cabeça está pesada e me sinto indisposto. Desde que acordei um dia no hospital de outra cidade sem saber o que aconteceu, ando tendo sonhos que talvez tenham relação com esse dia. Sempre tenho o sentimento que tem algo faltando.
Uma vertigem sobe por minha garganta e corro para o banheiro, vomitando em seguida. Aquele dia no hospital, me falaram que eu estava morrendo e que eu teria poucos dias de vida.
Eu acho que esse tal de carma realmente existe. Como fui uma pessoa má, eu vou ser punido com a morte.
Escovo meus dentes após vomitar e me olho no espelho, eu estou péssimo. Tenho olheiras e estou magro.
Sinto falta dos velhos tempos, quando eu tinha um amigo e nós compartilhávamos nossas dores, foi a única vez que consegui me sentir vivo, sem a pressão do meu pai sobre mim.
Mas isso acabou a muito tempo, ele foi embora, fugiu de seu pai controlador e me deixou.
Para tentar decifrar os sonhos, eu preciso...
1 - Voltar para a cidade onde eu acordei no hospital. (Continua história)
2 - Procurar o amigo que me abandonou. (Você perdeu! Isso não tem relação com os sonhos...)
Segunda Fase
Decido voltar para a cidade onde eu acordei no hospital.
A viagem é relativamente tranquila, tirando as vertigens e tonturas. Os médicos no hospital falaram que meu poder está me matando. Que meu corpo não está mais conseguindo o controlar e isso está me enfraquecendo.
Saio da estação e não sei ao certo o próximo passo a seguir para conseguir entender os sonhos e o que ele quer me mostrar.
Eles tem relação ao meu falecido pai, ele fala algo no meu ouvido, depois sou levado para uma casa desconhecida e tem uma garota que nunca vi, em minha frente.
Meu pai morreu á duas semanas, por mais que eu estivesse aliviado por uma pressão ter saído dos meus ombros, ainda me sinto triste. Afinal de contas, ele ainda é meu pai.
No leito de morte ele me pediu algo, só que não consigo me lembrar o que era. E sinto que isso possa ter relação com todo o resto.
Ando sem rumo pela cidade tentando ver se vejo algo familiar, paro em um ponto que tem dois caminhos. Eles são...
1 - Uma rua que parece estranhamente familiar. (Continua a história)
2 - O caminho para o hospital. (Você perdeu! Ele já esteve no hospital e mesmo assim não se lembrou, por que iria lembrar agora?
Terceira Fase
Decido seguir o caminho da rua que acho extremamente familiar, observo-a e tento entender o por que essa rua me traz um sentimento tão ruim.
Já está anoitecendo e ainda não descobri nada, talvez eu tenha que deixar isso para lá.
Me viro com o objetivo de voltar para a estação e sinto um aperto no coração começo a ter alguns flashes que parecem ser do sonho que ando tendo, nele eu estou armado e ando para a casa do final da rua.
Me sinto impulsionado a fazer isso. Mas por que?
Me esforço para lembrar mais do sonho e volto ao dia que meu pai morreu. As lembranças me atingem com força e tonteio com a surpresa.
No dia em que meu pai morreu, ele me falou quem foi seu assassino e um nome, o nome de uma pessoa que teria que matar para me vingar da morte dele.
O fato é que, quem o matou foi um herói conhecido e a mando de meu pai, tinha que matar quem esse herói mais amava, essa pessoa é a filha dele, Eve Hirawa.
Começo a perceber que esses sonhos são lembranças e entendo o porquê de eu tê-las esquecido, esse meu amigo de infância, Draken quando me largou, veio para essa cidade e estava atualmente namorando com a garota que eu devia matar.
Não queria que nada disso tivesse acontecido com ele, mas ele se meteu e aconteceu, e agora chegou a um ponto que não tem mais volta.
Tenho que...
1 - Terminar o que começou. (Continua história.)
2 - Deixar isso para lá e não vingar o pai. (Você perdeu! Ryon não tem nada a perder.)
Fim
Não foi uma boa ideia ter vindo aqui.
Depois de ter invadido sua casa e ter tentando tortura-la, ela teve uma explosão súbita de poder e agora eu estou sendo morto por suas mãos, enquanto sua mão aperta meu pescoço e sinto meu corpo todo ser eletrocutado.
Vejo a expressão em seu rosto, parece que não dormiu e seus olhos demonstram tristeza e dor. Imaginava que eu morreria em breve, mas não desse jeito e não hoje. Por fim penso que não tem um jeito melhor de morrer se não nas mãos de uma pessoa que necessita de um livramento.
Nesse momento não sinto medo e paro de tentar resistir ao que esta por vir, amoleço o corpo e espero enfim a morte.
Mas ela em um súbito me larga no chão e eu caio, não entendo o porque ela fez isso e com a visão turva a olho.
Ela está parada e ainda emite luz, porém ela olha para baixo e vejo lágrimas escorrerem por seu rosto.
- Vai embora daqui! Não volte mais. - Ela diz, então me levanto ainda curvado e ando para a saída apoiando nas paredes.
Saio de sua casa e sinto que a qualquer momento possa cair.
Estou cuspindo sangue e sinto minha pele queimar por completo.
Caio ajoelhado no chão em frente a sua casa e pela primeira vez desde muito tempo, eu choro. Sem rumo e me sentindo uma pessoa horrível, quero acreditar que eu consiga ser uma pessoa melhor.
Estava tão acostumado a fazer o mal que nunca pensei na possibilidade de fazer o bem, se eu pudesse ter ao menos mais uma chance.
Só mais uma chance...

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Bokura no Kako
Short StoryE se você tivesse sonhos perturbadores todas as noites e eles parecessem extremamente reais, como se realmente tivesse acontecido? Essa era a realidade de Draken, Eve e Ryon. Depois de diversas vezes tendo esses sonhos, eles desconfiam que talvez is...