|Apressei meus passos para atravessar a rua, senti uma luz forte no lado direito me fazendo parar, escuto barulho de buzina e apenas senti algo bater contra meu corpo e minha visão escurecer, logo, não senti mais nada.|
𖤐
|Pov's Jeon
Rua Garosu-Gil
in Seoul
8:39 p.m|Sabe de uma coisa que consegue acabar meu dia com facilidade? Atrasos! E eu estava completo atrasado no momento, e iria piorar mais.
O sinal havia acabado de ficar verde e assim que eu saí com o carro um garoto correu para frente do carro e eu o acertei. Eu não queria sair, se dependesse de mim ele ficaria ali jogado no asfalto, mas, havia pessoas ali, e meu carro era reconhecível — Um carro projetado especificamente para, era ótimo para fugas, mas não em situações como essa — Além das câmeras é claro. Sai do carro tentando fingir preocupação, peguei meu celular logo ligando para a o hospital que eu frequentava, que era o único número que eu tinha.Tinha umas duas pessoas em volta do menino, eu pedi para que ela se afastassem com o pré texto que era médico — Não era, mas já que meu trabalho é arriscado, eu sei um pouco — Me agachei ao lado dele, vendo que sua cabeça não sangrava, seu maior machucado era na barriga, onde havia um corte médio e um pouco sangue. Coloquei dois dedos em seus pescoço e felizmente ele ainda estava vivo mas seus batimentos eram devagar demais. Me levantei, falei para as pessoas ao redor que ele estava bem e que a única coisa que podíamos fazer era esperar a ambulância, que não demorou muito.
|Hospital Gangnam Severance -
Universidade Yonsei in Seoul
9:07 p.m|Eu tive que vir ao hospital junto com o garoto para explicar o que havia acontecido e ficar lá até algum parente aparecer pelo visto. Seu estado não era grave, mas ele precisava de uma cirurgia, que não demoraria muito de acordo com os médicos.
— Merda!
Falei baixo passando a mão nos cabelos, eu esqueci completamente da reunião que tinha hoje. Pego meu celular e vejo que tinha mais de 30 ligações perdidas no total, liguei de volta para Namjoon sendo atendido na mesma hora.
— Por que você não veio! — Gritou o mais velho do outro lado da linha.
— Me dá esse celular Seokjin! — Outra voz grita. — Jungkook? — A voz de Namjoon soou calma dessa vez.
— Oi.
— Você deve ter uma boa explicação para não ter vindo, não é mesmo? — Ele parecia estar calma, mas tinha uma gritaria irritante no fundo.
— Bem, meio que eu atropelei alguém...
Não se escutava nada, finalmente todos lá estavam calados o que me fez suspirar, logo escuto a voz de Yoongi.
— Cê quer ajuda para esconder o corpo? — Falou calmo logo recebendo um sermão de Seokjin. — O que foi? Eu ein!
— Não... Eu estou no hospital agora, e só posso sair depois que os policiais e responsáveis pelo garoto chegarem.
— Então você vai demorar. — A voz de Hoseok parecia curiosa e distante. — Pelo menos o menino é bonito?
E eles voltaram a discutir novamente. Por dois minutos!
— Chega! — Eles ficaram em silêncio. — Sim Hoseok, ele é bonito, mas tira os olhos dele, ele me parece familiar, se não for o cara de um gang ele é filho de famoso, e você já sabe no que dá!
— Sai garoto! Nunca disse que tava interessado, eu só tenho uma pessoa na cabeça. — Falou de maneira melancólica.
— Okay, okay, o médico saiu da sala de cirurgia, já volto.
Desliguei sem esperar resposta vinda deles e fui em direção ao médico.
— Jeon, temos boas, e más notícias. — Falou assim que cheguei perto dele.
— A notícia má primeiro.
— Bem, infelizmente não conseguimos falar com o pai dele, e pelo histórico do hospital ele vem muito aqui. — O interrompi.
— Ah, ele tem alguma doença?
— Não. Não o tipo de doença que está pensando, mas ele tem depressão e ansiedade, ambas em estado grave. — Falou calmo, e nesse momento minha cabeça estava repleta de perguntas.
— ... E a notícia boa?
— Ah, é mesmo. Deu tudo certo na cirurgia, se quiser pode entrar para vê-lo, os polícias vão demorar um pouco pois parece que aquela gang que tem aqui na cidade estava causando problemas.
— Sério? Que tipo de problemas? Ninguém saiu machucado não é? — Perguntei num tom preocupado, mas já sabia o que havia acontecido.
— Não. Felizmente não, agora preciso ver outro paciente, se me dá licença. — Ele se curvou e saiu, quanto a mim entrei no quarto.
Havia uma enfermeira aplicando soro nele, então eu me sentei em silêncio numa cadeira ali perto e ela começou a falar.
— Ele teve sorte, pena que sempre a desperdiça. — Falou prestando atenção no soro.
— Hm? Como assim? — A olhei curioso.
— Ele sempre tem a sorte de escapar da morte, mas sempre a desperdiça procurando ela de novo. — Colocou uma seringa em cima do que parecia uma bandeja e tirou as luvas. — Ele fala muito bem de você.
— De mim? — Perguntei confuso.
— Sim. Você não é Jihoon? Namorado dele? — Ah, então ele namora, que pena.
— Ah, não moça, me desculpe. — Ela pareceu surpresa mais sorrio. — Mas, você não tem nada contra?
— Nada contra o que? — Falou arrumando o travesseiro.
— Dois homens, juntos? A maioria das pessoas é contra. — Não sei por que estava conversando abertamente com ela, mas não era tão ruim.
— Claro que não, acho isso patético! — Pegou um pano tirando o suar da testa do menino. — Mas você tem?
— Não. Óbvio que não! — Ela sorrio e se curvou prestes a sair mas chamei sua atenção. — Antes de sair, poderia me dizer seu nome e o nome dele? Eu só conheço o médico por aqui. — Sorri.
— Claro, ele se chama Park Jimin, e eu me chamo Park Sori, e você? — Ela sorrio simpatia.
— Jeon Jungkook, e obrigada. — Me levantei e me curvei em forma de respeito a ela.
— De nada Jeon, caso ele acorde, por favor me chame. — Ela sorrio e saiu.
Me sentei novamente admirando o garoto ao meu lado. Park Jimin... Combina com ele, seu rosto era incrivelmente bonito até descabelado com uma roupa de hospital, como aquilo era possível?
𖤐
Enfim, o capítulo acaba aqui, espero que tenham gostado. Caso haja algum erro de ortografia por favor me avisem para eu mudar.
Bjs ami <3
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My cure. [Jjk+Pjm]
FanfictionA vida não foi justa com nenhum dos dois, nenhum deles tiveram a chance de viver uma vida normal. Jeon conheceu Park como se estivessem em um filme, suas vidas complicadas e confusas se conectaram com a ironia do destino.