A Eternidade Pode Ser Pouco╹❥ Starker

Nunca foi Tão Belo //14

Boa leitura...💜💫🛐

ㅡ Por que na verdade ele também está apaixonado por você Stark, há anos.

O coração de Tony explodiu, o mundo sempre foi tão colorido quanto agora?

Tony estava estático, seus olhos haviam desfocado tudo a sua volta, ele só podia sentir as cores mais brilhantes agora, que o faziam florescer internamente, tantas variedades de sentimentos quanto plantas no Jardim Do Éden. Talvez nem mesmo os céus poderiam ter deixado Tony tão feliz e iluminado como agora. Na verdade, o Céu parecia não mais um lugar do qual ele se negava a acreditar, e sim uma pessoa da qual ele sabia que o levaria até as nuvens a cada olhar.

Céus, Tony nunca acreditou na bíblia ou em qualquer religião, e ele sempre odiou como tudo insistia em repetir "eternidade" afinal, para ele, passar a eternidade em um lugar só após a morte era pior do que se esse lugar não existisse, parecia tedioso.

Mas agora, ele sentia que poderia passar a eternidade assim, e talvez, até mesmo ela fosse pouco demais para faze-lo enjoar.

Nada poderia remover a sensação penetrada no homem.

Tony nem se deu ao trabalho de perguntar se Ned tinha certeza, pois estava ocupado demais em transe.

O interior de Tony queimava e revirava, ele tinha estado agitado sem seu café, mas agora, parecia que nem a melhor bebida do mundo o acalmaria.

Ele disse "há anos" meus Deuses! Se isso não fosse alguma benção Tony não sabia o que era, o mais velho não se lembrava da ultima vez que ficou tão feliz como agora. Tony não conseguia ouvir nada além das palavras que ecoavam como música em seus ouvidos, a musica era uma melodia simples e tão distinta, que podia acompanhar todos os sentimentos de Tony.

Ele definitivamente estava louco, os olhos repletos de algo que ninguém poderia descrever, algo que apenas ele podia sentir, algo tão único que ele pensou que todo seu passado estava nublado pela sensação, que destruía de forma graciosa todo o lado racional do homem. Como um maremoto, que levava tudo para um lugar tão distante, que Tony sequer quis saber onde ficava, pois estava mais do que satisfeito com o que ficara junto de si.

Ele pela primeira vez na vida, sentia que não lhe faltava nada. O buraco da sua vida havia sido preenchido por uma figura tão nitidamente iluminada, que Tony parecia em paz dessa vez.

Ele se lembrava muito bem quando teve de levar o míssil para o espaço, seus pulmões não conseguiam puxar o ar, pois ele era inexistente, e Tony se lembrou do pânico interno, ele não sonharia com ninguém quando morresse, e ninguém sonharia com ele. Então, foi lá em que percebeu que grande parte de sua vida estava incompleta. Ele nunca teria alguém para preencher as noites vazias em uma mansão tão grande e solitária, naquele momento em que se deu conta disso, olhando para as estrelas que pintavam tudo, ele percebeu.

Tony estava vazio.

Mas bom, ele também se lembrava quando deixou de ser assim. Quando em meio ao por sol laranja ele viu a figura tão flexível sentada em um prédio alto demais para qualquer um. Quando a mesma figura o ajudou a sair de um monte de carros, e dos olhares tão nitidamente trocados, onde Tony se arrepiou e sentiu o primeiro resquício da sensação que já havia tomado conta de si.

Tony se lembrava de quando seus dias se tornavam mais claros e preciosos com as mensagens de áudio que insistiam em vir, lhe dando bom dia, boa noite, e até mesmo falando coisas tão banais, mas que preenchiam o dia de Tony mais que tudo a sua volta. Tony sorria com as piadas e comentários do garoto ainda naquela época, mas ele era cego demais para ver o havia além delas.