Slym Vs. Eu

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Vamos começar esse desabafo com uma pergunta "ao se olhar no espelho, o que você ver?", você deve estar achando que eu sou maluco, que a reposta para essa pergunta é óbvia, mas não, não para mim, ao olhar no espelho não é o meu reflexo que eu vejo, e sim do meu outro eu, Slym, esse era o nome dele, não me pergunte como eu sei, eu só sei, após o meu décimo sétimo aniversário eu perdi a capacidade de me ver atrás do espelho, todos os dias eu travo uma batalha constante com o meu outro eu, o motivo?! Possessão, ele não esta satisfeito com apenas ter a metade do meu corpo, ele está atrás de tudo, e se eu der mole, a qualquer momento ele poderá tomar conta de mim, e eu irei me perder por completo, não existirá mais eu, apenas Slym, Slym o maioral, o bom, o melhor em tudo, esse foi um dos motivos de eu ter aceito essa transição, essa mudança.

Para a sociedade eu não existia, mas quando o Slym chegava isso mudava, eu mudava, claro!! Eu era ele, ele era eu, no início era mil maravilhas, mas tudo que é bom dura pouco, agora estou eu aqui, em pé em frente ao espelho do meu quarto, e Slym é o que eu vejo, de uns dias para cá ele não para de gargalhar quando me olha, ou melhor, quando eu o olho, gargalhada de ódio, como se estivesse tramando algo contra mim, o que seria, eu temia.

Tudo que pedimos a eles há uma consequência por trás, e a minha, a morte da minha mãe, para uma pessoa normal fora um simples acidente de carro, mas para eles tinha sido um ritual de sangue, dês dos meus 15 anos de idade que eu peço para eles esse alter, mas ele só veio agora, aos 17, eu sempre soube que quando eu conseguisse o meu alter eu iria pagar um presso, mas não sabia que o presso seria a morte da minha mãe. Isso tudo aconteceu quando a minha mãe tinha me levado ao médico por ter me achado estranho, como se eu fosse outra pessoa ela dizia, eu ja me encontrava de posse do Slym, ao sai do consultório sem nada diagnosticado, um carro que descia o morro desgovernado acabou atingindo a minha mãe e a matou na hora, o incrível, não havia ninguém dirigindo, no banco do motorista só se encontrava um papel preto dobrado, nele dizia "você agora é nosso" no final dessa frase eu podia ver um carimbo de um triângulo e uma cobra enrolada nele, e por fim eu pude saber, ou melhor, confirmar quem havia matado a minha mãe, eles. Agora você deve esta se perguntando quem seria "eles" de quem eu tanto me refiro, mas sinto muito, não poderei contar, eu prezo pela minha vida e pela sua também, ao saber esse segredo as nossas vidas correriam perigo, na verdade ja correm perigo só em saber que eu tenho um Alter ego.

Slym∆: "vocês irão morrer, seus idiotas".

Eu: "Cala a boca, CALA A BOCA".

ÉHhhhh, é difícil, no decorrer desse desabafo você verá brigas entre mim e o Slym, então, vá se acostumando.
Perdi minha mãe, sim perdi, mas não estou triste como achei que ficaria, acho que o único sentimento que reina em meu interior é o arrependimento, e da parte do Slym é a raiva, na verdade, ele sempre esta com raiva.

Slym∆: "Eu que vivo com raiva ou é você que vive sempre no mundo da felicidade, não tenho culpa que você é bobão, por isso você esta aqui comigo, porque você não se gosta, não se ama, na sua cabeça eu sou você e você sou eu, mas não é assim que as coisas funcionam, eu sou eu, e você é você, logo, logo será só eu, eu serei o dominador, o único dominador desse corpo, e não vai demorar, não, não vai"

Eu: "Já mandei você calar a boca, você é surdo, só pode, eu estou ficando mais fraco, mas não será tão fácil assim tomar o meu corpo"

Slym∆: "O ódio vai te consumir"

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