Las Guerrilhas

Una mujer de palabra

Pov Lauren

Sua surpresa ao me ver só comprovava que a intenção do plano era a minha morte.
Estaria ela fazendo uma espécie de comemoração, bebendo vinho e relaxando? Não tenho dúvidas disso.

- Como assim o que estou fazendo aqui? Pensei que ficaria feliz já que a missão foi concluída com sucesso.

Estava paralisada na minha frente, a taça de vinho na mão, o olhar perdido sobre mim. Eu movi a minha peça no xadrez.

- S-sim... quer dizer, estou perguntando o que está fazendo aqui no meu quarto a essa hora da madrugada.

Foi até a mesa colocar sua taça e voltou a parar na minha frente novamente, tinha uma feição confusa, cenho franzido.

- Pedi minha recompensa em antecipado para a Dinah, mas então, não vai me deixar entrar? Temos assuntos pendentes.

Sugeri enquanto apoiava meu braço na porta.

-  E ela lhe concedeu? Como ousa? Você pode me matar aqui.

Falou nervosa, até que eu queria, mas não posso.

- A Dinah ainda não liberou o povo, se eu fizer alguma coisa contigo ela vai matar todos eles, até mesmo as crianças.

Suspirei lembrando do que a mulher me disse depois de eu implorar pra poder falar com a presidente. Eram uns filhos da puta.

- Que seja, você tem 5 minutos.

Cedeu a passagem pra mim, era mesmo um quarto fascinante, tinha uma mesa do lado esquerdo,um sofázinho de canto, cama bem espaçosa, banheiro e tudo mais.

- Está comemorando alguma coisa, senhora presidente?

Falei indiferente enquanto me sento no sofá, a primeira coisa que fiz quando cheguei foi tomar um belo banho, ir a enfermaria e vestir uma roupa de TAF*

- Só estou relaxando mesmo, não acha que mereço isso depois de lutar tanto por esse país?

- Na verdade não acho, tudo que você faz é essas pessoas sofrerem.

Não podia perder a cabeça, não agora.

- Vai desperdiçar seus 5 minutos com esse assunto?

Foi até a mesa encher sua taça, usava um roupão de seda na cor rosa, não estava maquiada e nem com o cabelo penteado.

- Eu matei todos aqueles homens, não foi uma tarefa fácil, como pode ver eu fui atingida por uma flecha.

Aprontei pra minha coxa, sinto ela direcionar o olhar, não aparentava estar preocupada, mas estava prestando atenção.

- Conseguiu obter alguma informação?

Se sentou ao meu lado no sofá, senti o cheiro de vinho que emanava dela, estávamos próximas até de mais, já que era praticamente um mini sofá.

- Não, eles falavam outro idioma, como vocês deduziram, e estavam fortemente armados.

- Você conseguiu fazer tal proeza sozinha? É algo a se duvidar.

Olhava pra mim com desconfiança enquanto levava a taça até a boca.

- É lamentável saber que os seus soldados não conseguiriam fazer essa tal proeza, não é?

- Na verdade conseguiriam sim, mas o acordo foi com você, não foi?

A fato dela tentar me provocar a cada instante e querer se sentir superior me deixa um pouco intrigada. Será que ela é assim com todo mundo?