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 Parte 2

Makkari

Seis meses depois.

— Olá, linda Makkari. – Druig abre a porta de sua casa sorrindo de orelha a orelha ao me receber.

— Olá, lindo Druig. – respondo na mesma moeda e ele estende os braços flexionando os joelhos em uma mesura para indicar que eu entrasse.

— Oi Makkari. – Jake aparece no corredor que leva até a sala – Vai jogar com a gente?

— Claro! – respondo o seguindo até a sala que está com o mortal kombat 11 pausado.

— Ei, não fique muito animado. Ela está aqui para passar um tempo comigo. – Druig vem logo atrás e mesmo reclamando posso ver que ele está feliz em ver como seu irmão mais novo gosta da minha companhia.

Eu me sento no meio do sofá entre Druig e Jake para poder dar atenção a eles e evitar mais brigas fraternais. Assim que o jogo recomeça eu percebo que deveria ter treinado antes, tomo uma surra do Jake que logo depois toma uma surra de Druig.

— Você não tem lição de casa? – Druig indaga tirando o controle da mão do irmão depois da sétima vitória.

— Tenho, mas o pai Ben disse que eu poderia ficar com vocês. – meu namorado parece insatisfeito com algo.

— Imagino que ele tenha dito isso mesmo, mas se você ir para lá mais cedo eu compro mais um jogo para você. – Jake olha para o teto como se estivesse quase cedendo – O mais caro. E você não conta para nenhum de nossos pais o nosso acordo e que você subiu mais cedo para o quarto, fechado?

— Fechado. Mas quero meu suborno ainda esse mês. – com isso ele se despede de mim e sobe as escadas correndo alegremente com o acordo entre eles.

Druig se senta mais próximo de mim agora e desliga o console. Eu bato em seu peito o repreendendo levemente, talvez esse tipo de coisa entre irmãos fosse normal, mas ainda sim, eu não quero o incentivar a fazer algo moralmente duvidoso com o irmão. Ele por si só faz isso com bastante facilidade até.

— Ai! O que houve? – reclama até mesmo de um tapa leve. Ele passa um dos braços pelo meu ombro e me aproximo.

— Você estava subornando seu irmão para que fiquemos sozinhos! Seus pais confiam nele – respondo e ele fica zapeando pelos canais em busca de algum filme antes de me responder.

— Relaxa, coisa de irmão. Ele já está acostumado. – dá de ombros e para em um canal aleatório. Crispo os lábios para ele sem acreditar que essa não é nem a primeira vez.

— Então quer dizer que você já o subornou antes para ficar sozinho em casa com outras garotas? – levanto as sobrancelhas indagando-o levemente insatisfeita com essa possibilidade.

— Jamais. – responde sério e posso sentir que realmente é verdade. Ele se aproxima para me dar um beijo, mas para e coloca a mão no bolso. – Eu juro, parece que ele sabe o momento certo de atrapalhar.

Vira a tela do celular e vejo que Kingo estava ligando para ele. Não consigo ignorar a vontade de rir ao ver sua cara rabugenta enquanto ele bota o celular no silencioso e joga na poltrona ao lado.

— Agora, onde estávamos? Ah sim. – ele se aproxima novamente dessa vez me beijando com ternura e intensidade. Então era para isso que ele queria que seu irmão saísse daqui. Não posso reclamar.

Uma de minhas mãos vai para a parte de trás de sua cabeça fazendo carinho em seus cabelos e ele geme. Algo em meu interior se aquece e eu o beijo com mais força e intensidade.

Savage boy and the nerdOnde histórias criam vida. Descubra agora