O vento batia no meu rosto e me motivava a correr ainda mais rápido. Eu estava determinada a bater o meu recorde e não descansaria até conseguir me superar.
Ajak e Druig me assistiam e me motivavam a ir cada vez mais rápido no deserto onde nossa nave estava pousada, próximo à aldeia que protegíamos e ajudávamos sempre.
Eu corri tão rápido que em um momento senti meus corpo atravessando uma barreira invisível: a barreira do som. Tudo pra mim ficou em câmera lenta, a areia subindo ás minhas pegadas, os pássaros voando, as ondas do mar, uma cena realmente linda, mas uma sensação de explosão nos meus tímpanos me acorda do transe junto com uma dor insuportável que me fez cair e rolar pela areia e um zumbido altíssimo que me desnorteava mais a cada segundo.
Eu estava ali, me contorcendo e gritando de dor na areia quando Druig veio me socorrer; ele mexia a boca formando palavras mas eu não podia ouvi-las. Eu nem havia percebido que não ouvia meus próprios gritos porque a dor insuportável me fez esquecer de tudo ao meo redor. Eu o olhava com uma feição de desespero e ele me devolvia um olhar de pura preocupação e eu começo a chorar; minhas orelhas latejavam, estava com medo, não sabia o que diabos havia acontecido comigo.
— MAKKARI! MAKKARI! AJAK! VENHA LOGO!! — ele se vira para chama-la. — O que aconteceu?? Você está bem?- consegui ler seus lábios. Sua expressão assustada me permitiu saber qual era a sua entonação. — Não chore, não chore, por favor! — completou colocando as mãos suavemente em meu rosto e enxugando meu choro. Consegui ver lágrimas contidas ao máximo em seus olhos; ele não suportava me ver chorar, sempre deixou claro isso, seria ainda mais difícil manter a postura naquela situação. Entendo ele.
Finalmente comecei a sentir o líquido vermelho e quente saindo das minhas orelhas e me desesperei mais ainda ao passar os dedos e vê-lo, confirmando minha especulação.
— Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem — disse Druig olhando nos meus olhos e massageando minhas costas com a palma da mão.
Uma dor de cabeça muito forte me invade e me fez urrar de dor. Me apressei a procurar uma pedra que fosse possível se escrever uma mensagem no chão quando Ajak chegou; escrevi as palavras "não ouço" e eles se entre olharam assustados.
Eu juntei a cabeça aos joelhos, a dor era insuportável.
— Você pode curar-la, não pode?? — disse Druig à Ajak.
— Posso, mas não garanto que a audição volte.
— Faça, faça por favor! — diz Druig
Ela me levanta carinhosamente e coloca as mãos em meu rosto e eu sinto um grande alívio; sem zumbidos, sem dores, mas ainda sem sons.
— Me escuta, querida?
Uma lágrima rola pelo meu rosto enquanto eu abaixo lentamente a cabeça. Ela me abraça novamente e sinto Druig colocando sua cabeça na minha.
Druig me ajuda a me levantar e me leva até a nossa nave, onde todos nos perguntam o que havia acontecido. Eu não presto atenção em nada ao meu redor e vou direto pra meu quarto, os olhos fixos em nada e sozinha.Eu me isolo no quarto por uns dias após o ocorrido. Viver não fazia mais tanto sentindo quando se não podia mais ouvir. Sinto a vibração da porta abrindo e Druig aparece, ele sempre vinha tentar me tirar so quarto - sempre, sem faltas. Ele se senta ao meu lado no chão ao pé da cama e me entrega uma bilhete: "você está bem?" Tive vontade de lhe responder com um simples "não" e despensa-lo mas algo me disse para deixa-lo falar.
Daria tudo pra poder ouvir novamente; ou quase tudo.
Eu o respondo no verso no bilhete: "Queria ouvir a sua voz" ele me observa por alguns segundos e abraça. Me sentia tão confortável e segura, nada pode me abalar entre aqueles braços. Não queria soltá-lo mais nunca. Ficar ali pra sempre, parecia o melhor plano pra mim naquele momento.
Depois de um tempo deitada no seu peito, recebendo carinho e cafuné, eu levanto minha cabeça pra olhar aqueles lindos olhos azuis que tanto amo; apreciar a beleza do meu amado; coloquei uma das mãos em sua nuca, arranhando de levinho seu pescoço, nos aproximamos lentamente e nos beijamos. Um simples beijo, mas com muito significado.
— Minha linda, linda Makkari — diz ele, sorrindo pra mim. — Pensei que não conseguiria tão cedo.
Eu sorrio pra ele e lhe escrevo mais um bilhete, ele lê, sorri e nos beijamos novamente.
"Você é meu e eu sou sua"
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Só pra constatar, os acontecimentos desse capítulo foram apagados da memória dos eternos, então pro Druig e a Makkari da história original isso nunca aconteceu, então ainda vai ter primeiro bjo e tals.
Eu fiz esse cap (ou ep, chame do que quiser) com muito carinho e tbm muito emocianada (haha) ent se vc puder passar na minha conta seria bem legal 🥰 se n quiser tbm fodase (mas vai la po na moralzinha pfv eu escrevo bem eu juro)
Críticas construtivas e elogios são muito bem vindos ❤️🩹❤️Tchau!! Volto nunca mais! (ou será q naum?🤨)
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ADVENTURES
Fanfiction(1 Capítulo é um especial escrito por mim em parceria com a @flyeji para ser adicionado da fic dela q é muito boa seriao) Aqui teremos como eu imagino que eram as "aventuras" do nosso querido casal durante a história; espero que gostem!!! (As...