ADVENTURES

2: 𝕬𝖓𝖉 𝕴 𝖈𝖆𝖓'𝖙 𝖘𝖊𝖊 𝖒𝖞𝖘𝖊𝖑𝖋 𝖓𝖔𝖙 𝖇𝖊𝖎𝖓𝖌 𝖞𝖔𝖚𝖗 𝖑𝖔𝖛𝖊 𝖋𝖔𝖗 𝖞𝖊𝖆𝖗𝖘

— ...estão livres agora, livres para fazer suas próprias escolhas e trilharem os seus próprios caminhos como quiserem.
Druig se vira desce as escadas e a guerra inteira se acalma. Os olhos dos guerreiros brancos e nativos mostrando que estavam sendo controlados. Quis para-lo mas não pude, se essa era a sua escolha, que a execute. Me doeu ve-lo partir como se nada o prendesse. Me senti traída.
Optei por tomar conta da Dom, para que não caia nas mãos de humanos e a acabe em pedaços como fazem com tudo que tocam. Era estranho estar lá sozinha. Sempre tive que conviver junto com mais nove pessoas por mais ou menos uns 6.500 anos todos os dias. Ver Dom vazia era sem dúvida doloroso.
Demais.
Senti falta dele, todos os dias. Por mais que eu negue.

Aprx. 500 anos depois.

Meu hobby preferido é roubar coisas dos humanos. Não precisam ter valor comercial ou coisa do tipo, basta me agradar. Dom, nossa nave, agora estava cheia itens das mais variadas formas e funções como quadros, moedas, lâminas e etc.
Era outro dia calmo, quase igual aos outros 191 260 dias anteriores a esse des do fim na nossa missão principal na terra. Mas eu não estava completamente sozinha, eu tenho amigos sim! A maioria já morreu faz tempo... mas é a vida, né?
Eu me sento no meu lugar preferido da Dom para ler o meu livrinho que eu tanto amo: Senhor dos Anéis: a sociedade do anel. Eu o encontrei em uma livraria na minha breve viagem para Dublin no ano passado. Comprei varios livros junto a esse, como Harry Potter e a Pedra Filosofal, Percy Jackson e o Ladrão de raios e alguns sobre ficção-científica (meus preferidos) como Duna e Neuromancer.
Desculpe, perdi o foco. Pouco tempo depois, sinto Dom sair do lugar onde estava escondida há séculos. Quase não pude acreditar que eles finalmente voltaram. Não que eu os estivesse esperando.

Vi Phastos entrar primeiro. Fazia tempo que não o via. Claro que já o visitei algumas vezes: eu fui ao seu casamento e para alguns aniversários do seu filho quando era pequeno, mas com certeza o garoto não faz a mínima ideia de quem eu sou. Todos entraram e então eu o vi. Ele fingia que nada havia acontecido. Nós definitivamente não nos víamos há muito, muito tempo. Eu não queria brigar na frente de todos, então fingi costume.
Eles me contaram tudo o que havia acontecido e o que aconteceria dali em diante mas na minha cabeça só girava Ajak morreu, Ajak não vai mais te amparar, Ajak... Ajak...
Ajak...
Ajak...

O luto correu por mim mais rápido do que eu pude perceber. As lágrimas rolavam soltas no meu rosto.
A porta do meu quarto abre atrás de mim.
— Nossa, Makkari, eu tenho tantas coisas... — começou Druig animado ao entrar no meu quarto, mas parou ao me ouvir fungar. — Makkari?
Eu me viro pra ele mostrando meu rosto molhado e faço: — Você prometeu...
Ele abaixa a cabeça, olhando pro chão.
— Me desculpe, gatinha, eu não...
— Agora, Ajak está morta e você finge nada aconteceu. Você me deixa sozinha por mais de 500 anos e finge que nada aconteceu. Tem ideia de quanto eu senti sua falta? De como eu me senti sozinha aqui? De quantas vezes eu ja pensei em ir te ver mas tive medo do que encontrar?
— Eu não queria te deixar, querida. Eu queria ficar com você, eu queria passar a minha vida inteira com você. Eu pensei em você todos os dias tentando reunir coragem para vir até você e dizer que não aguento viver sem você e que esses anos longe de ti foram os piores da minha vida. Eu... eu só quero você. Eu só quero você ao meu lado — diz ele em linguagem de sinais; lágrimas rolavam pelo seu rosto. Fiquei supresa em ouvir isso. Ninguém nunca disse isso pra mim. Muito provavelmente por que ele nunca deixou, seja diretamente ou indiretamente. Ele dizer tudo
Eu me aproximo dele e coloco minhas mãos em sua pele e junto nossos lábios em um beijo apaixonado.
— Eu só quero você — faço pra ele de volta quebrando nosso ósculo e olhando fundo no azul dos seus olhos.

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To me sentindo inspirada esses dias ❤️‍🩹❤️‍🩹