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PARA BAILEE O BOSQUE DE BEACON HILLS NUNCA TINHA SIDO SEU LUGAR FAVORITO, sobre tudo quando se converteu em seu pesadelo para chegar até seu esconderijo

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PARA BAILEE O BOSQUE DE BEACON HILLS NUNCA TINHA SIDO SEU LUGAR FAVORITO, sobre tudo quando se converteu em seu pesadelo para chegar até seu esconderijo. No único que conseguia prestar atenção agora mesmo era em como ela passava entre as árvores enquanto corria e as flechas passavam sem parar por seus lados. Deu uma olhada para trás e pode ver dois homens a seguindo

Mulher lobo por nascença e agora era um desses momentos onde desejava ser uma adolescente normal. Queria poder ficar bêbada quando saía a festas e não se lembrar nada do que tinha feito quando o dia seguinte chegasse, queria sair na rua sem temer ser assassinada por uns malditos caçadores

Deu meia volta e rugiu o mais forte que pode em uma tentativa de distrair seus perseguidores, mas não conseguiu, eles seguiam dispostos a mata-la e ainda faltava muito para chegar ao esconderijo que Satomi tinha lhes mostrado. Se aquele rugido não conseguiu ser usado como distração, pelo menos serviria para mostrar sua localização para um de seus irmãos ou algum membro da manada soubesse que estava em apuros

Nem sequer notou o rápido que tinha começado a correr e quando deu novamente uma olhada pra trás, pode ver que os caçadores não estavam mais em seu campo visual

Um pouco de vantagem não iria ser recusada

Parou de golpe e passou seu olhar para o chão, procurando desesperadamente por pedras. Se abaixou um pouco, agarrou algumas e as colocou uma por cima da outra equilibradas perfeitamente. Um sinal algo comum dentro de sua manada que sua tinha lhes ensinado, com um pouco de sorte se alguém estivesse lhe buscando, saberia onde se encontraria

Voltou a correr e ao mesmo tempo que o fez, as flechas começaram a passar por seu lado, começou a xingar por isso. A companhia tinha voltado. Ao longe viu a saída do bosque, um raio de esperança chegou ao seu corpo. Um pouco mais e conseguiria

Mas sua emoção se foi quando sentiu uma flecha atingir sua perna

— Não, não, não — disse entre os dentes e se deteve para tentar se livrar da flecha — Merda, não

Tentou seguir correndo mas desta vez era um pouco mais difícil. Moveu seu tórax junto com sua cabeça para dar uma rápida olhada para trás enquanto ainda corria, mas se deteve totalmente quando algo impactou seu corpo, desta vez em uma das suas costelas. Tossiu enquanto tentava olhar o que era o que estava sobre sua costela e o único que pode visualizar era um pó amarelo, sabia o que era aquilo

Acônito amarelo

Não tinha como sair viva daquilo

Caiu de joelhos e voltou a tossir, desta vez o pó amarelo saiu de sua boca, dando a notar que estava começando a ser envenenada por ele. Sua visão começou a ficar borrada, tentou se levantar, foi em vão. Os caçadores se aproximaram dela e riram cinicamente ao vê-la vulnerável. Enquanto mais perto ficavam, mais tinha certeza de que hoje iria morrer. Se rendeu, nem sequer quis tentar seguir lutando, a dor que sentia e o envenenamento que estava recorrendo cada parte de seu corpo não lhe permitia rasgar a garganta de um deles

Uns braços envolveram-na e levantaram-na do chão, para rapidamente afastar-la dos caçadores. Cada passo novo que davam era uma dor insuportável nas costelas e perna de Bailee

— Brett? — perguntou a garota, ao tentar distinguir se aquela pessoa que carrega-a era seu irmão

— Não fale, aguente um pouco mais — ordenou a pessoa. Definitivamente essa não era a voz de Brett

— É.. a-ac-acônito — Bailee expôs enquanto se queixava 

— Eu sei, mas vou remediar isso — seu salvador falou — Só não feche seus olhos

Não respondeu, não tinha que dizer. Seguia sentindo uma imensa dor e cada vez que avançavam sentia que seus olhos se fechavam mais e mais. Não soube quanto tempo passou ou quanto recorreram mas o que sim sabia é que estava em cima de uma mesa muito fria

Sua respiração começava a ir mais devagar, seus olhos pesavam. Um apito incomodava seus ouvidos e a dor se intensificava

— Deaton, me passa o maçarico! — escutou a voz muito levemente

O barulho de metais batendo entre si escutava-se opaco mas chegava a provocar que o apito chato aumentasse. Sentiu como levantavam sua camisa até a altura de suas costelas e como alguém agarrava seus braços para impedir que se movesse

— Não vou mentir — avisou de novo o rapaz com esperança que ainda lhe ouvisse — Isso vai doer muito, só não se mova

E ato seguinte, com a vista muito borrada, Bailee pode notar como o maçarico que aquela pessoa carrega em mãos saía uma chama. Ela deu um pulo sabendo o que iria acontecer

— Ah! — se queixou em quanto sentiu o fogo perto de suas costelas

Chutou um pouco, doeu como o inferno. Inalou profundamente, sentindo como seu pulmão se enchia de ar e começavam a voltar ao ritmo normal, mas de novo a dor. Rugiu o mais forte que pode, o quarto fez eco quando aquilo rolou. Seus olhos verdes agora eram dourados, suas presas e garras anunciavam que iam sair, mas pode controlar-se

— Para! Dói! — gritou a garota, quando ele voltou a aproximar o maçarico de sua pele

— Só mais um pouco — murmurou o rapaz

E em segundos, como se tivesse sido obra mágica, a dor começou a ir embora. Seu salvador, como até agora conhecia-o, afastou o fogo dela e Deaton soltou seus braços. A garota ficou deitada na mesa, inalando e exalando. Uma e outra vez. Seus olhos voltaram ao normal e agora podia ver corretamente, se levantou e se sentou, levou uma de suas mãos até as costelas para depois sorrir ao ver que não tinha rastros de ferida nenhuma. Passou seu olhar ao rapaz que tinha em sua frente e sorriu mais ainda

— Você... você me salvou — falou em voz baixa — Obrigada...

— Derek — o rapaz disse encolhendo os ombros — Sou Derek Hale

— Bailee Talbot — anunciou ela estendendo uma de suas mãos em forma de cumprimento — De verdade, muito obrigada Derek

— Não é nada — assegurou sinceramente

𝙏𝙖𝙡𝙗𝙤𝙩 - 𝘿𝙚𝙧𝙚𝙠 𝙃𝙖𝙡𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora