Capítulo final.

249 21 8
                                    

Você vai ficar raiva de toda a minha sinceridade.

Você sabe que eu tento, mas não me dou muito bem com desculpas.

Pensei em Konan a noite inteira, eu sabia que ela ainda me amava e sabia que tinha chance de reviver toda a nossa antiga relação.

Iriamos nos encontrar no parque novamente, ainda nevava. Estava com o sobretudo que ela havia me dado e um conjunto de roupas pretas, fui caminhando até a praça, onde esperaria por Konan no mesmo banco que conversamos ontem.

Fui andando até o local, com uma pequena garrafinha térmica cheia de café. Se sentou no banco, tirando um caderno, lápis, borracha e apontador de sua pequena bolsa, fazendo um esboço de sua amada, Konan.

Cantarolava uma música pop que lembrava a garota de cabelos azuis. Era incrível como tudo que ele fazia lembrava ela, ou pensava nela enquanto fazia suas ativadades rotineiras.

Após uns trinta minutos, ou menos, senti um toque em meu ombro, levantei a cabeça esperançoso, estava pronto para pedi-la em namoro - de novo -.

Olhei para trás, a vendo ali, fiquei paralisado, perdindo em todos os, lindos e delicados, detalhes de seu rosto.

- É um prazer te ver de novo, Konan. - Falei, em um tom baixo, mas que ainda sim a garota pudesse ouvir, estendendo minha mão para a mesma.

- Obito, por favor, não precisa de toda essa formalidade, sou sua ex, não sua chefe. - A azulada disse, gentilmente, rindo baixinho.

A acompanhei na risada, meio sem jeito, coçando minha nuca.

- Bom, eu estava pensando em ir a um restaurante, para conversarmos melhor. - Falei, ela mexeu sua cabeça devagar em um sinal afirmativo.

Deu a volta pelo banco, se abraçando em meu braço, fiquei paralisado a olhando, corado, pensando no que deveria fazer, dizer e se concentrando para não estragar tudo, mesmo que estivesse uma pilha de nervos.

- Vamos? - A voz delicada da mulher ao meu lado soou. Afirmei com a cabeça, começando a caminha em silêncio.

No caminho não falamos muita coisa, preferia estar em silêncio a observando de canto de olho, completamente, abobalhado com tamanha beleza e pensando no que era aquela sensação na barriga, cujo a última vez que senti foi na minha adolescência, ao conhece-la.

Acho que me perdi tanto em minha memória que acabei pro tropeçar no chão e quase cair. Pude rir com ela daquela situação.

- Bom saber que nesse quesito você não mudou nada. Continua o mesmo bobo e apaixonado de sempre. - Falou, com um sorriso gentil em seu rosto.

Chegamos no restaurante e o adentramos, era no canto de uma esquina, com uma bela aparencia e conhecido com um dos melhores de Nova York por servir comidas tipicamentes francesas.

Nos sentamos em uma mesa no canto do local, o cheiro era otimo, um ambiente completamente familiar e romantico.

- Gosto muito desse lugar, aqui foi nosso primeiro encontro, me traz otimas memorias. - Encarava a mulher enquanto a ouvia falar, ainda não acreditava que estava revivendo um momento tão especial com quem eu amava de verdade.

É muito tarde para pedir desculpas agora?

Pois, eu sinto saudade de você e não só do seu corpo.

Um dos garções muito bem vestidos e arrumados veio nos atender. O homem era auto, tinha cabelos negros e curtos, acho que o reconhecia de algum lugar, dei de ombros.

- O que a senhorita deseja? - Até seu tom de voz me lembrava da França, que lugar mágico e incrível.

- Eu quero um Magret de Carnad, com muito mais tons cítricos do que doces e grelhado, acho que para beber uma limonada sem açúcar. - Consegue ser surpreendente até fazendo um simples pedido, fascinate.

- E o senhor? - Dessa vez, o garçom se direcionava a mim.

- Eu quero um Moules Frites com molhor agridoce, e para beber uma Coca, por favor. - O garçom se retirou e eu percebi que Konan me encarava, com um sorrisinho em seus labios.

- Então, para que exatamente me chamou aqui hoje? - Indagou, em um tom mais frio e seco.

Engoli minha própria saliva, sentindo minha nuca se arrepiar completamente.

- Bom, sei que parece tarde demais e que você namora, mas ainda sim tenho que lhe dizer a verdade. Konan, você é a mulher que eu mais amei em toda a minha vida, a mais incrível dentre todas que conheci e que nunca tocaram meu coração como você fez. Ainda sou deveras apaixonado por você e queria que soubesse. - A de olhos âmbar riu baixinho.

- Bobinho, sei que ainda é apaixonado por mim e em nenhum momento eu duvidei disso, mas ainda me sinto insegura em voltar com você. Não quero ter que passar por aquilo de novo e não quero escolher entre você e o Yahiko. - De fato, eu me surpreendi com o que a mesma disse.

- Você não precisa escolher entre eu e ele. Eu e o Yahiko não precisamos conviver juntos, eu confio em você e sei que você jamais me trairia, você pode me namorar e ter ele como seu amigo. - Falei, e ela assentiu.

- Mas, como vou me certificar que aquilo não vai acontecer mais? - Era notável que a mesma estava receosa quanto a isso.

- Sei que se isso acontecer novamente você vai se magoar e vai me deixar, isso é tudo que eu menos quero, Konan. Não vai acontecer. - Ditei, vendo os olhos da garota brilharem.

Nosso clima foi levemente cortado quando o garçom voltou com o nosso prato, a azulada sorriu como agradecimento e berbericou sua limonada.

Encarava a mesma com a maior serenidade possivel, é óbvio que por dentro estava explodindo de serotonina e as borboletas em meu estômago não se aquietavam de jeito nenhum.

- Não sei se podemos voltar, o Yahiko vai ficar chateado. - Meu sorriso se desfez.

- Mas, você me ama. - Retruquei.

- Eu sei. - Concordou.

- Então, Konan, volte comigo. - Falei, estendendo minha mão com uma pequena caixinha preta aveludada, a abrindo. Dentro continha um anel delicado com um pequeno diamante.

A azulada se chocou, mas sorriu imediantamente.

- É claro que eu volto, meu amor. - Afirmou, beijei a palma de sua mão e coloquei o anel em seu dedo.

Minha mulher tão amada, finalmente, voltou para mim.

Sim, eu sei que te decepcionei.

Agora é tarde demais para pedir desculpas?

Sorry. || Two-Shot.Onde histórias criam vida. Descubra agora