capitulo um

0 0 0
                                    

     Sempre odiei a escola. O lugar em que todos querem se mostrar superiores uns aos outros.

     Nunca entendi muito bem o porquê de eu frequentar uma escola já que eu não tenho motivos para estar em uma. Eu, além de ser de uma classe baixa na sociedade, minha família não dinheiro nem para fazer compras no fim do mês, quanto mais pagar uma escola.

     Meus irmãos não foram obrigados a ir na escola assim como eu, muito pelo contrário. Eles aprendiam a usar armas, enquanto eu aprendia a controlar o fogo.

     Eu nunca gostei de fogo. Não que eu tenha medo, na verdade fogo é de longe a coisa que menos me dá medo, mas eu não sei usá-lo de forma correta.

     Evito de todas as formas usar meu poder para alguma coisa, a não ser nas aulas.

     Minha mãe sempre me chamou de combustível. Quanto mais emoção tiver, mais fogo terá dentro de si.

     Quando eu tinha oito anos eu fiquei tão descontrolada com a raiva que coloquei fogo na minha própria casa e nas sete casas vizinhas.

     Isso tudo com apenas um grito. Nunca entendi como isso foi possível, mas aparentemente eu consegui colocar fogo em várias casas com a voz.

     Um mês depois desse acidente fui colocada na academia de magia Stonehel, para que eu me controlasse. Sou proibida de contar isso para qualquer pessoa, sobre o motivo de eu estar no colégio.

     Tive que jurar sobre a espada, o juramento mais sagrado que nunca pode ser quebrado.

     Estudo com quase todas as pessoas importantes do reino. Lordes, Viscondes e até (e infelizmente) príncipes.

     Esse é o maior motivo para eu odiar a escola. Pelas pessoas que estudam lá.
     A maior parte do ano eu cabulo aulas para ficar jogando adenio com meu irmão mais velho, Ryake. Ele tem dezoito anos e trabalha com o meu pai.

     Diferente dos outros, Ryake não entrou para o exército ou qualquer coisa do tipo.

     não gosto de frequentar a escola por que eles sempre querem me mostrar o meu lugar e o deles, sempre de forma um pouco agressiva.

     Tenho que me controlar para não matar ninguém. Sei que se eu me descontrolar posso descobrir uma coisa nova sobre o meu poder, assim como eu descobri que meu grito é capaz de queimar casas.

     O jogo, adenio, consiste em um tabuleiro com vinte círculos de um lado e do outro. Cada círculos tem um cavalo, que atiram leizers de fogo pelos olhos.
     Os cavalos tem que chegar na direção oposta do seu lugar no tabuleiro e quem no final tiver mais cavalos no final, ganha.

     Na verdade os cavalos não tem leizers de fogo, nós somos quem joga o fogo pelo dedo mindinho.

     — ganhei de novo. — Ryake sorri, convencido.

     — você trapaceou. — insisto mesmo sabendo que isso não é verdade. — mais uma?

     — eu queria mesmo continuar jogando, mas eu tenho que ir trabalhar Ryael. A gente se vê no jantar, pode ser? Aí continuamos nossa partida. — meu irmão diz enquanto via seu relógio de pulso.

     — pode ser. — bufo. Isso significa não ter um irmão para me ajudar a passar o tempo longe dos esquentadinhos do colégio.

     Depois de juntar minhas coisas em minha bolsa de folhas de bananeira verde-dourada, sigo a caminho do colégio.

     Não, não pretendo fazer aula, não nesta semana.

     Caminho até a sala de aula AB2 e coloco o rosto no vidro. Todos os alunos estão com suas mãos esticadas, fazendo fumaça de fogo com as mãos.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 29, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

fogo e chamasOnde histórias criam vida. Descubra agora