Denovo Adolescentes (Lizago)

Capítulo Único

oi meus amores, sejam muito bem vindes a essa one-shot que eu preparei pra vocês.

tenho tbm uma playlist com músicas que tem vibes e histórias que tem similaridades com essa história. link: https://open.spotify.com/playlist/2o8msE3SMOy0CJNlsi85yd

peço desculpas por quaisquer errinhos!

dito isso, boa leitura!

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        - Ah, fala sério, Thiagão, você é jornalista, versátil, um escritor! pelo amor de deus! - Um dos jornalistas trabalhando do lado do moreno desabafou. - Eu tenho certeza que perto desse pulmão podre tem um coração mole como gelatina.

     Thiago Fritz era um jornalista muito prestigiado, pena que não sabia escrever palavras de amor. Tudo que tomava dele era escrever uma coluna romântica para a revista de dicas adolescentes, mostrando a sensibilidade dos homens com uma declaração de amor. Precisava citar um conto de fadas e destacar a força das mulheres. Por que era aquilo que garotas adolescentes queriam ler, queriam aquele sentimento de pertencimento, e também encorajamento a ser a heroína de sua própria história. Se escrevesse o texto, conseguiria um cargo mais alto. Mas não conseguia. Óbvio que esse texto era algo longe do que estava acostumado a escrever. Ele gostava de escrever biografias, de contar histórias de pessoas guerreiras, não declarações de amor.

        - Isso é uma droga. - Ele bateu uma folha em seu rosto, estressado e sem criatividade alguma.

     Thiago não entendia adolescentes, ele não tinha sobrinhos, muito menos filhos. O único contato que já teve foi ser adolescente, mas nem lembra direito. Uma ideia estranha e peculiar surgiu a sua mente, e ligando os pontos, percebeu; ele precisava fazer uma pesquisa.

     Pegou seu celular e discou um número familiar. "Thiago, Alô? Eu tô no trabalho agora, precisa de alguma ajuda? É da-...quilo lá?" A voz dela através do telefone parecia meio abafada, ela parecia ocupada.

     "Alô, Relaxa, eu só quero saber se você pode... e quer assistir alguns filmes esse sábado, eu estou fazendo uma pesquisa, muito, muito, muito, muito séria." - Ele fixou seu olhar em um canto do escritório.

     "Uh... Sim, beleza, ás oito horas no sábado eu 'tô' livre, pode ser?" - A voz dela parecia confusa.

     "Sim. Tchau."

     "Tchau...?" Ele desligou a chamada. Péssima escolha de palavras, mas, encontro marcado.

        - Eu acho que estou com um caso bem ruim de bloqueio criativo. - Thiago suspirou, olhando para o colega de trabalho, que riu e voltou a escrever coisas no monitor à sua frente.

     Um dia depois, abria a porta para a amiga e colega de investigações.

        - Eu achei que era sério. - Elizabeth observou o televisor.

        - E é. Eu estou estudando como adolescentes agem para um artigo que eu tenho que escrever. - Ela riu um pouco e ficou em silêncio.

        - ...Pera, você não tá zuando?! - Ela arregalou seus olhos em direção ao Fritz. Com a confirmação de um aceno de cabeça, ela bateu a palma de sua mão em sua testa.

        - É um bagulho romântico e eu não sei absolutamente nada sobre o que adolescentes acham romântico, ok? - Thiago se encolheu, sorrindo.

        - Espero que sejam bons, Thiagão. - Webber, já sem seus sapatos, pulou no sofá caramelo em frente a TV.

        - Gosto do seu espírito... - Ele suspirou e se sentou ao lado da cientista, respirando fundo, cansado daquele bloqueio.

     O primeiro filme contava o romance entre uma jovem artista mal compreendida e que sofria bullying de seus colegas e o garoto bonito e popular do colégio que é um poeta disfarçado; ruim o bastante para fazer Liz chorar de rir com a má produção do filme.