Bala não é pagamento

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Ekko encontrava-se concentrado em seu trabalho quando ouviu a porta se abrir, logo notando ser um loiro que entrara, um loiro que conhecia muito bem.

— De novo?

Perguntou o de cabelos brancos vendo o garoto chamado Ezreal se aproximar com um sorriso idiota.

— Não to conseguindo atirar, você deve ter feito algo de errado na minha manopla!

— Errado teu cú 'lek, você que não tem cuidado com essa porra

O mais novo pegava algumas ferramentas enquanto o outro deixava seu braço esquerdo em cima da mesa. Ekko aproximava-se da mesa, começando então a olhar a manopla do loiro, tentando decifrar o problema.

— Puta que pariu, tu só faz merda em, tem que ser pitolvense

— Fica quieto, eu te pago, não pago?

— Bala não é pagamento, Ezreal.

Deu de ombros rindo meio envergonhado. Ekko continuou ali, tentando ajeitar a manopla do loiro, enquanto o mesmo o observava, tendo seu olhos focados no de cabelos brancos, de uma gorma nem um pouco discreta. O olhar sobre si deixava Ekko um tanto bobo e sem jeito, meio envergonhado pois seu coração batia mais rápido com aquilo.

— O que você 'tá olhando?

Perguntou tentanto disfarçar as bochechas rosadas com o foco na manopla e cabeça baixa.

— Nada não...

Respondeu o loiro com um sorrisinho no rosto, também com as bochechas meio coradas e o foco total no zaunita a sua frente.
Após um tempo Ekko enfim terminava de ajeitar a manopla, afastando-se na mesa e alongando seus dedos.

— Tá prontinha! Novinha em folha, nem parece que um maluco como você vive destruindo

— A culpa não é minha que estou sempre em aventuras perigosas que botam minha vida em risco

— Roubar itens preciosos de lugares escondidos por ai é roubo, e dar em cima de uma demaciana é gadisse.

— Vai a merda!

— Pitolvense

— Passatempo

— Viado

— Você!

— Tem certeza que sou eu??

—Chega, estou me retirando

— Ih, vai pagar não?

— Bota na conta!

Comentou dando passos para trás.

— Que conta 'lek? Tu já tá me devendo sua próximas 3 vidas!

— Adiciona mais uma

— Vai a merda.

O loiro não dava nem mais chance, passando pela porta e rapidamente a fechando.

— Filho da puta...

Diria Ekko soltando uma risada e encarando a porta com um sorrisinho meio bobo, pensando no rapaz que acabara de sair dali, e que, por sinal, havia sido quem roubara seu coração.

Enquanto isso Ezreal já estava um tanto longe, também com Ekko em seus pensamentos e parecendo um idiota sorrindo.

— Talvez eu precise arrumar desculpas novas para ver ele ao invés de só quebrar a manopla...

Falou consigo mesmo apertando os lábios e enfiando as mãos no bolso pensativo.

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