Capítulo 1

1.5K 290 300
                                    

Lilith

Eu encarei o céu estrelado, buscando aquelas constelações que tanto me fascinavam.

— Até agora, achei, touro, escorpião, peixes. -falei anotando em meu caderninho.

O pequeno furão branco empurrou o livro para mim.

— É, Lilo, deveriam criar uma constelação de furões também. -concordei ajeitando o meu óculos.

Eu suspirei batucando na mesinha enquanto folheava o livro.

— Está previsto uma chuva de meteoros para hoje a noite, e hoje não está nublado e nem vai chover, eu vi na previsão do tempo. -falei.

Ela me encarou, movendo o nariz.

— Sim, também acho, podemos fingir que é a queda das estrelas! -dei pulinhos animada.

Ela bateu palmas com as suas pequenas patinhas.

— Agora, eu queria achar a constelação de leão. —falei movendo o telescópio lentamente— já achei a da ursa maior umas sete vezes! -bufei.

Então parei.

— Epa, achei, uma, não é treinamento, não é treinamento Lilo! -falei animada.

Ela pulou em meus ombros e eu peguei o livro.

Franzi o cenho.

— Oxe, mas essa constelação não existe! -franzi o cenho.

Lilo encarou o livro assim como eu.

Eu folheei o mesmo duas, três vezes.

— Não, essa constelação realmente não existe. -falei.

Eu encarei pelo o telescópio, então, pude Jurar que a mesma cintilou em um tom violeta.

— Descobri uma constelação! -dei pulinhos animada.

Lilo encarou eu fazer uma dancinha idiota.

— Aham, toma astrólogos! Eu encontrei uma nova constelação! Eu encontrei uma nova constelação! Aham, aham. -cantarolei fazendo o passinho do Michael Jackson.

Eu desenhei a mesma em um caderninho e sorri animada.

Porém suspirei, encontrei uma nova, mas... Estou de mudança.

— Vamos Lilo, o caminhão já deve estar lá embaixo, junto com a alma sebosa da minha madrasta. -bufei.

Aquela pirua.

Eu segurei a mala, então com a outra mão peguei o telescópio, um brilho no céu e eu franzi meu cenho para a constelação, as estrelas ali pareciam se mecher e...

Formavam um desenho no céu.

Eu o encarei com atenção, uma montanha e três estrelas.

— Que macumba é essa? -murmurei baixinho.

As estrelas brilharam, e então, a ponta do telescópio brilhou.

— Que merda é essa!? -exclamei.

Minha mão brilhava, meu corpo brilhava, estava brilhando de forma segante.

Soltei um gritinho, senti meus pés serem tirados do chão junto a mala.

— Olá Peter pan, não me diga, vamos para a terra do nunca? -questionei nervosa.

Luz explodiu, e por minutos, só enxerguei aquilo, sentindo ser puxada até a alma por aquela luz  cegante até que...

Ela some.

E eu vejo um céu estrelado, com.... Uma montanha e três estrelas.

— Morri. -falei.

Corte De Novas ConstelaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora