Tudo começa no olhar

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Pov Dayane

Acordei, desperto com uma moça do meu lado dormindo sem roupa, sem lembrar de nada sento - me na cama forçando a memória até que vem a lembrança de que a conheci em pub na avenida Paulista ontem, porém não gravei o nome dela.

- Ei menina, acorda. - ela faz um gemido de desaprovação - Qual é o seu nome?

- Nossa Day, nem um beijinho de bom dia - Reviro os olhos - Me chamo Paula, ontem a noite você pareceu bem mais animada com esse teu sotaque italiano meio embolado.

- Acontece que eu não tenho o dia todo - olho para o relógio - Aí meu Deus me atrasei, você precisa ir agora - pego minha carteira e entrego uma nota de 100 reais a ela - Toma, caso você precise pagar o Uber, vou tomar um banho quando voltar não quero te ver aqui.

Vou pra o banheiro e tiro minha roupa rapidamente e faço minha higiene matinal, infelizmente hoje não vai dar pra fazer a skincare. Quando volto ao quarto a moça não está mais lá, porém, tem um bilhete.

" No caso de você sentir saudades, é só me ligar."

"Ps: Levei uma calcinha sua pra lembrar do seu cheiro"

O QUE? MAS QUE MENINA INSOLENTE

Faço um café rápido e decido toma - lo a caminho da agência, enquanto espero o elevador, uma moça morena de cabelos médios para ao meu lado, o olhar dela carregava um certo mistério, confesso que fiquei intrigada e curiosa, porém ela estava entretida lendo alguma coisa na rede social, enfim o elevador chegou. Entramos no elevador e de repente a luz começou a piscar e percebo que ele começou a parar, a moça imediamente fala.

- Nossa que sorte, primeiro dia de mudança e o elevador já quebra.

Eu pergunto

- Bom dia, qual o seu nome?

Ela responde sorrindo

- Ah nossa desculpa a falta de educação. Bom dia, me chamo Aline e você?

- Me chamo Dayane, mas pode me chamar de Day. Então Aline, é a nova moradora do 89?

- Sim, sou do interior de São Paulo, me mudei pra cá ontem.

- Ah que legal, aqui é um lugar incrível mas a fama do apartamento em que você mora não é uma das melhores.

Ela pergunta

- Por que?

- Dizem que lá ocorreu um assassinato.

Ela me olha apavorada

E eu rio da cara de espanto dela e digo

- A sua cara de medo agora foi ótima, estou brincando, quem morava lá é uma velhinha, Clotilde. Inclusive moro no apartamento em frente, o 90.

- Hahaha nossa como você é engraçada.

- De qualquer forma parece que fomos esquecidas aqui dentro, e o calor já está ficando insuportável - Digo abrindo um pouco os botões da minha camisa social.

Ela me olha e diz.

- Nossa você é muito cara de pau, como se atreve a ir tirando a blusa assim do nada?

- Não é como se você não tivesse nada do que eu tenho aqui - Digo apontando pra os meus seios.

Ela olha e a vejo morder levemente a boca sem querer

- Cuidado pra baba não escorrer, é melhor se manter hidratada.

Ela fica sem graça e sorri amarelo

Até o limite da tentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora