4- Doente

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Peter olhava tudo ao redor e não confiava em nenhuma daquelas crianças. Da última vez que Peter foi para a escola seu tio estava morto e May precisava trabalhar, então alguns dos garotos disseram para ele que sua tia tinha que se livrar dele por algumas horas, para poder ter tempo.

E se ele estivesse sendo grudento demais com Tony e por isso que o homem estava o fazendo ir para a escola? Peter não sabia, mas imaginava ser isso.

-Certo amigo, essa é sua sala -os dois pararam na frente da porta

-Você virá me buscar se estiver algo de errado?

-Sim, peça para sua professora fazer isso -Tony se ajoelhou e beijou os cachos de Peter, eles se abraçaram e Peter bateu na porta

-Oh, você deve ser Peter, certo?

-Sim

-Venha, entre -a mulher cedeu espaço para a criança entrar, ele olhou para Tony e entrou na sala

-É o primeiro dia dele, ele não está muito feliz, então pode me ligar se ele precisar? -Tony estande um papel

-Claro -a mulher lhe deu um sorriso gentil e entrou na sala, ela percebeu que Peter ainda estava esperando na porta -Classe, esse é seu novo colega, Peter -ela colocou a mão no ombro de Peter

-Olá, Peter -um coral de vozes finas ecoou pela sala

-Pode se sentar com Ned, Peter -ela aponta para um menino moreno que estava sozinho, Peter assentiu e se juntou ao garoto

-Olá -o menino o cumprimentou

-Oi

-Vamos voltar para onde estávamos, Peter, pode me dizer algumas adições que eu perguntar?

-Eu não sei, ainda estou aprendendo os números -ele diz com um pouco de vergonha

-Tudo bem, Sid, pode me dizer quanto seria seis mais quatro? -a menina asiática conta alguma coisa nos dedos e então responde

-Dez!

-Isso, um bom trabalho

A aula de números, como Peter nomeou, demorou alguns minutos até o sinal finalmente bater, aquilo significava que estava na hora do lanche.

-Peter, você trouxe sua lancheira? -a professora, cujo Peter descobriu que seu nome era Anne, perguntou

-Acho que sim - o menino vasculhou a mochila é encontrou sua lancheira, ele abriu e encontrou seu sanduíche de geleia de morango, junto com uma banana e uma caixinha de suco, aquele era seu lanche preferido do dia, Tony sempre fazia para ele

-Parece muito bom, Peter -Anne bagunçou os cachos de Peter e foi se sentar em sua mesa para terminar seu café

Alguns minutos se passaram é eles estavam na aula de ciências, Anne estava explicando sobre como é possível que as borboletas voem e Peter estava tentando se manter calmo, mas algo dentro dele dizia para ele fugir, então ele abaixou a cabeça e sentiu as lágrimas invadirem seu rosto.

-Professora? -era a voz de Ned -Peter está chorando -ele aponta para o colega em seu lado

-Hey, Peter, o que aconteceu?

-Eu quero ir para casa -ele soluçou, ainda com a cabeça baixa

-Eu sei que é difícil, Peter, mas olha... -ela começou a mexer em seu cabelo -daqui a pouco vamos ter aula de artes, parece legal né?

-Não, eu quero ir para casa -Peter soluçou mais uma vez, ele deu um pulo de sua carteira e correu até os corredores entrando no banheiro infantil masculino

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