fuck what once was...

Inevitable

- Nunca vi Hogwarts assim - disse Draco num tom melancólico.

- Verdade, e olha que já aconteceu muita coisa aqui - disse Pansy.

- Povo! - chamei - Eu preciso mandar uma carta pros meus pais, quem vem comigo?

- Eu vou, tô afim de andar - disse Draco.

- A gente se encontra mais tarde? - perguntou Pansy.

Eu e Draco acentimos.

- Oque você vai falar? Se é que eu posso saber - perguntou Draco.

- Vou pedir um kit de artes - respondi - Sei lá... me deu saldades de pegar no papel... sentir o lápis... até da tinta... - falei a última parte rindo.

- E oque você vai fazer?

- Vamos ver... quem sabe uma paisagem, ou uma pessoa... - falei olhando pra ele e sorrindo.

- Ah... não, definitivamente não!

- Por favor... - pedi o abraçando de lado.

- Med... - resmungou - Eu sei muito bem que esse negócio demora.

- Já ouviu falar de máquina fotográfica?

- Por acaso você tem?

- Não... mas eu posso pedir para os meus pais comprarem - falei.

- Duvido que eles comprem tudo isso pra você - falou me olhando com um sorriso ladino.

- Eles só vão comprar, tecnicamente quem vai pagar sou eu! Vou pedir para eles tirarem meu dinheiro.

- Se você diz, câmera trouxa ou bruxa? - perguntou.

- Trouxa óbvio!

- Sério?

- Sim! Tenho certeza que você vai amar a arte da fotografia trouxa.

- To vendo eu amando... Qual coruja?

- Qual quer uma, contando que entrege.

Minutos depois saímos em direção ao lago.

- Oque você quer fazer aqui? - perguntou.

- Olhar a vista... - falei sorrindo.

- É melhor nós aproveitarmos uns minutinhos de paz...

- Verdade... - falei olhando a minha volta - Aqui é lindo né? A vista principalmente.

- Sim...

O lago ta calmo, o céu ta nublado mas da pra ver uma luz forte vindo do sol, o vento batendo nas árvores, o silêncio...

Olhei pro Draco e vi que ele já estava me olhando.

- Você não tá olhando a vista... - falei olhando nos olhos dele.

- Não... - respondeu e começou a olhar o lago.

- As vezes queria entender oque se passa na sua mente... - confessei.

- Como assim?

- Não sei explicar... tem horas que parece que você quer falar alguma coisa. Mas não fala.

- É... - voltou a olhar pra mim - Tem horas que a minha mente entra numa guerra interna... É difícil explicar...

- Quando você precisar conversar eu to aqui...

- Eu sei... e agradeço por isso.

- Sabe... - antes de continuar me deitei no chão - A vida é estranha.