Fault

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Emi levanta a cabeça ao ouvir o sininho da porta do café, mas se decepciona ao ver que não era quem esperava. Então volta a beber seu café.

_ Bom dia, estava me esperando? _ pergunta fazendo a mulher dá um pulo, ela o olha assustada. Shin se senta a sua frente com um copo nas mãos.

_ Quando você entrou? _ pergunta incrédula._ Eu fiquei olhando, jurava que...

_Entrei quando você estava mexendo no celular, então eu fui fazer meu pedido. Mas agora, por que me chamou de repente?

_ Eh... Por que faz tanto tempo que nós não conversamos._ exclica receosa pela mentira.

_ Você parece ter outros amigos..._ murmuro triste.

_ Por que não saímos eu, você e Yuri? Igual fazíamos antigamente. Vai ser legal._ ela diz sorrindo mas ele apenas a encara._ O que foi?

_ Não acho que seja uma boa ideia.

_ Por que não? Era divertido, lembra?

_ Emi..._ ele suspira quando a televisão do café invade o ambiente.

"Hoje foi encontrado um corpo de uma mulher morta dentro de sua residência, os policiais informam que a causa teria sido homicídio. E o possível culpado, mora debaixo do mesmo teto.
A mulher de 24 anos, chamada Yuri Tanaka..."

Os dois olhavam atentamente para a televisão, Emi não conseguia processar as informações e nem queria. Já Shin não se abalava com a notícia e sim se preocupava com a amiga em sua frente.

_ Eu ia te contar..._ ele começa mas é interrompido pela mulher que se levanta bruscamente. Ela deixa o dinheiro na mesa e segue para fora do café segurando o choro.

Não queria acreditar no que estava acontecendo, não seria possível. Ela corre o mais rápido possível para a casa de sua amiga e ao chegar se depara com várias viaturas da polícia. Ao chegar perto das fachas que a impediam de entrar, ela vê um rosto conhecido. Yuta estava parado em frente a fachada de sua casa, seus olhos fitavam um ponto aleatório pois seus pensamentos estavam longo dali.

_ Senhor Tanaka, por favor nos acompanhe até a delegacia._ um policial para em sua frente lhe algemando mas ele não teve reações sobre isso.

_ Yuta! _ Emi grita ao ver o menino sendo algemado, então ao reconhecer a voz ele a encara. Mas não com um olhar que Emi esperava, ele a encara com odio e raiva. Então ele é levado para dentro da viatura.

No caminho para casa, Emi estava destruída andando lentamente sem mesmo prestar atenção no caminho que estava seguindo. Pensava em tudo que estava lhe acontecendo, a morte de seus pais, o acidente do seu chefe e agora a morte de sua amiga. O olhar de Yuta mais cedo, também não conseguia parar de pensar sobre...

"A culpa é minha?" pensou.

Depois de algum tempo finalmente estava chegando em casa, mal via a hora de deitar e nunca mais levantar. Emi limpava as lágrimas com a cabeça baixa, mas levanta ao ver alguém em frente a sua casa.

_ O que está fazendo aqui? _ pergunta ao se aproximar do homem.

_ Você saiu correndo do café hoje cedo. Está bem?

_ É... Estou._ desvia o olhar tentando não cair novamente em lágrimas._ Uma hora acostuma...

_ Emi, a culpa não é sua. Essas coisas acontecem._ ele comenta colocando a mão nos ombros dela.

_ Por favor, não fique perto de mim. Não quero te perder também._ diz tirando as mãos dele e adentrando em casa.

_ Emi! _ ele grita mas já era tarde, ela já havia entrado. _ Não se afaste...por favor._ ele murmura.

Uma semana se passou, menos para Emi. Cada dia parecia uma tortura, seus pensamentos não a deixavam em paz, a cada segundo se condenando. Já não tinha mais lágrimas para derramar. Queria que tudo fosse mentira por um momento. Queria que pelo menos tudo não fosse por sua culpa.

Seu celular ao lado da cama não parava de tocar, todos os dias até a bateria acabar. Emi ao menos tinha coragem de recusar a ligação. A única coisa que lhe tava segurança era o escuro quarto.

Emi se levanta da cama pela primeira vez no dia, se arrastando para tomar um banho e logo indo na cozinha comer algo. Quando chega na geladeira leva um susto ao ouvir um barulho vindo da janela, e quando segue até a mesma vê uma cena, um tanto peculiar.

_ O que está fazendo? _ sem reação pergunta vendo seu chefe tentando pular a janela.

_ Ah Emi..._ ele suspira aliviado mas com essa simples distração, ele cai para dentro da casa. Emi fecha os olhos com o tombo dele e rapidamente o homem se levanta._ Você está bem?

_ Acho que seria mais apropriado eu fazer essa pergunta..._ diz e o homem ri.

_ Estou bem. Te liguei por um semana, você não apareceu no trabalho e nem atendida a porta, achei que você...

_ Estivesse morta? _ pergunta seria e ele arregala os olhos.

_ Não! Claro que não. Doente, eu achei que você estivesse doente. Fiquei preocupado...

_ Eu estou bem, obrigada pela preocupação mais eu realmente estou bem..._ diz começando a sentir seus olhar arderem._ Você já pode ir.

_ Eu fiquei sabendo da sua amiga, eu sinto muito._ ele diz fazendo a mulher desviar o olhar.

_ Obrigada._

_ Se eu poder faze..._ ele começa.

_ Por favor, me deixe sozinha. _ ela o interrompe fungando.

_ Tudo bem. Só quero que saiba que pode contar comigo sempre,ok? Não tenho medo de ficar perto de você, tenho medo de ficar longe._ ele diz com um sorriso fazendo carinho no cabelo da menina.

Assim que o homem sai da casa, passando pela porta desta vez, Emi sente um grande vazio em seu coração . Ele traz confiança e segurança pra ela, mas seria perigoso?

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Gente que demora hein, alguém tem que ver essa autora aí...

Espero que gostem e F pela Yuri.

Bjs até o próximo! (será que vem aí?)

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