Prólogo

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Três anos se passaram desde o dia em que Sasuke Uchiha partiu de sua vila natal, Konohagakure em busca de sua redenção. Uma viagem sem prazo determinado e com o objetivo único de pagar por todos seus pecados, e assim compreender o real significado da vida. Três anos que a guerra acabara e o mundo se encontrava em paz. É claro que algumas pessoas ainda não se sentiam satisfeitas com a nova estabilidade universal, e possuíam ideais como os de Uchiha Madara, mas eram ideais supérfluos e irrelevantes, que não conseguiriam acabar com o mundo pós guerra.

Nesses três anos, tentando redimir-se por todos os danos causados em sua vida, Sasuke contribuiu com algumas missões para o bem de sua vila, como o incidente com os humanos explosivos* e até mesmo o incidente da lua* há quase dois anos. Mas, no momento, não possuía nenhuma preocupação.

Se encontrava deitado sob a sombra de uma árvore, com sua cabeça apoiada em seu único braço não dominante*. A luz do sol nascente incidia em sua face e nesse instante, entrou em seus mais profundos devaneios.

Nos primeiros anos de sua viagem seu objetivo único e indispensável era a busca pelo perdão de seus pecados, inovando sua mente e buscando pelo amadurecimento, por isso, não dava tamanha importância para sua aparência, deixou seu cabelo crescer e usava vestes desgastadas e maltrapilhas. Mas ao notar sua evolução no último ano, voltou a cuidar de sua aparência.

No seu último aniversário, recebera um presente sem identificação, selado em um pergaminho que foi entregue pelo jutsu de Sai em formato de um pássaro, já acostumado a receber estes tipos de mensagens do rokudaime, ao abrir, notou que havia recebido uma capa preta, com tecido grosso e quente.

Sem imaginar de quem seria esse presente inusitado, após algumas semanas começou a usá-lo, cortou seus cabelos com o mesmo corte de sempre, apenas com uma franja maior ocultando seu doujutsu precioso, o rinnegan, pois sabia que ocultando seu presente da guerra estaria fora de perigo, já que a cobiça por seus olhos já era demasiada grande.

Ao soar da manhã, levantou-se e tornou novamente sua caminhada sem um rumo determinado, mas de uma coisa sabia, estava na fronteira do pais do fogo.
Depois de todos esses anos, era certo voltar? – esses eram os pensamentos que rondavam a mente de Sasuke segundos antes de cruzar a fronteira. Mas sua vontade falou mais alto, e quando percebeu já caminhava pelas terras de seu país natal. Um misto de sensações tomou conta de seu coração, sabia que estava perto de casa.

Após algumas horas de caminhada, encontrou-se em um pequeno vilarejo, aparentemente movimentado. Contudo, o que mais chamou sua atenção não fora a animação de todos os aldeões, mas sim a inúmera quantidade de árvores de cerejeira que o lugar possuía. Pétalas de uma cor muito conhecida por Sasuke estavam por toda parte. Jovens moças caminhavam ao lado de rapazes com tais flores em suas mãos e crianças brincavam em meio da imensidão cor-de-rosa.

Sasuke deu um suspiro triste e caminhou até uma estalagem, uma casa grande feita de madeira que oferecia quartos para os viajantes. Sob a percepção do Uchiha, aquele vilarejo servia como passagem para os viajantes de outros países.

– Um quarto – disse Sasuke friamente para um senhor de estatura pequena e que possuía em sua face enrugada longos bigodes grisalhos.

– Claro meu jovem – disse o velho, com uma voz arrastada e fraca – por quanto tempo precisa?

– Apenas uma noite. – Sasuke não prestava muita atenção em sua conversa com o velho, seus olhos e sua mente estavam presos no lado de fora da estalagem, observando pela janela as flores de cerejeira que voavam com a brisa suave.

Prefácio - SasusakuOnde histórias criam vida. Descubra agora