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Sophie

Estou a caminhar junto ao rio enquanto absorvo as palavras dele. Agora eu sabia a verdade mas isso ainda não mudava nada nem apagava o quanto eu sofri. Uns minutos depois e ele está a caminhar ao meu lado. Nós dois estamos em silêncio. E agora que o consigo observar melhor, ele está com roupa social, não consigo ver a maior parte das tatuagens que sei que tem, mas vejo que fez pelo menos mais duas no pescoço. Ele usa o cabelo mais curto o que o deixa com um aspeto mais limpo, mais maduro, mais atraente. Mesmo eu estando com uma sandália um pouco alta ainda continuo sendo baixa ao lado dele, não sei nem como sou modelo com o meu 1.65 de altura.
Caminhamos longos minutos em silêncio, até eu me sentar num banco de madeira, ele fica à minha frente a olhar o rio por um tempo até se sentar ao meu lado com uma certa distância.
Só consigo ouvir a respiração dele e o barulho do rio, é como se o resto à volta não existisse como sempre acontece quando nós dois estamos juntos. Ele coloca o braço por cima do encosto do banco e acaricia meu rosto. Eu não consigo me mover e apenas fecho os olhos aproveitando o carinho dele. Não sei o que me deu, mas me arrasto até ficar sentada a pouco centímetros dele. Olho o seu rosto e ele me olha sereno. O meu olhar vai para os lábios dele, que saudades eu tinha dos lábios dele nos meus, dos beijos, dos selinhos, das mordidas. Porra! Ele vai aproximando nossos rostos lentamente e quando eu desperto me afasto rapidamente.

- Nós não podemos Vinnie - falo e me levanto do banco, ele ainda continua sentado

- Porque?

-Agora temos vidas diferentes, somos pessoas diferentes e nem vivemos no mesmo país

-A gente daria um jeito nisso - eu me viro para o olhar

- A gente não deu um jeito nisso à quase 8 anos atrás - ele olha o rio atrás de mim

- Mas podemos dar agora, podemos mudar o que fizemos, e podemos insistir agora em nós dois

- Tu ainda me amas? Depois de tanto tempo, tu ainda me amas? - ele fica em silêncio - Foi o que eu pensei - me viro de costas para ele e limpo a pequena lágrima que cai do meu olho

- Eu ainda te amo - ele diz baixo - Como eu nunca consegui amar outra garota. Tens razão já se passou 8 anos mas isso não mudou nada para mim. Tu ainda continuas a ser a garota que eu quero ao meu lado, quem eu quero formar uma família, ter filhos, ser feliz - ele acaba de falar e se levanta do banco

- Quem vive um conto de fadas agora? - pergunto e sinto os braços dele passarem a minha cintura e me virarem para ele

-Eu quero ter um conto de fadas contigo, eu quero fazer dar certo entre nós dois. Fodasse se vamos estar a viajar 70% do nosso tempo, Fodasse se estamos a viver em países diferentes e Fodasse se somos pessoas diferentes agora Sophie. Eu quero fazer dar certo contigo seja como for - ele me segura pela cintura, os nossos olhos mantêm o contacto visual por minutos

Sinto a respiração dele acelerar quando olha minha boca, molha seus lábios e volta a olhar meus olhos. Eu apenas dou um pequeno sorriso, levo minha mão ao seu pescoço e junto nossas bocas. No início só damos um selinho longo e nos afastamos mas logo ele me puxa contra ele, colando nossos corpos e junta nossas bocas começando um beijo lento. As nossas línguas se encaixam perfeitamente tal como antes. Levo as minhas duas mãos ao seu cabelo e aprofundo o beijo. Sinto uma mão dele descer e segurar minha bunda mas nem ligo, eu só precisava de aproveitar aquele momento por que esperei durante 7 anos.
Quando nos afastamos, os lábios dele estão rosados do meu bâton. Dou um pequeno sorriso e limpo seus lábios, ele sorri também e morde os lábios com força. Relaxo meus braços nos ombros dele e ele cola nossas testas.

- Não vamos ficar por aqui Sophie. Nós podemos viver o conto de fadas que queremos. Nós podemos lidar com tudo e todos juntos. Só preciso que tu me digas, me diz que queres ficar comigo, me diz baby

Minha pressão até diminui ao ouvir aquela última palavra, ele me queria, ele queria fazer dar certo fosse como fosse. E eu? Eu tinha medo, mas estava à frente do primeiro homem que amei e talvez o amor da minha vida, então porque não? Porque não me entregar ao amor, já que não o pude fazer antes

-Eu quero Vinnie, eu quero amar te como eu não pude antes - ele sorri

-Era isso que eu queria ouvir Sophie - de novo ele cola nossos lábios e inícia um beijo lento

Não sei desde quando ele aprendeu a beijar assim, normalmente nos beijavamos como dois selvagens mas agora o beijo tem sentimento, amor, não só tesão.

-Em que hotel tu estás? - ele me pergunta quando me dá a mão e me guia até uma porsche preta de dois lugares






Calma, não deitem foguetes antes da festa

My First Love - Vinnie Hacker (Pausada) Onde histórias criam vida. Descubra agora