Vodka & Chocolate Cigarrettes [PT VER]

capítulo um;

A música alta ecoava pela discoteca e corpos se chocavam enquanto dançavam. Naquela noite de sexta-feira, o estabelecimento encontrava-se cheio de pessoas que queriam se divertir pela noite adentro.

Jimin encontrava-se sentado no bar a apreciar a sua bebida fresca, enquanto desfrutava da companhia de Yoongi, o seu melhor amigo. Aquela era apenas mais uma noite para eles, mais uma noite a divertirem-se enquanto bebiam e dançavam como se as suas vidas dependessem disso.

— O que tanto olhas? — quebrando o pequeno silêncio entre eles, Jimin decidiu falar ao ver o amigo com o olhar perdido pelo local.

— Nada demais. — respondeu de forma simples, bebericando a sua bebida — Procuro alguém que me interesse, seria bom divertir-me esta madrugada, se é que me entendes. — e sorriu ladino para o amigo.

Jimin nada disse. Gargalhou um tanto alto – mesmo que fosse quase inaudível devido à música que tocava – e deu mais um gole na sua bebida. Enquanto isso, olhava pelo estabelecimento vendo a quantidade de pessoas que lá se encontravam e dançavam umas com as outras. De repente, sentiu aquele cheiro que lhe era tão conhecido e olhou para o seu lado, novamente, ele estava sentado perto de si a fumar um cigarro do sabor chocolate, como se fosse o dono da boate e pudesse fazer o que bem entendesse.

O funcionário que servia as bebidas olhava o homem que tinha os cabelos um pouco longos, à espera que o mesmo pedisse alguma bebida, e mais uma vez ele pediu um copo de vodka pura, ingerindo em seguida a bebida como se fosse água.

Jimin não sabia o nome do homem que o cativava, mesmo que tivesse imensa curiosidade em saber quem era ele, saber o nome dele, e saber o porquê de se sentir tão atraído por ele.

Terminando de ingerir a sua bebida, Jimin percebeu que olhava – no caso, secava – o homem ao seu lado à imenso tempo então desviou o olhar para o outro lado, notando que Yoongi já não se encontrava consigo no bar. Procurou pelo amigo olhando pela multidão e encontrou o mesmo na pista de dança agarrado a um rapaz um tanto, intenso. Por breves segundos sorriu, sabia que o Min se iria divertir com o rapaz de cabelos negros que o agarrava de forma tão intensa.

Os minutos foram passando, a música tocando e pessoas entrando e saindo da discoteca o tempo todo, o lugar estava cheio. O cheiro a cigarros pairava no ar e mais uma vez, o loiro olhou para o seu lado, vendo o homem ali sentado a acender outro cigarro do sabor chocolate.

Jimin questionava-se se aquilo era bom, tinha bastante curiosidade em provar.

Quando se virou de frente para o balcão e pousou o copo vazio no mesmo, chamou o barman para o servir denovo, queria beber. Quando teve o líquido no copo sorriu, agradecendo ao rapaz e levou o objeto aos lábios, sentindo o líquido descer pela sua garganta, queimando a mesma.

Sentiu também a sensação de que alguém o observava e olhou – mais uma vez naquela noite – em volta pela discoteca, encarando as pessoas descaradamente. Olhava os homens um por um, analisando as pessoas que, muitas das vezes, o olhavam de volta com um breve sorriso nos lábios.

Após terminar o seu copo Jimin sentia uma vontade indescritível de se divertir e ir para o meio da pista dançar como se não houvesse amanhã, e levantou-se fazendo isso mesmo.

A música tocava e o seu corpo balançava num ritmo perfeito, Jimin movia-se lentamente dançando como ninguém enquanto mantinha os olhos fechados e aproveitava a noite. Captava a atenção de alguns que se encontravam naquele meio e de outros que estavam sentados a beber algo e o loiro gargalhou baixo quando sentiu umas mãos ágeis segurarem a sua cintura com firmeza e um corpo roçar-se ao seu de forma discreta, tinha gostado daquilo.

O loiro continuou a dançar como se nada fosse, sentindo as mãos do homem atrás de si percorrerem o seu corpo sem pudor algum, como se já tivessem feito aquilo antes e Jimin gostava, sentia-se desejado. Mas tinha sempre um limite, e o seu era quando tentavam deixar marcas no seu pescoço, marcando território, ele não gostava que fizessem isso sem lhe questionarem se poderiam.

E a diversão com aquele desconhecido, para si terminou quando o mesmo deixou uma leve mordida no seu pescoço. O Park abriu logo os olhos e soltou-se dos braços alheios, decidido a caminhar novamente para o bar, mas sendo impedido com uma mão a segurar o seu braço com alguma força.

— Já vais embora porquê? — o desconhecido questionou — Não estavas a gostar de dançar gracinha? Podemos divertir-nos por muito mais tempo. — chegou perto do loiro, falando próximo ao seu ouvido.

Jimin virou-se de frente para o homem, vendo o seu rosto pela primeira vez, ele era bonito, mas comportava-se como um completo idiota, e então soltou-se mais uma vez das mãos alheias.

— Foste um bom dançarino mas não passa disso, não te stresses a tentar ter mais algo comigo quando já te dei um não, de certeza que alguém aqui não se importaria de ficar contigo. — disse de forma simples, afastando-se do mais alto — Mas eu não quero, tem um resto de uma boa noite.

E claro que o idiota chapado não iria suportar receber um não, segurou novamente o braço de Jimin o olhando nos olhos de forma séria.

— Como te atreves a negar ficar comigo? — "de novo um idiota que fica com o ego ferido", era o que o loiro pensava — Eu sei que queres, 'pra quê negar gracinha?

— Eu penso que ele foi claro quando disse que não queria. — aquela voz grave ecoou naquele espaço, Jimin sentiu o seu corpo tremer — E eu penso que, quando alguém diz não, devas parar na hora. — Aproximou-se do homem que segurava Jimin e agarrou as roupas do mesmo com força — Solta-o, ou sais daqui acompanhado pelos seguranças e com um nariz partido de brinde, amigo.

O desconhecido soltou o menor e Jeon fez sinal aos seguranças para se aproximarem de si, dizendo para levarem aquele homem para fora e o impedindo de voltar ao estabelecimento. Jimin ficou boquiaberto, olhando o homem que ainda estava de costas para si a olhar para os seguranças que levavam o sujeito para fora, e após respirar fundo, voltou-se para o Park.

Naquele momento, Jimin sentiu a sua alma a sair do seu corpo, era ele ali, era aquele que o tanto cativava.