Céu e mar, linda harmonia da mãe natureza. É oque ela pensava ao se despedir de sua antiga casa, numa viagem que parecia não ter fim. Em uma paisagem poética onde as nuvens se moldavam diante da imaginação, via as pessoas caminhando na praia através da janela escura do carro.
Então as nuvens que antes detinham seus pensamentos, logo se juntam e escurecem. As gotas d'água que despencavam de cima, cantarolavam em um tom único e calmo. No calor do momento se viu desenhando uma carinha feliz na janela molhada, que no instante seguinte se desfez com gotículas que dançavam no painel e caiam.
Após o clarear do céu, um raio de luz surgiu diretamente no rosto de seu irmão mais velho, que dirigia o carro preucupado. Por mais que soubesse desfarçar suas expressões, ela percebeu em seu olhar uma tristeza em um forte tom de azul. Pois tinha esse dom de olhar. De lêr os olhares. É assim desde aquele dia...
"Por mais que inocente, enxergava desequilíbrio no horizonte de eventos que todos chamam de vida".
Depois de acordar da sua soneca. Observa seu irmão despachar as malas em um casarão de muro alto. É apresentada a seus avós que esfregam as suas mãos em sua cabeça, adimirando seu tamanho - era só um bebê quando te peguei no colo. - diziam com um sorriso de canto que exalava a mais sincera bondade.
Entrando com uma expressão surpresa que o tamanho de seu novo lar temporário tinha, se alegra pensando em quanta diversão terá suas férias de Verão; perdida em sua alegria, ela esquece de olhar para o chão, e tropeça em um tapete de flores negras; vendo assim, um buraco com uma forma esquisita. E antes mesmo de ter a chance de investigar, sua vó à chama - LAILA!!! - diz lacrimejando quando compara sua neta ao retrato do lado. - era assim que eu chamava sua mãe quando criança. - Falou olhando fundo em seus olhos.
Ao deitar-se, se lembra do olhar meigo de sua vó; mas também não lhe sai da cabeça buraco de formato estranho, que parecia esconder algo. Deixou todas as coisas de lado, deu boa noite ao irmão que dormia na cama ao lado, e fechou seus olhos.
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Jardim de Flores Brancas
FantasyEm um universo de cores expressivas, a escuridão habita no opaco da realidade.