;but you can have me if you want.

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[o flop vem? sim, porém eu me apaixonei por essa oneshot (que na vdd é de um casal meu e nao uma fic) e quis trazer como one, é isso]

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━━ QUE AS NOTÍCIAS corriam por toda a empresa não era nenhuma novidade, porém espantava-me o fato de que não era o fato de Adrien e eu termos tido (ou ainda estivessemos mantendo) alguma relação em segredo. De fato, quando pisei na Gabriel naquela manhã, fui recebida com a notícia de que, novamente, Adrien Agreste estava deixando a cadeira de diretor.

E todos estavam curiosos e desejando saber os motivos. Afinal, todos – inclusive eu – achávamos que Adrien continuaria a trabalhar na empresa após Félix assumir um cargo mesmo ainda estando no segundo semestre da faculdade. Era explícito o modo que Adrien tratava Félix mais como um irmão do que como um primo.

Mesmo que eu estivesse fingindo não ter curiosidade alguma a respeito pelo qual ele estava saindo, eu sabia que não passava de uma mentira. Eu queria – talvez mais do que todos ali – saber o motivo pelo qual Adrien estava distante, não só da empresa como também parecia estar distante de mim.

Sim, eu era parcialmente culpada pelo seu afastamento. Havia sido eu quem tomou certa distância primeiro com a desculpa de que aquilo não era algo bom para nós dois e por não saber lidar com o fato de que ele era filho do meu chefe e passou quatro meses sem tocar no assunto. Eu tinha um ponto e tinha um orgulho ferido, mas isso não me impedia de ser uma curiosa que estava caminhando com os documentos em mãos em direção a sala de Adrien. Driblar a recepcionista não foi fácil. Ela queria me assegurar de todas as formas que poderia entregá-lo os documentos, mas eu havia sido muito convincente em algum momento. Por isso, continuei meu caminho, batendo na porta do loiro sem hesitar.

Entre.

Sua voz parecia abafada do outro lado. Respirei fundo, puxei meu lábio inferior e tomei um pouco de coragem. Droga, não era hora de pensar a respeito de ser bom ou não. Eu já havia ido longe para parar ali.

Respirei fundo. Minha mão agarrou a maçaneta fria. Mordi meu lábio enquanto girava e empurrei. Adrien ergueu seu rosto, o olhar por trás do óculos de grau parecendo repentinamente surpreso. Sobre a escrivaninha, algumas caixas de papelão estavam dispostas e ele parecia separar algumas coisas.

Então sim, era verdade. Adrien estava largando o cargo.

— Bom dia, senhor Agreste. — Murmurei, mantendo meu tom ameno e evitando parecer surpresa ou qualquer coisa semelhante. Entrei na sala, fechando a porta logo atrás de mim. Ele deixou de organizar alguns documentos e sua atenção foi minha.

Como sempre era quando eu o chamava.

— Bom dia, Marinette. — Ele deu de ombros. — Posso te ajudar?

— Trouxe alguns documentos. — Deixei sobre a escrivaninha. — Espero que.... possa olhá-los assim que possível. Preciso de uma resposta rápida.

— Claro, vou fazer o possível. — Adrien continuava a me olhar. Droga. Parecia saber exatamente que eu não havia ido ali somente por causa dos documentos. — Mais alguma coisa?

Eu desviei o olhar por um momento.

— Você.... tem muitas caixas por aqui.

Murmurei, ainda mantendo o tom sereno. Ele riu.

— E provavelmente você sabe o porquê.

— Mas não sei o motivo da sua decisão.

Soltei, com tamanha coragem que me surpreendi. O olhei, ele também parecia surpreso pelas minhas palavras tão francas e diretas. Caramba! Quis sair correndo pela porta, mas não fiz isso. Adrien, por sua vez, contornou a escrivaninha e encostou nela, ficando mais próximo de mim do que antes.

Ele me olhou antes de voltar a falar.

Você.

— O que?

— O motivo. — Ele deu de ombros. — O motivo pelo qual estou saindo é você, Marinette.

Aquilo pareceu não fazer sentido. Franzi o cenho.

— O que quer dizer?

— Quero dizer que.... desde que você descobriu sobre eu ser filho do seu chefe, as coisas mudaram. Eu não te culpo, eu admito que foi babaca não te contar, mas eu me desculpei e não te cobrei qualquer coisa, porém não é difícil perceber que você fica incomodada comigo por aqui e realmente eu não quero te prejudicar. — Ele suspirou. — Parece que você veio para ficar e isso faz de mim aquele que vai embora.

Com ele falando, fiquei em um misto de choque e surpresa. Eu não sabia o que dizer, como dizer. Parecia injusto. Injusto de um modo que eu nem mesmo sabia descrever.

Mas não era somente injustiça. Eu sabia que não. Também era o fato de que eu não queria que Adrien saísse. Isso significaria que não nos esbarrarÍamos mais todos os dias nos corredores, que não nos encontraríamos na cafeteria.

— Ainda.... isso não faz sentido! Adrien! Você não pode....

— Eu posso e já tomei a minha decisão. Marinette, é.... horrível para mim te encontrar pelos corredores e não poder falar com você tranquilamente por saber que você provavelmente vai me tratar diferente das outras pessoas. É difícil ver você todos os dias lembrando do que tivemos e sabemos que não vamos continuar. Eu não quero desistir do amor que eu ainda sinto por você, mas eu estou perdendo a paciência a cada vez que você me trata de maneira rude por ainda não ter lidado com toda a situação!

Ele fez uma pausa, respirou fundo antes de voltar a falar. Eu apenas o ouvia. Trocamos um olhar. Eu não sabia bem o que dizer.

— E Félix?

Adrien desencostou da escrivaninha. Ficou de frente para mim.

— Não estou proibido de ajudá-lo fora daqui. — Ele deu de ombros. Suspirou ao olhar para o relógio na parede. — Enfim, eu tenho uma reunião agora. Vou tentar ver os documentos ainda hoje.

— Adrien....

— A gente pode conversar depois, caso queira — Ele suspirou. Me deu um beijo delicado na testa e então me olhou. — Mas saiba que eu vou manter o suéter que você me deu, mas eu ainda posso ser seu.

O loiro sorriu antes de sair andando Vi-o abrir a porta, mas ele me olhou antes de sair. Senti meu coração acelerado.

Realmente, deveríamos conversar.

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Relations - ᵃᵈʳᶦⁿᵉᵗᵗᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora