Capítulo Único

2.1K 186 32
                                    

Após o término do evento do Ragnarok. -Onde deuses e humanos se enfrentariam para decidir se a humanidade teria mais mil anos de vida, ou seriam exterminados. – Que fora vencido pela humanidade, um banquete foi realizado, os humanos que haviam participado e vencido passaram a noite nos quartos que foram separados para eles no panteão do deuses. Seria permitido somente uma noite, pois os deuses estavam com ódio de ver seus familiares sendo derrotados por escórias.

Por serem imortais, os deuses que perderam renasceriam do próprio pó, e tornariam a viver novamente, infelizmente com os humanos que perderam não teriam a mesma sorte.

A noite houve um banquete, Sasaki aproveitou bastante, ainda mais por saber que os deuses. – A pedido de Brunilda. – Ressuscitaram seus amigos humanos que foram derrotados durante o combate. Houve muita cantoria e gritaria, mas o bom é que ninguém saiu perdendo.

Sentindo que já havia dado sua hora, o espadachim caminhou pelo panteão dos deuses enquanto procurava seu quarto.
Entrou em um corredor que havia somente quatro quartos, na porta do primeiro quarto havia um símbolo totalmente riscado, o qual não conseguia decifrar o que era, no segundo era o símbolo de um caveira, o terceiro havia um raio. E na porta do último quarto que era estranhamente mais afastado dos outros havia um símbolo de tridente em sua porta.
Sentiu seu coração disparando e colocou sua mão sobre o símbolo.

Poseidon.

O jovem deus que fora derrotado por Sasaki, o garoto devia estar na fase de seus vinte e poucos anos antes de morrer naquela batalha.
Sentiu seu rosto ficando vermelho, o moleque era bonito, e ao que parece não olhava para ninguém. Mas ele olhou, e caminhou diretamente para a direção do espadachim.

- Bom..eu não sou chamado o melhor espadachim atoa. – Disse rindo de leve enquanto tocava a maçaneta do quarto que parecia pertencer ao jovem deus.
Sasaki sentiu as lágrimas molhando em seu rosto, seu coração estava disparando, dar passos para frente parecia quase impossível de tanto que seu corpo tremia.

Deitado sobre uma cama, era possível ver o corpo adormecido de Poseidon.

- Garoto.. você está vivo. – Ainda com seu corpo tremendo, tocou a franja cortada do jovem com suas mãos trêmula. – A qual deus devo rezar por você estar aqui na minha frente e vivo? – Depositou um selo na testa no deus.

Mesmo sendo velho, Sasaki sabia dos sentimentos que começou a sentir pelo deus, no momento ele possuía algo que os humanos da atualidade chamariam de “crush”

As pálpebras do deus começaram a tremer, foi quando Poseidon abriu seus os olhos de maneira calma, seu olhar cruzou com o do espadachim  por alguns segundos e fechou os olhos, os abrindo por inteiro e fixando novamente seu olhar com o do “rival”.

- Humano, o que faz aqui? – Poseidon questionou sem desviar o olhar.

- Achei que fosse um templo, eu iria realizar algumas oferendas pra você, e quando entrei vi você tirando uma soneca. – Riu de leve. – Vocês deuses são cheios de truques, e pensar que eu fiquei triste com a sua morte. – Bagunçou os cabelos do pequeno, notando que o rosto do deus adquiriu uma cor avermelhada.

- É sortudo por eu não estar com o meu tridente..se não você já estaria morto.. – Resmungou com um olhar raivoso mas ao mesmo tempo cansado, quase voltando a fechar os olhos. – Eu tenho que selar o quarto.. pra ninguém entrar enquanto..eu estiver me recuperando.. – Estendeu a mão trêmula em direção a porta sua mão ficando com um brilho azul por conta da sua magia estar sendo ativada . – Dê um fora desse lugar seu verme, não quero sua presença no mesmo recinto que eu.

Kojiro observou que havia um pequeno banquete no quarto, provavelmente seria para quando o deus acordasse. Ele poderia passar algumas horas ao lado de deus sem nenhum problema, e poderia experimentar comidas novas, e ao que pareciam seriam as preferidas do deus.

- Deus dos mares, eu Kojiro Sasaki ficarei aqui e irei protegê-lo. - Sorriu apontando para si mesmo. – O deus abaixou sua mão. – Quero provar a você que nem todos os humanos são ruins.. – Com as pontas de seus dedos tocou levemente a região das bochechas do jovem deus que lutava contra o sono. – Perdão pelos machucados que eu te causei Poseidon.

- Besteira..um humano não pode..me matar.. – Suas piscadas de olhos se tornaram longas. – Eu não confio em humanos.. – A voz do deus estava sumindo. – Mas.. – Poseidon lutou para abrir os olhos. – No momento..eu não tenho outra escolha..Kojiro – E então o deus voltou a dormir.

Sasaki sentiu seu corpo aquecendo, seu rosto esquentei repentinamente.

O deus havia dito seu nome..e isso fez com que seu coração batesse como se houvesse corrido uma maratona.

Olhou para baixo, vendo que a mão do loiro pendia na cama, tocando o pulso do jovem puxou sua mão para cima. Seus dedos se tocaram.

Kojiro entrelaçou seus dedos junto com os do deus, e depositou um selo nas mãos que estavam unidas.

As lágrimas se tornaram presentes nos olhos de Sasaki, por um momento ele havia sofrido por ter matado o deus, mesmo que cada um estivesse lutando por seu ideal.

- Eu me pergunto se isso foi obra daquela criança que estava com flechas na mão. – Tocou o próprio peito. – Eu vou te proteger dessa vez garoto, vou te levar pra conhecer o mundo pra você ver o quão os humanos são maravilhosos. – Bagunçou os cabelos do deus que estava dormindo.

Kojiro sabia.

Ele conseguia sentir.

Igual as ondas se acalmaram quando Sasaki sacou sua espada, era a mesma maneira a qual Poseidon se encontrava.

Calmo apenas com os toques do espadachim.

O japonês sorriu imaginando as novas aventuras que teria com o deus ao seu lado, sendo seu parceiro de viagem.

🎉 Você terminou a leitura de Ao sacar minha espadas, as ondas se acalmam 🎉
Ao sacar minha espadas, as ondas se acalmamOnde histórias criam vida. Descubra agora