Único

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— > livre para todos os públicos.

📚 Boa leitura 📚

Um pessimista em um festival de cerejeiras

(🌸)

A tempos Kazutora sentia sentimentos diferentes por seu amigo, nem ele mesmo sabia explicar. A borboletas no estômago quando observava o rapaz de olhos verdes e de cabelos pretos era inexplicável. Seu coração palpitava cada vez mais forte, muitas vezes até mesmo sua respiração ficou desregulada e seu rosto mostra de maneira explicita a vergonha e a vermelhidão nele.

Ele sabia estar pecando, se condenava por isso. Aliás, como alguém o amaria? 

Ele sabia que o garoto se esforçava o máximo para o ver bem, mas não entendia o motivo, pois ele não merecia ser feliz em sua própria visão. Como um ser tão repugnante que no passado cometeu tanto erros poderia ser feliz novamente? Como ele nunca havia feito nada certo na vida, nunca, fez algo bom, nunca disseram estarem orgulhosos de si. De que adiantava isso?

Ele sabia que todos se esforçavam para o ver feliz, e estava totalmente grato. Mikey, Draken, Chifuyu, Mitsuya, Takemichi, ele sabia que todos se esforçavam. Até mesmo o primeiro citado que antes o odiava acabou criando um certo carinho por si. 

O criador de toda aquela dor que sentia era si mesmo, ele sabia disso. Não importava o quanto se esforçava para fazer algo bom, ele simplesmente sentia que tudo o que fazia estava errado. Como se tudo o que ele tocasse desaparecia ou era destruído, assim como foi a 12 anos atrás. Baji Keisuke, seu melhor amigo, aquele que havia dado sua vida por si. Aquele que esteve sempre  lá e ele nunca percebeu.

Baji foi o único que o mandava cartas-lhe enquanto estava no reformatório, ele era o único que vinha o visitar. Ele sempre dizia que o que aconteceu não era culpa dele. "Não se culpe Kazutora, você não tinha intensão de matá-lo, só queria me proteger" era o que o mais alto dizia a si.

Mas como era totalmente repugnante deixou-se ser manipulado por Kisaki Tetta no halloween sangrento. Ele havia dado uma facada naquela pessoa que mais o protegeu, que mais o ajudou. O que ele estava pensando afinal? Como pode fazer isso?

Ver Baji enfiando uma faca em seu próprio estômago e dizendo que sua morte não foi culpa do mesmo o destruiu. Ele havia se matado para que Kazutora não sentisse culpado de sua morte? Sim, ele havia feito isso.

Ver seu corpo estirado no chão conversando com Chifuyu enquanto tossia sangue era aterrorizante. Ouvir Matsuno gritar o nome do amigo da forma mais drástica possível foi o maior choque de realidade que sentiu. Ele havia morrido bem ali, na sua frente e a culpa era toda sua, sempre foi sua não importa o que falarem.

Novamente foi para o reformatório com um centena de 10 anos, abaixados a 6 por bom comportamento. E lá estava ele de novo. Um assassino sangue-frio nas ruas de Tokyo. Ele estava sozinho, não tinha nem mesmo sua família para o ajudar. Todos havia cortados laços com o mesmo após seu segundo assassinato. Mas uma única pessoa foi o ajudar. Aquela pessoa que em um passado não tão distante a feriu. Chifuyu Matsuno. O ex loiro estava ali, estendendo sua mão para si. Ele o ajudou, e muito. Mas o mesmo sentia que não merecia isso.

Depois de alguns anos morando com o Matsuno, ele acabou se apaixonado. A cada dia que passavam juntos mais ele sentia seu amor por ele crescer. As borboletas anteriormente citadas eram mais frequentes. Os toques, carícias, palavras, tudo o que o mais novo fazia o deixava nervoso.

Quando o Hanemiya se empenhará em algum prato culinário que aprenderá na Internet o mais novo sempre o elogiava.

"Está incrível, Kazu-kun! Você realmente tem muito talento para isso."

𝐏𝐄𝐒𝐒𝐈𝐌𝐈𝐒𝐓𝐀 - ᴋᴀᴢᴜғᴜʏᴜOnde histórias criam vida. Descubra agora