Capítulo 1

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Já era tarde da noite, o complexo estava totalmente escuro e mesmo assim, sua mente não parava de pensar.

Havia sido um longo dia, Tony havia pedido ajuda com algumas alterações numa nova Inteligência Artificial, o acabou por demorar mais do que esperado, atrasando a entrega de alguns relatórios de missões passadas. E apesar de estar exausta, sua mente não parava.

Olhou para sua cabeceira novamente, vendo aquele número de telefone rabiscado num papel que Natasha havia lhe entregado dias antes...

Era mais uma tarde de domingo, e estava relaxando e aproveitando sua tarde para ler um livro que tanto estava interessada. O livro contava a história de um chefe e sua nova empregada, que acabam desenvolvendo uma relação... Não muito ética para o ambiente de trabalho... A nova empregada acaba descobrindo que seu chefe na verdade era um Dominador e ela aceitou ser sua Submissa.

Seus olhos pesaram e sua mente viajou pelas palavras do livro, se colocando no papel de Submissa e ninguém mais, ninguém menos que Bucky no papel de seu Dominador. Mas antes mesmo que seu sonho começasse a fica bom, uma voz bem conhecia por você te chamou para a realidade.

- eu tenho tantas dúvidas... - Natasha falou com um sorriso malicioso nos lábios, segurando o livro nas mãos enquanto lia algumas páginas.
- Natasha! Quando... Quando você entrou aqui?! - perguntou tentando pegar o livro da amiga, mas é óbvio que não conseguiu.
- bom... Eu vim te chamar para ver um filme, mas isso está muito melhor! - a ruiva falou num sorriso malicioso. - vamos por partes, podemos? Primeiro... Esse livro é extremamente fraco! Se quiser alguma coisa sobre BDSM real, peça pra mim... Segundo, não sabia que se interessava por esse universo, sempre pensei em você como um sorvete de baunilha, se é que me entende... E terceiro e mais importante, Bucky Barnes... Quem diria... Quer dizer, eu diria, era óbvio, mas bom saber que estava certa o tempo todo! - Natasha falava enquanto suas bochechas só ficavam mais e mais vermelhas e sua vergonha só aumentava mais e mais.
- eu... Eu não sei do que está falando. - falou tentando disfarçar de forma horrível.
- ah qual é Sn! - Natasha falou não acreditando nem um pouco em suas palavras. - não precisa sentir vergonha... Somos amigas a quantos anos? E com certeza já vimos o pior uma da outra...
- isso é diferente...
- se não quiser falar sobre isso, tudo bem... Mas, se quiser falar com alguém que tem experiência nessa... Área... Sabe que pode falar comigo. - Natasha falou lhe dando um sorriso amigável.
- tudo bem... Pode me emprestar alguns livros mais... Precisos, sobre isso? - perguntou desviando o olhar da ruiva.
- claro meu sorvetinho de baunilha! - Natasha falou te fazendo revirar os olhos e rir.
- e sobre o Bucky... Eu não sei do que você está falando. - respondeu desviando o olhar da mulher, mas não pode deixar de ouvir ela bufando.
- aham, sei... Vou fingir acreditar... - a ruiva falou.

A verdade era clara, você era apaixonada por Bucky. Havia chegado no time a poucos meses, mas ele sempre foi gentil com você, sempre foi um cavalheiro, sendo educado e cordial. Ele sempre te chamava de Boneca, ou qualquer apelido carinhoso. Não podia evitar de seu coração bater mais forte quando ele entrava no cômodo onde você estava, ou como seus olhos brilhavam ao vê-lo, como seus bochechas doíam de tanto rir quando ele falava alguma coisa engraçada. Não podia evitar de se apaixonar por ele.

Mas, apesar de ter todo esse sentimento pelo homem, sabia que ele não sentia o mesmo. Afinal, era o famoso Bucky Barnes e você era uma simples recruta dos Vingadores, alguém que a Natasha resgatou da Sala Vermelha antes que completasse seu treinamento. Não era alguém muito importante, nem muito visível em meio os Vingadores. Era uma mulher tímida e mais reservada, fugindo de tumultos e festas.

Natasha decidiu deixar o assunto de Bucky de lado por alguns dias, sabendo que você iria até ela quando se sentisse pronta pra falar sobre ele. Por hora, ela se contentou em explicar o máximo que pode sobre o grande mundo de BDSM, te explicando tudo o que podia.

CALL ME (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora