Capítulo 1

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Notas iniciais:

Eu fiz essa fanfic depois de assistir um Tik Tok de um cosplayer do Sirius dançando aquela música de enrolados com o Remus, daí criei todo um plot.

Se você gosta de ler escutando música, recomendo essa da mídia pra ler essa história, sério, a trilha sonora de Amélie é mto boa pra pra ler. Mas na hora da dança, escute ( https://youtu.be/0X0sLw63KLU ) a música dos Enrolados.

Talvez tenha alguns gatilhos(???) Eu não sei exatamente, mas tem umas partes tristes. Mas o final é feliz, juro.

Boa leitura <3

ᕦ༼   parte I   ༽ᕤ

Estava muito quente.

O sol estava escaldante encima de Remus, queimando seus ombros e os deixando vermelhos. As pessoas andando pra lá e pra cá na ruazinha estreita da feira também não estavam ajudando o calor infernal diminuir. Seu único alento de ar fresco seria embaixo das tendas das barraquinhas onde vendedores gritam a todos os pulmões tentando chamar atenção para sua mercadoria e conseguir sobreviver um dia de cada vez.

Remus estava suado e cansado e tudo que ele gostaria era de uma brisa refrescante e uma árvore com copas bem densas onde os raios solares não passassem e ele pudesse deitar embaixo dela na grama fresca e não pensar em mais nada.

Não pensar que, enquanto ele anda por aquelas ruelas estreitas, tinham crianças da sua idade ou menos que estavam órfãs, abandonadas e sem teto encolhidas no canto, com rostos tão esqueléticos que as maçãs do rosto ficam afiadas sem aquelas bochechas cheias tão características de crianças. E os olhos muito mais profundos do que deveriam ser, muito menos inocentes e mais vazios, tendo experiências de vida tão amargas que não deveriam ter nessa idade.

Não pensar que, apesar das dificuldades do trabalho de seu pai, ganhando muito pouco a ponto de ter que pular refeições pra economizar comida e dinheiro por causa dos impostos que aumentaram, ao menos ele não está na rua como elas.

Remus tem dez anos de idade. Ele é encarado com nojo pelos adultos a sua volta por causa de suas cicatrizes. Ele pensa na miséria de outras pessoas e pensa o quanto o mundo é feio e injusto e não se importa com crianças morrendo nas ruas e crianças quebradas igual ele. Ele pensa sua mãe que via bondade aonde quer que fosse e se segura nessa lema que ela tanto ensinou a ele para não começar a chorar no meio da rua pensando no quanto o mundo pode ser cruel.

Remus tem dez anos de idade, ele pensa no quão sortudo ele é por ter sido apenas quebrado pela vida, e não morto.

ᕦ༼  parte II   ༽ᕤ

Remus voltou pra casa e guardou as compras. Começou a observar em volta e se afogar em lembranças enquanto esperava seu pai voltar.

A "casa" era na verdade uma cabana meio velha mas em bom estado passada de geração a geração, mais perto da floresta do que da vila, já que seu pai é um caçador e fica mais em conta morar perto de onde você ganha seu sustento.
Não era grande, mas também não era minúscula. Afinal, morar um pouco isolado tem seus privilégios de não ter vizinhos para fazer uma casa menor e ocupar menos espaço e sobrar para os outros.

Três cômodos, sendo dois quartos e um cômodo vazio somente com tapetes de pele das caçadas de seu pai e a lareira para os aquecerem no frio, que também serve de fogão. A mesa ficava do lado de fora para limpar e tirar as peles dos animais. A cabana tinha cheiro de madeira, poeira e nostalgia.

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⏰ Última atualização: Dec 11, 2021 ⏰

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