I am waiting for you, love ...- Drarry

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Já fazia um ano que a guerra havia acabado. Pessoas ainda correm atrás dos prejuízos que a mesma trouxe.

Mesmo com todas essas dificuldades, muitos tem sorrisos de alívio ao verem que ganharam e não sofreram nunca mais nas mãos de Você-sabe-quem.

Em meio a essas coisas, existe um Draco tentando também se erguer e reparar os danos, Hogwarts já havia sido reconstruída. Todos os alunos voltando para terminarem seu último ano lá.

Mas dois principais alunos não foram.

Harry após derrotar o Lord das trevas, entrou em uma espécie de coma por ter usado muito seu núcleo mágico.

E Draco? Bom, ele resolveu ficar ao lado de seu noivo, para cuidar dele e poder vê-lo abrir seus olhos novamente. Quantas vezes sonhou com Harry abrindo os olhos e sorrindo para si, o chamando de amor novamente...

– Sei que está de noite, mas Hermione acabou de nos enviar uma carta dizendo que todos estão com saudades suas e querem que você volte logo. Viu? Todos te querem de volta. E eu sou o mais desesperado para ver seu sorriso novamente.

Era assim todos os dias naquele hospital. Draco voltava de sua faculdade de medicina trouxa, ficava o quanto podia ao lado de Harry, até dar sua hora de voltar.

Não tinha cabeça para encarar o mundo bruxo... Já aguentava muitos olhares tortos todos os dias para ver seu amor, imaginava o que iria ter que aguentar, quando se tornasse um medibruxo como sempre quis?

Teve que desistir de seu sonho, por causa das suas escolhas erradas.

Claro que ainda seria um médico, mas não poderia ajudar o mundo bruxo como sempre quis. Iria ser um Médico trouxa. Às matérias eram pesadas e cansativas, sempre que acabava, seu corpo implorava por descanso. Mas não podia descansar, tinha que ficar perto de seu moreno para que quando abrisse os lindos olhos de esmeraldas, ele estivesse presente

Pansy cansava de dizer que Harry não esqueceria dele, que podia dormir mesmo que fosse por algumas horas, mas não era ouvida.

– Amor, quando você vai acordar? Nossa casa já está pronta para sua chegada... A mansão Black, que você insistiu tanto que fôssemos morar,  já está do nosso gosto.  A criança que iríamos adotar, não pode vir por eu ser um Ex-comensal, por isso o ministério não me deu a guarda de Teddy... Mas posso visitá-lo de vez em quando, vendo o quanto ele está crescendo rápido. Acorda, por favor... – Pedia em meio as lágrimas, já fazia um ano também que o moreno estava em coma

– Senhor Malfoy, tente descansar por favor. Ficarei vigiando ele para você. – dizia uma enfermeira, a única daquele vasto hospital que era gentil com ele

– Estou bem. Só estava conversando com ele e contando tudo que está acontecendo. não se preocupe comigo, já vai dar meu horário para ir ao mundo trouxa estudar.

– Trarei algo para o senhor comer, já que não conseguirei convencê-lo a sair para comer. – disse enquanto saía do quarto.

Draco sorriu tristemente, sabendo que não conseguiria comer sem seu amor está acordado e bem. Mas aquela enfermeira era muito persistente e não o deixaria sem comida

– Amor, já está dando o horário que devo ir estudar. Mas assim que acabar lá, correrei o mais rápido possível para vim ficar com, você está bem? – Draco encarou por mais alguns minutos o moreno que mudou sua vida e a vida de seus falecidos pais, lhe deu um beijo como sempre fazia e saiu para ir estudar

Na saída do hospital, novamente aquela mesma humilhação por ter sido um comensal. Só estava aguentando tudo aquilo pelo Harry, pois sabia que o mesmo não queria vê-lo longe. Se não fosse por ele, o loiro não estaria mais nesse mundo

" Por que ele ainda vem aqui? Não sabe que esse mundo não é mais seu lugar? -" Sussurrou uma mulher, mas Draco pode ouvir perfeitamente o que ela disse

Segurou perfeitamente as lágrimas como sempre fazia, até chegar no mundo trouxa e desabar com tudo antes de ir estudar

Sabia que tudo aquilo era sua culpa. Mas ainda sim doía...

– Draco, que bom ter lhe encontrado aqui. – Comentou um loiro de olhos verdes extremamente feliz, mas assim que viu suas lágrimas, sua felicidade se esvaiu – Está tudo bem? Quer conversar? Venha comigo sente aqui.

Era assim todos os dias quando se encontravam, Draco nunca dizia nada sobre sua vida e o loiro compreendia perfeitamente e só o consolava.

– Estou bem, Brendo. Apenas... uma crise que está passando. – Respondeu secando as lágrimas.

– Você sempre está passando por alguma crise, Draco! estou começando achar que você precisa de um psicólogo, sua vida é mais sofrida que a de qualquer pessoa que conheço. – disse roubando uma pequena e baixa risada do loiro.

– Obrigado.

– Sempre é um prazer lhe roubar alguns sorrisos. Olha, não sei o que você está passando, mas estou aqui para ajudar. Agora vamos, se não iremos nos atrasar.

E assim foi o resto do dia, com um Brendo tentando lhe distrair sempre que podia. Mas quando seu horário acabou, correu para o beco diagonal com ansiedade, seu amor lhe esperava.

Ignorou todos os olhares tortos que recebeu novamente e seguiu para o último andar daquele hospital, Harry havia sido internado no último andar por ser luxuoso lá.

Tudo seria por conta do ministro.

– Harry? Acabei de chegar e tenho que lhe dizer o quanto te amo. Como você pode mudar minha vida dessa maneira? E simplesmente não está fazendo nenhum esforço para voltar e me confortar...

Novamente a velha rotina de chorar e lembrar do sorriso dele dirigido a si, era divino saber que seus sorrisos eram somente seus

– Lembra quando você disse que estaria aqui para me confortar, depois que a guerra acabasse? Que ficaria ao meu lado para sempre e mesmo se eu tentasse lhe afastar, você não me deixaria ir? Harry, eu estou morrendo um pouco mais, toda vez que lhe vejo nessa cama imóvel. Sei que você não aguenta ficar parado em um só lugar. – Agarrou uma das mão do moreno e depositou um beijo ali, antes de chorar tudo o que estava guardando para si

– Lembra que você prometeu me amar para sempre, naquela noite em que ficamos observando as estrelas? E eu disse que um dia quando tudo acabar e podermos mostrar ao mundo nosso amor, seria a pessoa mais feliz do mundo? – A esse ponto lágrimas corriam sem parar em seu rosto, sem poder controlar sua tristeza.

– Ou quando você me pediu em casamento no salão comunal da Sonserina... E junto ao anel, me deu uma pulseira com a meta de um coração, pois é, eu ainda estou usando ela... Tudo está pronto para você, meu amor. Então lute por mim e acorde... Não sei se consigo aguentar mais ver você assim. "