• Nous Deux •

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NA // Capítulo único. ❤️
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Pedro não era um homem de guerra!
Eu sempre soube!

Como eu o alertei!
Pedi tanto tanto pra que ele não fosse! Eu sabia o que aquela guerra seria capaz de fazer com ele.

O aperto mais em meus braços, sentindo o ressonar baixo da sua respiração que batia em meu peito desnudo. Ele estava grudado em mim como se eu fosse sua boia salva vidas, seu porto seguro.

Cheiro seus cabelos, depositando beijos ali. Eu sempre seria seu porto. De proteção, cuidado e amor; Eu sempre seria pra ele, o que ele precisasse que eu fosse, mas eu pedia pra que jamais eu o visse novamente como o vi na minha porta hoje a noite.

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[ Algumas horas antes ]

" Meu coração estava a mil. Eu sabia que ele havia retornado da guerra, sabia que as tropas haviam passado por tanto, e só o que eu queria no momento era abraça-lo, senti-lo junto a mim, aspirar seu cheiro e sentir seu amor. Saber que ele estava bem e salvo.

Mas eu sabia também que teria que esperar até o dia seguinte pra tentar vê-lo, tentar fazer uma carta chegar até ele e esperar por sua resposta e por nosso encontro em nosso refúgio. Estava começando a me arrepender de não ter aceito o convite de Justina e ter ido com ela até a pequena África, onde uma comemoração estava acontecendo em gratidão ao retorno de Dom Olu e Samuel. Ficar ali, sozinha, andando de um lado pro outro não estava me fazendo bem.

Estava inclusive prestes a ir até o quarto e mudar de roupa pra ir até a festa, quando uma batida baixa na porta chama minha atenção e faz meu coração saltar, girar, pular dentro do meu peito.

- Pedro ... - falo sem mesmo saber se era ele.

Mas quando abro a porta, meu coração sossega, se acalma.

- Não disse que eu voltava pra você? Pros seus braços? - é tudo que ele tem tempo de me dizer antes que eu me jogue contra seu corpo, o apertando de encontro a mim, o sentindo, o beijando.

Era uma beijo de saudade, de alivio, de amor.
E eu pouco me importava que estávamos na porta, e nem sabia como havíamos saido dela, só sei que no minuto seguinte meu corpo é impressando contra a madeira dela pelo corpo de Pedro, que busca tão avido por mim, quanto eu por ele.

As mãos deles, assim como as minhas apertavam e alisavam cada parte do corpo um do outro que conseguiamos alcançar.

Era saudade.
Era muita saudade.

Ele desgrudou sua boca da minha e me olhou de forma tão intensa que senti meu corpo inteiro se arrepiar.

E sem aviso algum, me pega no colo, colando sua boca de novo na minha, e quando vejo já estamos em meu quarto, com apenas a luz da lua que entra pela janela nos iluminando.

- Eu queria dizer tantas coisas, te contar tantas coisas, mas meu corpo, minha alma e meu coração precisam de você, precisam de uma dose de sanidade de ...

- Shiiiii! - falo colocando meus dedos sobre seus lábios. - Não precisa dizer nada! Eu estou aqui com você, só ... só me ame como sempre faz! - falo alisando seu rosto, vendo o desejo multiplicar em seus olhos.

Ele coloca meu corpo no chão com cuidado, e suas mãos sobem, levando junto minha camisola, e eu levanto os braços, pra facilitar seu trabalho.

Com Pedro eu não tinha nenhuma vergonha. Nenhum pudor.
Eu era dele.
Ele era meu.

O vejo jogar a peça no chão, e suas mãos assim como seus olhos irem até meu corpo. Levo minhas mãos até seu colete, o abrindo e deslizando pelo seus braços, assim como faço com sua camisa.

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