Single.

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Como um qualquer adolescente triste e traumático, Cheng bufava enquanto tentava se concentrar em seu livro, sendo impossível pelos gritos da briga de seus progenitores irritantes,. Pensava como eles não se cansavam, sempre era a mesma coisa, brigas e mais brigas, jogando a culpa um no outro pela ruína daquele casamento sem amor. Aqueles velhos malditos não podiam fingir que se amam igual fazem na frente das pessoas?

Ele só queria paz de tudo aquilo. Alguém podia dar a ele a paz que tanto queria?

Sim.

A luz do celular que estava em seu peito se acendeu, trazendo a atenção de seus olhos até ele. Ele o pegou na mão, desbloqueando, entrou no aplicativo de mensagens e abriu o primeiro chat de conversa e sorriu vendo, apenas enviando "Obrigado, irei esperar na frente."

Ele se levantou, suspirando aliviado e passou pelos "pais", rindo após desviar de um objeto aleatório que se quebrou quando sua furiosa progenitora tentou acertar o marido.
Andou para fora da sala de estar luxuosa e saiu da casa exageradamente grande, começou a caminhar até o único local que gostava daquela casa: o jardim, que também era muito grande, foi o seu refúgio na infância, amando e convivendo com o lugar a anos, não podia deixar de gostar. Ele parou dentro da grande "escultura", que sempre fazia menção a uma "torre dos deuses", se escondendo do sol e ficou esperando.

Em minutos curtos ele escutou o barulho da buzina, andou até a saída do jardim, e entrou no carro preto, riu baixinho olhando o homem sorridente na sua frente, que começou a encher ele de olhares preocupadas.

— Estou bem, pare com isso, A-Huan!  — Resmungou, enquanto colocava o cinto de segurança.

— Não posso me preocupar com meu A-Cheng? — Se formou um leve bico nos lábios de Xichen.

— Poder você pode, mas, não é necessário.

— Humm.... Tudo bem, eu irei te levar para tomar sorvete.

— Está me levando para um encontro. — Riu.

— Se fosse um, você iria recusar?

— Sim, mas quero o sorvete.

Os dois riram se olhando, ambos se acalmaram e suas atenções foram para coisas diferentes, o Jiang observava pela janela do carro as coisas que aconteciam enquanto Xichen dirigia com muita atenção a rua.

Longos minutos depois, ele estacionou o carro na frente do estabelecimento, retirou o cinto e saiu do carro, caminhou até dentro do lugar e "sumiu" la dentro, fazendo WanYin acompanhar seus movimentos.

Cheng sorriu ao ver ele com dois potinhos médios voltando para o carro, o ajudando a abrir a porta. Tomou o potinho com sorvete de chocomenta para si, agradecendo ao mais alto.

— Você memorizou meu sabor favorito! — Riu Cheng.

— O seu sabor favorito sempre muda, você nunca tem somente um A-Cheng.

— Isso é verdade, mas no momento é esse! — Levou a colher a boca, saboreando o sorvete.

Xichen sorriu vendo o amado animado. O dia estava quente e o sorvete tinha derretido consideravelmente, fazendo os dois tomarem rapidamente.

Depois de um tempo, não restava mais nada no pote além das colheres de plástico. O mais velho deles deu partida no carro, saindo do local.

— Seria legal ficar apenas eu e você, A-Cheng.

— Sério?

— Uhum...

— Então... A-Huan, vá comigo?

Go With Me - XichengOnde histórias criam vida. Descubra agora